O PROFETA AMÓS
04 de julho de 2012
(1ª leitura da 4ª f. da 13ª semana comum)
Do site do Pe. Fernando Cardoso -
O
texto de Amós cuja leitura se iniciou a dois dias atrás,
hoje, insiste no seguinte:
Deus não tolera um divórcio entre culto e vida moral. Não há possibilidade de unir a liturgia com uma vida imoral; com outras palavras, Deus não é um ídolo qualquer, Deus não é um Baal, Deus não suporta um culto que seja superficial, um culto que não seja a expressão de um coração totalmente a Ele dedicado.
Deus não tolera um divórcio entre culto e vida moral. Não há possibilidade de unir a liturgia com uma vida imoral; com outras palavras, Deus não é um ídolo qualquer, Deus não é um Baal, Deus não suporta um culto que seja superficial, um culto que não seja a expressão de um coração totalmente a Ele dedicado.
Cultuar a Deus e viver no pecado, cultuar
a Deus, no caso específico de Amós, e continuar a
praticar injustiças sociais é uma tentativa de suborno,
é uma tentativa de se subornar Deus. Com outras palavras, é
tentar comprar Deus, é tentar pagar Deus com moeda falsa, é
oferecer a Deus uma grande embalagem com nada dentro. Isto se
verificou não apenas na época de Amós, não
apenas em seus dias, mas em todos os tempos.
São todos aqueles
que se esmeram no culto, se esmeram na liturgia, se esmeram no canto,
se esmeram nos instrumentos musicais mas o coração está
longe de Deus, não praticam o direito e a justiça, não
são capazes de olhar para a situação social
presente.
O
nosso país é um país gritante. Muitos dizem que
já vivemos épocas piores e que estamos num caminho mais
ou menos correto, do ponto de vista econômico. Mas o nosso país
é conhecido, lá fora, como um país de
desigualdades gritantes, onde existem poucos que estão,
literalmente, sufocados no dinheiro e uma infinidade, milhões,
que não têm praticamente nada.
Outro dia, lia eu uma
reportagem que me fez pensar: existem aqui no Brasil trinta
brasileiros que ganham mais do que seis milhões! É
possível uma coisa destas? Deus quer uma desigualdade gritante
assim? Trinta brasileiros receberem muito mais do que outros seis
milhões?
Estas
coisas clamam vingança a Deus; este pecado, que é um
pecado social e do qual participamos de acordo com a nossa
conivência, é um pecado que devemos carregar e
apresentar diante do tribunal, quando as contas nos forem pedidas
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