A ORAÇÃO: ESTUDO
A – A NECESSIDADE DA ORAÇÃO
A oração é a coisa mais importante que existe! Sem ela, não há como comunicarmos com Deus e não alimentamos nossa espiritualidade,
nossa vida eterna, não adquirimos a força, o ânimo e a alegria de viver, não nos tornamos santos, não ajudamos as pessoas que precisam de nossa intercessão. Sem ela, nosso alimento espiritual, a vida perde o sentido e torna-se mais difícil de ser vivida. Ela renova as nossas forças para enfrentarmos as dificuldades não só de nossa vida normal, mas também de nossa vida cristã. Sem a graça de Deus, nada conseguiremos fazer e não poderemos nos salvar.
É por meio da oração que pedimos a intervenção de Deus em nossa vida e lhe dizemos “sim” à obra da Salvação. É pela oração que lhe pedimos perdão e lhe dizemos que perdoamos aos que nos ofenderam, a nos humilharmos diante dele, e abrimos as portas do coração, como pede o Apocalipse 3.20:
“Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo”.
Abrir a porta a Deus é, antes de tudo, abri-la aos pobres e necessitados, aos doentes e oprimidos. Por outro lado, sem ela, nunca teremos ânimo nem desejo de fazer o bem a quem quer que seja. Abrir a porta a Jesus pela oração é, como na hemodiálise, “arejar”, filtrar”, “purificar” nossa vida, nossos desejos e propósitos, é tirar-nos de nós mesmos, do egoísmo, e nos colocarmos à disposição dos outros e do que quer Jesus nos fazer.
Rezar é como ligar a TV na tomada, ou ligar o
ferro de passar roupa, ou como colocar gasolina no carro, ou como instalar a
bateria para dar-lhe a partida. “Sem a oração viramos bichos!” - diz
com humor o bispo D. Angélico S. Bernardino. Também como dizia sempre o pároco
de minha infância: “ Quem não reza para dormir, dorme burro e levanta
cavalo!”.
A oração está para nós e Deus como a conversa
para dois amigos. A oração é a “conversa” entre nós e Deus.
“ Para Deus tudo é possível” (Mt 19,26); “Para
Deus nada é impossível” (Lc 1,37); “ Se tiverdes fé (...) nada vos será
impossível” (Mt 17,20). Tomamos “posse” do Reino de Deus e dessa
graça maravilhosa que ele está sempre disposto a nos dar, pela oração.
No silêncio interior nós
ficamos sabendo quem realmente somos. Deserto do Saara, Assekren, onde o
Beato Carlos de Foucauld morava por vários meses, quando queria fazer retiro. TRÊS EXPRESSÕES DA ORAÇÃO O catecismo católico, nos números 2700 até 2719, ou no resumo, de 2720 a 2724, diz que há três modos de expressarmos nossa oração: - a oração vocal -a meditação -a oração mental A ORAÇÃO VOCAL Associa o corpo à oração interior do coração, como o Pai-Nosso ensinado por Jesus. A MEDITAÇÃO -É uma busca orante, que se utiliza do pensamento, a imaginação, a emoção, o desejo. Procura confrontar o assunto meditado com a nossa vida. A ORAÇÃO MENTAL É, como dizia o Santo Cura D'Ars, olhar para Jesus sabendo que ele também está olhando para nós. Ou como dizia o Beato Carlos de Foucauld, é olhar para Jesus amando-o. A diferença principal da oração mental com a meditação é que na oração mental não se fala nada, não se pensa em nada. "É um olhar fito em Jesus, uma escuta da Palavra de Deus, um silencioso amor" (CAC 2724). |
B – CONHECER-SE E ACEITAR-SE
É preciso muito humildemente conhecermos os
próprios desvios, fraquezas, problemas, limites, vícios, manias, fraquezas,
preguiça, vaidade, prepotência, mentiras, orgulho etc., e aceitar tudo isso
para em seguida vencer-se.
As pessoas que tentam enganar-se a si mesmas,
fazendo de conta que não têm este ou aquele problema, entrarão em “parafuso” e
num sistema de recalque que as levarão cada vez mais ao abismo e aos erros. Nós
somos o que somos diante de Deus, e nada mais.
