A HISTÓRIA DA SALVAÇÃO




Temos vários relatos resumidos da história do povo de Deus no Novo Testamento. Um deles é o trecho dos Atos dos Apóstolos, capítulo 7, versículo 2 até o versículo 47.
Outro trecho, um pouco maior, você encontra no livro da Eclesiástico, do capítulo 44 até o 50. Ali são comentados todos os fatos bíblicos, erros e acertos. 

Em rápidas pinceladas, podemos dizer que o povo de Deus teve início com Abraão, que foi o primeiro a acreditar no Deus único e invisível, ainda quando estava em UR, na Caldeia. Os demais vizinhos dele acreditavam em deuses falsos, feitos por mãos humanas, representados em diversos tipos de estatuetas. Isso foi mais ou menos no ano 1850 antes de Cristo (AC). Deus fez com ele uma aliança, cujo sinal era a circuncisão, que marcava quem era do povo de Deus. Jesus a substituiu pelo Batismo, como você pode ler em Romanos cap. 2 vers. 29 e Colossenses, cap. 2, vers.11-12.

Com José (1650 AC), filho de Jacó, bisneto de Abraão, também chamado de Israel,o povo de Deus foi para o Egito, onde cresceu. Os 12 filhos de Israel (ou de Jacó) deram origem às 12 tribos de Israel. Na verdade, o filho dele chamado Levi não deu origem a nenhuma tribo, pois ficou encarregado do culto, do serviço no templo, como uma família sacerdotal, e o seu direito passou ao segundo filho de José. Por isso, os dois filhos de José deram origem a duas das doze tribos. 

Depois de José, o povo de Deus, já numeroso, foi escravizado pelo faraó, que não conhecera José (Êxodo 1,8). Lá pelo ano de 1250 AC surgiu um líder hebreu, Moisés, criado pela filha do faraó, por uma providência divina, que libertou o povo hebreu do Egito, rumo à Terra Prometida, Canaã. Foi muito difícil essa libertação. Moisés precisou aplicar 10 pragas, sendo a última a pior delas: a morte de todos os primeiros filhos (primogênitos) dos egípcios. 

Na caminhada para a terra prometida, que conhecemos como Palestina, o povo pecou várias vezes contra Deus, adorando o bezerro de ouro e se queixando das agruras do deserto. Por isso, uma caminhada que demora cerca de onze dias, demorou quarenta anos! Talvez possamos aprender, com isso, que tudo fica mais fácil quando obedecemos a Deus. Se pecarmos e o desprezarmos, nossa luta sempre será solitária, baseada nas próprias forças. Com a presença de Deus, tudo se realiza a seu tempo. A história de Moisés e a libertação do povo do Egito podem ser vistos no livro do Êxodo.

Durante a caminhada Deus deu a Moisés as tábuas com os dez mandamentos, que deveriam ser observados pelo povo, um guia seguro de sua nova vida. Essa história toda está contada no livro do Êxodo, no Deuteronômio, Jesus transformou esses dez mandamentos em três: 1º – Amar a Deus sobre todas as coisas; 2º – amar ao próximo; 3º – como amamos a nós mesmos.

Já na Palestina, para mostrar ao povo o verdadeiro caminho, Deus lhe enviou os juizes, dos quais o mais conhecido é Sansão. Os reis substituíram os juizes. Nesse meio tempo, surgiram os profetas. O último juiz e primeiro profeta mais conhecido foi Samuel, que ungiu o rei Saul e depois David. Apesar desses orientadores todos, o povo vivia desobedecendo a Deus e praticando a idolatria. 

Na única época em que o mundo conheceu a paz por 14 anos, sem guerra alguma, nasceu Jesus, da descendência do rei David. Nasceu de uma virgem, Maria. Ele convocou os 12 apóstolos, de certo modo para substituírem as doze tribos de Israel, e deu origem ao novo povo de Deus, a Igreja cristã. Para entrar no judaísmo era necessário a circuncisão. Para entrar no novo povo de Deus, é necessário o Batismo, que substituiu a circuncisão. O cristianismo separou-se, então, do judaísmo e acolheu os pagãos, coisa que os judeus não faziam. 

Depois que Jesus Cristo morreu os Apóstolos e os discípulos receberam o Espírito Santo e, corajosamente, foram pregar o evangelho a todos. Muitos morreram mártires porque insistiram em proclamar a Palavra de Deus em lugares onde o politeísmo era a religião oficial do governo. O último apóstolo que morreu foi São João, velhinho, com cerca de 100 anos de idade. Com a morte dele, encerra-se o período da revelação. Nada do que foi revelado após a morte dele pode ser contrário à verdade da fé contida na bíblia e na tradição consagrada, mesmo as mensagens de N. Senhora. A divisão da bíblia e os nomes dos livros, e a explicação de todos eles, você encontra em qualquer bíblia católica. Acostume-se a ler essas explicações. 


