COMO FUNCIONA NOSSA MENTE

Este texto não é um trabalho científico, mas apenas uma reflexão sem maiores pretensões.

Nossa mente é dividida didaticamente em três partes: EGO (eu consciente), SUPEREGO (nossas aquisições morais e de costumes), e o ID (inconsciente). 

O EGO trabalha no hoje e no agora. Todas as coisas que nos são conscientes estão no EGO. As coisas que esquecemos estão no ID ou inconsciente. O que dirige tudo isso é o SUPEREGO. 

Quando vamos fazer algo que contraria nossos preceitos morais adquiridos com nossa educação, família, escola e convivência, o SUPEREGO nos adverte que aquilo pode nos prejudicar.

Por outro lado, o ID ou inconsciente não tem passado nem futuro: é sempre atual. Não importa quando é que você fez alguma coisa, é como se você estivesse fazendo a coisa agora. Apesar do inconsciente ser uma gravação de coisas passadas, elas funcionam como se fossem presentes. Desse modo, uma coisa passada pode nos prejudicar e nos levar a cometer besteiras, justamente porque o problema, para o ID, ocorreu agora e não a quinze anos atrás.

Os psicólogos promovem a conscientização desse problema ou acontecimento passado para que, no consciente, você tome conhecimento dele, o aceite e então poderá ser mudado e sanado o problema pelo qual você passa. Suas atitudes passam a ser outras, mais sadias, porque você passa a dominar a situação e consegue superá-la.

Um exemplo: uma pessoa que conheço era muito tímida até os 24 anos e só ficou mais ousada quando, após uma série de sessões de psicanálise, fora colocada para chefiar um setor na firma onde trabalhava. Essa pessoa percebia que sua timidez não lhe era natural, pois em sua infância era extrovertida e animada. 

Depois de uma série de sessões de psicanálise, descobriu que uma das causas de seu comportamento tímido fora o costume que uma de suas professoras do jardim de infância tinha de colocar esparadrapo em sua boca por falar demais na classe. Isso, aliado a problemas familiares, como os ataques de histeria do pai, que a colocava de castigo em frente dos outros, levou-a a uma timidez doentia. Perdeu toda a confiança e segurança próprias. Quando na firma alguém confiou nela e a colocou como chefe do setor, a auto-confiança lhe voltou. Foi uma espécie de complemento ao tratamento psicológico a que se submetera.

O esparadrapo físico fora tirado, mas o “esparadrapo” simbólico ficara, até que ela descobrisse esse mecanismo de “castração” psicológica.

Outra coisa interessante são os sonhos: o nosso inconsciente coloca nossos problemas na consciência, mesmo adormecida, e o SUPEREGO os disfarça, a fim de que possamos dormir mais tranquilamente.

No caso de um pesadelo, ele faz o contrário: faz com que acordemos, para não acontecer nenhum dano à nossa mente ou mesmo para não morrermos de infarto.

Vou dar um exemplo para ser melhor entendido: quando o rapaz ama a namorada de seu melhor amigo, nunca vai sonhar que está beijando ou fazendo carinho a ela, mas simplesmente que a está confortando, por exemplo, por seu amigo estar distante ou mesmo ter morrido (no sonho). Esse disfarce é obra do SUPEREGO. Ele controla nossa mente, quando estamos dormindo, para que possamos continuar dormindo em paz, e não sermos atormentados pelos nossos sentimentos de culpa. 

Quando você tiver um sonho, pense no que aquilo possa simbolizar dentro dos seus conhecimentos do dia a dia, costumes, símbolos aprendidos desde a infância e aos poucos, você vai, por meio da auto-análise, descobrindo-se aos poucos, desvendando os seus problemas, suas causas e os porquês de seu desânimo e compreensão diante de suas atitudes. 


Uma coisa é certa: não é uma atitude correta interpretar os sonhos como premonições do futuro. Pode ser que alguma pessoa que tenha poderes parapsicológicos consiga isso, mas é uma coisa muito rara. O normal é procurar interpretar os sonhos desse modo que falamos acima: ver o simbolismo em nossa vida de cada coisa que sonhamos. 

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