Diz João 8,32: “A verdade vos libertará!” Dt 32,4:(...) (Deus é) Deus de lealdade e não de falsidade!” Apocalipse 15,3: “(...) Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!” Isaías 11,5 : “ A justiça será o cinto de seus quadris e a fidelidade (=a verdade) o cinto de seus rins.” Zacarias 8,16: “Estas são as coisas que deveis fazer: falai a verdade uns com os outros” Efésios 4,25: “Por isso renunciai à mentira. Cada um diga a verdade ao próximo”. João 14,6: “ Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!”.
Diz João 8,32: “A verdade vos libertará!” Dt 32,4:(...) (Deus é) Deus de lealdade e não de falsidade!” Apocalipse 15,3: “(...) Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!” Isaías 11,5 : “ A justiça será o cinto de seus quadris e a fidelidade (=a verdade) o cinto de seus rins.” Zacarias 8,16: “Estas são as coisas que deveis fazer: falai a verdade uns com os outros” Efésios 4,25: “Por isso renunciai à mentira. Cada um diga a verdade ao próximo”. João 14,6: “ Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!”.
Nosso passado já não existe, mas permanece em nossa memória. Mesmo que tenhamos nos arrependido de nossos pecados, de nosso passado, não há como ignorá-lo! Desse modo, aceitá-lo e recomeçar uma vida nova a partir de agora, é a atitude mais inteligente e produtiva que podemos tomar. Mas cuidado! Aceitar-se não é permanecer no erro e forçar os demais a nos aceitarem como somos! É preciso vencer-se!
Na oração, coloque o seu passado nas mãos de
Deus, peça perdão de tudo o que O desagradou e peça-lhe força, coragem e
condições de retomar sua vida de um modo diferente, sem pecados. Deus nos
ajuda, mas não nos substitui!
Se algum pecado já perdoado lhe vier à
mente, diga a você mesmo que já foi perdoado(a) disso, que não quer mais
praticar nada que ofenda a Deus ou que não seja permitido. Se for algum pecado
de que até então você não tomara consciência, diga-lhe isso, peça-lhe perdão,
proponha confessar-se logo que puder.
Aproveite e agradeça a Deus pelo perdão
recebido, pelas graças recebidas e peça-lhe que o (a) ajude a vencer as
tentações e provações. Diz Romanos 11,29: “Os dons e a vocação de Deus são
sem arrependimento!”
Nós somos o resumo de tudo o que fizermos na
vida. Ignorar o que somos, ou mentir para ganharmos a simpatia dos outros, só
nos vai trazer aborrecimentos. Nunca minta dizendo aos outros o que você não é.
Tudo o que você não puder dizer, simplesmente diga que não pode falar sobre o
assunto, ou coisa parecida, mas não minta. Exemplo: se você só viu o mar pela
TV, e alguém lhe perguntar se você já foi ao mar, diga a verdade! Não há nada
de vergonhoso admitir que nunca foi à praia.
Da mesma forma, se você for pobre, nunca minta
dizendo que é rico (a). Seja sincero (a), e muitos gostarão de você como você
é, e você estará sempre preparado (a) para a oração. Aceite-se!
C – A ORAÇÃO
PRIMEIRA ETAPA: ESCOLHER UMA BOA POSIÇÃO
Escolha uma posição confortável para a oração.
Quando sozinhos, podemos ficar em qualquer posição, desde que seja digna e com
postura adequada. Quando em comunidade, devemos seguir as rubricas orientadoras
(sentados, em pé, de joelhos).
Não se obrigue a ficar de joelhos em todo o
tempo da oração, para não prejudicá-la. Quando conversamos com um amigo, de que
modo ficamos? Pois a oração é a conversa com o único que é realmente nosso
amigo, Jesus Cristo-Deus. O importante é sentir-se bem e confortável nesse
encontro com Ele. As orações individuais podem ser mentais ou vocais, a seu
gosto, e também a contemplação.