O POVO DE DEUS HOJE

É muita pretensão de nossa parte dizermos que o povo de Deus hoje é a Igreja Católica. Se olharmos o que Jesus disse e praticou, nunca chegaremos a essa conclusão. Quando Jesus se ofereceu na cruz por nós, esse “nós” foi o mundo todo, crentes e descrentes. Todos fomos salvos. Sem exceção. O problema que se coloca é que NEM TODOS ouvem e praticam o que Jesus ensinou. Ou seja, muitos recusam essa salvação que ele nos trouxe, ao seguirem caminhos que nunca levarão ao convívio com Deus no Paraíso.

Em Marcos 9,38-40, João disse a Jesus que eles proibiram alguém que não os seguia, expulsar demônios em seu nome. Jesus proibiu-os de proibir, dizendo que se alguém faz prodígios em seu nome, não vai falar mal dele. Em outras palavras, Jesus não está só com um tipo de pessoas, mas com todos os que praticam suas palavras, seja desta ou daquela religião. 

Por outro lado, em Mateus 7, 21-23 vemos como Jesus lembra que não basta pregar ou mesmo expulsar demônios em nome dele para ser salvo. É preciso praticar sua palavra com sinceridade. A esses que “fizeram e aconteceram”, mas não praticaram o evangelho, Jesus vai dizer: “ Na verdade, não vos conheço! Apartai-vos de mim!” E acredito que muitos desses se orgulhavam de pertencer ao Povo de Deus! 

Podemos dizer com certeza que, para ser povo, temos que estar reunidos. Esse é o primeiro passo. Não há como ser povo sozinhos, isolados. É o que Jesus diz em Mateus 18,20: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estarei eu no meio deles”. Mesmo que estejamos as mais das vezes sozinhos, se estivermos unidos de coração e de mente às pessoas, se lhes dedicarmos uma parte do nosso tempo, se as lembrarmos em nossas orações, estaremos, na verdade, unidos como um povo.

Em segundo lugar, para ser um povo amado por Deus, precisamos ser um povo DE DEUS, afastando de nossa vida tudo o que não for de Deus, antes de tudo, afastando-nos do pecado e das omissões. Quem é de Deus não o ofende, nem busca coisa alguma que o separe dele. 

É preciso, entretanto, sermos realistas quando vemos que muitas das religiões que existem são muito falhas em muitas coisas. Interpretam a bíblia de modo parcial e sem um critério justo. Temos que tomar cuidado para não cairmos nesses mesmos erros. Não podemos deixar a nossa fé de lado por qualquer coisa que ouvirmos de outras pessoas, por melhores que elas sejam, mas que não seguem a nossa fé. 

Se quisermos seguir os bons exemplos dessas pessoas, tudo bem; entretanto, nunca devemos seguir a doutrina delas, se estiver em desacordo com a nossa. Quando muito, podemos discutir, conversar sobre esses pontos difíceis com pessoas autorizadas pela Igreja, pessoas que saibam bem definir qual é o pensamento de nossa Igreja.

Vou dar aqui alguns exemplos de elementos que encontramos na Igreja Católica e que não se encontram em outras denominações:

1º exemplo: Um tal de José é sagrado bispo de determinada religião pelo Paulo, que também é bispo. Mas o Paulo não foi sagrado bispo por ninguém: ele se denominou bispo. Que direito ele teve de fazer isso? Mesmo que outro bispo o tivesse sagrado, quem sagrou esse outro? Vamos chegar a um ponto em que alguém se autodenominou bispo e começou a sagrar outros, assim sem base alguma.

Na Igreja Católica, tanto a Romana como a Oriental, e na Ortodoxa Grega, não é assim! A sagração dos bispos teve início com Jesus, que sagrou os Apóstolos, que sagraram os seus discípulos, que sagraram os outros discípulos, e assim sucessivamente, até chegar aos atuais bispos. A isso chamamos “sucessão apostólica”. Quando o bispo ordena sacerdote um homem, ele está transmitindo um sacerdócio que lhe chegou por meio de tantos outros bispos do passado, que foram recebendo essa sagração episcopal de outros, até o início, com Jesus e os apóstolos. Se esse sacerdote se tornar bispo, ele pode transmitir a sagração recebida a outros, e assim continuar essa sucessão.

Portanto, os bispos dessas religiões que surgiram do nada, não são realmente bispos, nem sacerdotes. São simples leigos.

2º exemplo: Jesus celebrou a Eucaristia com pão ázimo (sem fermento) e com vinho. Os evangélicos e os protestantes celebram a “Ceia” com pão fermentado e suco de uvas. Não estão sendo fiéis ao que Jesus instituiu. Ademais, não acreditam na presença real de Jesus na Eucaristia. Isso é um erro muito grave. Há várias provas de que a hóstia consagrada é, realmente Jesus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.

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