SEGUNDA ETAPA: FAZER SILÊNCIO
Se o silêncio não for possível exteriormente, ao
menos o silêncio interior, como fez Jesus várias vezes, sendo uma dessas vezes
contada por Lucas 9,18: Ele se isolou dos discípulos e da
multidão apenas mentalmente, pois continuara no meio do barulho que eles
faziam: “E aconteceu que, estado ele só, orando, estavam com ele os
seus discípulos”.
Deus nos fala no silêncio e na calma. Veja a
esse respeito o artigo do Dom Edson Damian, clicando no assunto “Deserto”, no
índice. Dizia São Francisco de Salles, no século 16, que os homens se entopem
de barulho para não ouvirem a voz de seus corações.. Em Oséias 2,16:
“Vou levá-la ao deserto e aí lhe falarei ao coração.”
Ficar sempre procurando o barulho é uma forma de nunca se ouvir nem ouvir a
Deus; é uma fuga dos próprios problemas, é uma forma de não aceitá-los para
enfrentá-los. Não tema o silêncio! Com a simplicidade e a pobreza de uma vida
humilde e sincera, você não precisará temê-lo. Enfrente-se!
TERCEIRA ETAPA: A ORAÇÃO PROPRIAMENTE DITA
Aqui você reza como achar melhor. Há a oração
contemplativa, a oração vocal, a oração mental, a meditação. Acho que todas
elas se resumem nos passos da LEITURA ORANTE DA BÍBLIA, que
explicaremos a seguir, de maneira bem simples:
1º PASSO: LER UM TRECHO BÍBLICO :-escolha algum
ou pegue um da liturgia do dia. Leia-o várias vezes para mentalizar. Se você
não sabe qual é, procure no site da CNBB:
2º PASSO: MEDITAR ESSE TRECHO BÍBLICO.
3º PASSO: ORAR SOBRE O QUE SE MEDITOU;
4º PASSO: CONTEMPLAR JESUS, TENDO O TEXTO E A
ORAÇÃO COMO BASES.
5º PASSO: LIGAR A PALAVRA COM A PRÁTICA DA VIDA.
Abaixo você pode ver uma outra forma de se fazer
a Leitura Orante da Bíblia, com a ordem dos passos um pouco diferente da que eu
coloquei:
Se você quiser ver a Leitura Orante da Bíblia de
modo mais completo e bem explicado, clique neste site abaixo. É muito bom e
bonito, da CNBB:
OUTRAS ORAÇÕES
Você pode também rezar os salmos (veja o
site da liturgia das horas, aí ao lado direito), as orações propostas no índice
(basta clicar), ou mesmo fazer orações próprias, colocando diante de Deus o que
lhe vai ao coração.
Uma coisa importante é ser espontâneo em nossas
orações. Como diziam o Pe. Carlos de Foucauld: "Rezar é olhar para Jesus,
amando-o!" E o Cura D'Ars, S. João M. Vianney: "Orar é olhar
para Jesus sabendo que ele está olhando para você!"
Não há oração poderosa, como se diz por aí. Toda oração pode ser ouvida, se Deus assim o quiser, se for feita com sinceridade de coração e se você estiver precisando daquela graça, ou seja, se essa graça for realmente útil para você.
Muito cuidado, também, para não "determinarmos"
a graça de Deus. Isso é muito perigoso! Diz S. Tiago, 4,15:
"Devemos falar: Se Deus quiser, viveremos ou faremos isto ou aquilo".
"Devemos falar: Se Deus quiser, viveremos ou faremos isto ou aquilo".
Reze com confiança e deixe tudo nas mãos de Deus. Limite-se a pedir e fazer tudo o que estiver ao seu alcance. O conceder ou não a graça depende a vontade dele.
Em Lucas 18,9-14 Jesus atende ao publicano por ter sido humilde em sua oração, mas não atende ao fariseu, por seu orgulho. Em Mateus 6,7,Jesus criticou a oração dos pagãos, que achavam ser atendidos pelo muito pedir. Como explicar, então, o Rosário, que parece ser uma repetição?
Na verdade, essa repetição é como um “mantra”, uma
música de fundo, que forma como que o cenário para a oração principal, que é a
meditação dos mistérios do rosário. Enquanto você reza as Ave-marias, seu
espírito se une a Deus pela contemplação dos mistérios abordados.
Não se trata, portanto, de uma “vã repetição”, como
poderíamos pensar. Aliás, o rosário desacompanhado das meditações dos mistérios
não tem muito sentido, diz o falecido papa João Paulo II.
Outra coisa é o modo de dar “receitas” de como rezar
para obrigar Deus a nos atender. Isso é uma loucura! Já dizia o livro da Sabedoria
1,1-2: “ Pensai no Senhor com retidão, procurai-o com simplicidade de coração,
porque Ele se deixa encontrar pelos que não o tentam”.
Ora, uma faz formas de “tentar” a Deus é exigir que
ele nos atenda, e do nosso modo. Coloquemo-nos nas mãos de Deus, e ele saberá
do que realmente precisamos para viver e como viver, a fim de irmos para o céu
após nossa morte. Diz Jesus em Mateus 7,9-11:
“Quem de vós dará uma
pedra a seu filho, se este lhe pedir um pão? Ou lhe dará uma cobra, se ele lhe
pedir um peixe? Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos
filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe
pedem!”
Pode ser, porém, que estamos na verdade pedindo
a pedra, a cobra, em vez do pão ou do peixe. Só Deus sabe o que é melhor para
nós! Devemos pensar não tanto nas coisas materiais, desta vida, mas na vida
eterna!
Sobre a insistência na oração, Santo Agostinho
diz que Deus sabe muito bem do que precisamos, mas quer que lhe peçamos muitas
vezes para assumirmos aquilo que pedimos e nos conscientizemos da importância
daquilo em nossas vidas.
Se o pai der a bike ao filho logo que ele lhe
pedir, este não lhe dará o devido valor. Entretanto, se lhe prometer que lha
dará no final do ano, caso ele tire notas boas, por exemplo, na certa o filho
vai ansiar receber o presente, vai estudar bastante e animar seu coração para
utilizar bem a bike, quando recebê-la.
Assim é nossa oração: a demora provocará uma atenção
maior ao pedido que fizemos e daremos mais valor à graça de Deus quando a
recebermos. Muitas vezes eu agradeço a Deus por não ter atendido alguns de meus
pedidos no passado! Decerto, agora eu estaria arrependido. Ainda bem que Deus
não me atendeu!
Quanto à oração comunitária, quando não der tempo ou
certo de ir à missa, como por exemplo, quando tiramos férias num ambiente onde
não haja possibilidade, não fique sem a celebração! Consiga pelo menos mais uma
pessoa e façam uma leitura bíblica, comentem o que leram, façam uma oração em
comum, e você estará não só agradando a Deus, mas também cumprindo o mandamento
da Igreja que pede que participemos das missas aos domingos. Diz Mateus
18,20: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, aí eu estarei”.
A oração nos prepara para a provação, como diz Eclesiástico
2,1: “Filho, se aspiras a servir ao Senhor, prepara a tua alma para a
provação!”
Orar é como lançar nossas raízes na corrente de água
fresca (Salmo 1 e Jeremias 17,8), água fresca essa do amor de Deus.
Nunca sentiremos o rigor da solidão, pois sempre sentiremos a presença de Deus.
Sem a oração, nossa casa ficará deserta, pois não atenderemos Jesus, que quis
reunir-nos “ Como a galinha reúne os pintinhos debaixo de suas asas” (
Mateus 23,37-38).
“Vossa casa ficará
deserta!” Que palavras terríveis! Imaginemo-nos sozinhos
num deserto! Assim será a nossa vida sem a oração! A oração é como a água
fresca, as frutas geladinhas, o alimento saudável que matam nossa sede e nossa
fome do amor de deus!
Sempre imaginei o inferno como um terrível, árido
quente e dolorido deserto, em que não veremos ninguém e nada! Assim será a
nossa vida sem a oração.
“Ó Deus (...) a ti procuro, de ti tem sede minha alma! Minha carne por ti
anseia como a terra ressequida, sedenta, sem água!” (do Salmo 62/63).
O que fala
Santo Agostinho sobre a oração constante? Por que rezar constantemente? Deus
precisa disso? Veja a seguir o que ele diz. Tiramos o trecho do site da
Liturgia das Horas, que você encontra na nossa lista de blogs, à direita da
página.
Da Carta a Proba, de Santo Agostinho, bispo
(Ep.130,8.15.17-9,18: CSEL 44,56-57.59-60)
(Séc.V)
Na oração exercita-se a nossa vontade
Por que nos dispersamos entre muitas coisas e, temendo rezar de modo
pouco conveniente,
indagamos o que pedir, em vez de dizer com o salmo: Uma só coisa
pedi ao Senhor, a ela busco: habitar na casa do Senhor todos os dias de minha
vida, para contemplar as delícias do Senhor e visitar seu templo? (Sl
26,4). Pois ali os dias não vêm e vão, o fim de um não é o princípio de outro.
Todos ao mesmo tempo não têm fim, ali onde nem a própria vida, a que pertencem
estes dias, tem fim.
Para alcançarmos esta vida feliz, a verdadeira Vida nos ensinou a orar.
Não com multiplicidade de palavras, como se quanto mais loquazes fôssemos, mais
nos atenderia. Mas rogamos àquele que conhece, conforme suas mesmas
palavras, aquilo que nos é necessário, antes mesmo de lhe pedirmos (cf.
Mt 6,7-8).
Pode alguém estranhar por que motivo assim dispôs quem já de antemão
conhece nossa necessidade. Temos de entender que o intuito de nosso Senhor e
Deus não é ser informado sobre nossa vontade, que não pode ignorar. Mas
despertar pelas orações nosso desejo, o que nos tornará capazes de conter
aquilo que se prepara para nos dar. Isso é imensamente grande, mas nós somos
pequenos e estreitos demais para recebê-lo. Por isto, nos é dito:
Dilatai-vos; não aceiteis levar o jugo com os
infiéis (2Cor 6,13-14).
Isso é tão imensamente grande que os olhos não o viram,
porque não é cor; nem os ouvidos ouviram, porque não é som; nem subiu
ao coração do homem (cf. 1Cor 2,9), já que o coração do homem deve
subir para lá. Isso nós o recebemos com tanto maior capacidade quanto mais
fielmente cremos, com mais firmeza esperamos, mais ardentemente desejamos.
Por conseguinte, nesta fé, esperança e caridade, sempre oramos pelo
desejo incessante.
Contudo, em certas horas e tempos também rezamos a Deus com palavras,
para nos exortar a nós mesmos, mediante seus símbolos, e avaliar nosso
progresso neste desejo e a nos estimular com maior veemência a aumentá-lo. Pois
tanto mais digno resultará o efeito, quanto mais fervoroso preceder o afeto.
É também por isso que diz o Apóstolo: Orai sem cessar! (1Ts
5,17). O que isso pode significar a não ser: desejai sem cessar a vida feliz, a
eterna, e nenhuma outra, recebida daquele que é o único que a pode dar?
Oração
Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso
dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso
Filho, na unidade do Espírito Santo.
A ORAÇÃO DE JESUS
São João
Crisóstomo (Anais 4,5) diz? Nada se compara em valor à oração; ela torna
possível o que é impossível e fácil o que é difícil. É impossível que caia em
pecado a pessoa que reza”.
Orígenes
diz: “Ora sem cessar aquele que une a oração às obras e as obras à oração.
Somente dessa forma podemos considerar como realizável o princípio de orar sem
cessar (de S. Paulo Apóstolo).”
Aqui você tem
citações bíblicas das muitas vezes que Jesus orava no seu dia a dia. Eu a tirei
da Bíblia de Jerusalém, na nota G, de Mateus 14,23. Se você possui essa bíblia,
pode ver nela as citações.
JESUS OROU: (Mateus=Mt; Marcos=Mc; Lucas Lc;
João = Jo)
NA SOLIDÃO OU À NOITE:
Mateus 14,23; Marcos 1,35; Lucas 5,16
ÁS REFEIÇÕES: Mt 14,19;
15,36; 26,26-27
EM OCASIÕES IMPORTANTES:
no batismo: Lc 3,21;
antes da escolha dos doze: Mt 6,5
antes da confissão de Cesaréia: Lc 9,18
na transfiguração: Lc 9,28-29
no Getsêmani: Mt 26,36-44
na cruz: Mt 27,46; Lc 23,46
pelos seus carrascos:Lc 23,34;
por Pedro: Lc 22,32
pelos discípulos da época dele e os do futuro
(=nós): Jo 17,9-24
por si mesmo: Mt 26,39; Jo 17,1-5; Hb 5,7
ESSAS ORAÇÕES MOSTRAM
E MANIFESTAM:
a intimidade constante com o Pai: Mt 11,25-27
o Pai nunca o deixa só: Jo 8,29
o Pai o atende sempre: Jo 11,22.42; confira Mt
11,25-27
por seu exemplo, bem como pelo seu
ensinamento, jesus inculcou aos discípulos a necessidade e a maneira de orar:
Mt 6,5 ss
agora, na glória, continua a interceder por
nós: Romanos 8,34;Hebreus 7,25; 1ª Jo 2,1, como prometera em Jo 14,16;
A ORAÇÃO DE
SÃO PAULO APÓSTOLO
Romanos (Rm); Efésios (Ef); Filipenses (Fil);
Colossenses (Col); Primeira e segunda cartas aos Tessalonicenses (1Ts e 2Ts);
Primeira e segunda cartas a Timóteo (1Tm e 2Tm); Primeira e segunda carta aos
Coríntios (1Cor e 2Cor); Filemon (Fm); Gálatas (Gal); Hebreus (Hb)
Ver em Romanos 8,27, nota C, da Bíblia de
Jerusalém.
Orar sem cessar; Rm 12,12; Ef 6,18; Fil 4,6;
Col 4,2; 1Ts 5,17; 1Tm 2,8; 5,5; 1Cor 7,5
Paulo reza sem descanso pelos seus fiéis: Ef
1,16; Fil 1,4; Col 1, 3.9; 1Ts1,2; 3,10; 2Ts 1,11; Fm 4;
Pede que rezem por ele: Rm 15,30; 2Cor1,11; Ef
6,19; Fil 1,19; Col 4,3; 1Ts 5,25; 2Ts 3,1; Fm 22; Hb 13,18;
Pede que rezem uns pelos outros: 2Cor 9,14; Ef
6,18;
A respeito da oração pelos irmãos pecadores e
doentes: Confira 1Jo 5,16; Tg 13-16
Pelo progresso espiritual e afastamento dos
obstáculos exteriores: 1Ts 2,18; 3,10; Rm 1,10 e interiores; 2cOR 12,8-9
Pelo bem da ordem social: 1Tm 2,1-2
Oração de Ação de Graças: 2Cor 1,11; Ef 5,4;
Fil 4,6; Col 2,7; Col 4,2; 1Ts 5,18; 1Tm 2,1
Essa oração de A.G. deve acompanhar toda ação:
Ef 5,20; Col 3,17
Às refeições: Rm 14,6; 1Cor 10,31; 1Tm 4,3-5;
Inicia por ela todas as cartas: Rm1,8; 1Cor
14,17; 2Cor 1,11; 4,15; 2Cor 9,11-12
Com cânticos inspirados que edifiquem: Ef
5,19; Col 3,16
Na oração Eucarística e de louvor que são as
almas das Assembleias Litúrgicas; 1Cor 11,14
Eficácia da oração pela presença do Espírito
de Cristo no Cristão, que o faz orar como filho: Rm 8,15.26-27; Gal 4,6; Ef
6,18; Judas 20
Cristo, à direita do Pai, intercede por nós:
Rm 8,34; Hb 7,15; 1Jo 2,1;
O Pai atende com superabundância: Ef 3,20
Os cristão são os que invocam o nome de Jesus
Cristo: 1Cor 1,2; confira: Rm 10,9-13; 2Tm 2,22; Tg 2,7; Atos 2,21+;
cap.9,14.21; cap.22,16
Com relação à atitude exterior da oração:
1Cor11,4-16; 1Tm 2,8
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