A HISTÓRIA DA IGREJA


A Igreja Católica nasceu no dia de Pentecostes. Nos primeiros séculos foi perseguida, desde os anos 60, pelo Imperador Nero, até 313, quando o Imperador Constantino liberou o culto a Deus.
Houve muitos mártires por conta dessa perseguição. Mártir é a pessoa que prefere ser morta a adorar outros deuses, ou a renegar sua própria religião. Em At 7,1-8,3, vemos a morte do mártir Santo Estêvão, além de um resumo da história do povo de Deus, feito pelo próprio Estêvão.

Com a liberdade concedida por Constantino, a Igreja pôde sair das catacumbas (cemitérios sob a terra, onde os católicos escondiam-se para celebrarem a Santa Missa ou fazerem suas reuniões) e os fiéis começaram a liturgia nas igrejas, publicamente, sendo as primeiras igrejas feitas com o aproveitamento dos palácios doados pelo Imperador Constantino, em Roma. 

Com a liberdade e os títulos de honra dados pelo imperador aos bispos, a Igreja se aburguesou bastante e entrou desse modo na Idade Média (período da História que vai desde o ano 476, ano em que caiu o último imperador romano, até o ano 1453, a queda de Constantinopla ou 1492, a descoberta da América).

Com os feudos da Idade Média (cidades cercadas por muros), apareceram as paróquias. Em 1054 a Igreja do Oriente (Constantinopla) separou-se da do Ocidente (Roma), devido à politicagem dos responsáveis pela Igreja de então.

Algumas das Igrejas do Oriente retornaram à Igreja de Roma (os Ucranianos, por exemplo, em 1596), mas guardaram os ritos e costumes adquiridos no correr dos séculos de separação (por exemplo, a ordenação de homens casados para padres, costume que permanece até hoje. Somente os bispos precisam ser celibatários). Formam a Igreja Católica de Rito Oriental.

Nesses séculos, do ano 1000 ao ano 1500, houve um esfriamento na fé dos chefes da Igreja, ou seja, foram se esquecendo da missão de pregar o Evangelho, e se tornaram políticos, condes, barões, reis, duques. Buscavam muito dinheiro para construir grandes igrejas e palácios, manter seus exércitos e o pessoal de sua corte (bispos, papas, cónegos, abades, padres e religiosos).

No século XII surgiu um grande movimento de renovação: cristãos simples preocuparam-se em seguir o Evangelho. Muitos abandonaram a riqueza e se dedicaram aos pobres. Ex.: São Francisco de Assis, Santa Clara e São Domingos. Mais tarde: São Bernardo, Santo Tomás, Santa Catarina de Sena, Santo Antônio.

Em 1517 a Igreja dividiu-se novamente e surgiu a reforma de Lutero, que acabou fundando outra Igreja, a Luterana. Foi seguido por Zwínglio, Calvino, que fundaram as Igrejas evangélicas.

Essas divisões aconteceram muitas vezes por culpa de homens de ambas as partes, ou seja, tanto da Igreja Católica como das que se separaram.

Os que hoje em dia nascem em comunidades que surgiram de tais rupturas e estão imbuídos da fé em Cristo não podem ser tidos como culpados do pecado da separação, e a Igreja Católica os abraça com fraterna reverência e amor. Justificados pela fé recebida no Batismo, estão incorporados em Cristo, e por isso com razão são honrados com o nome de cristãos, e merecidamente reconhecidos pelos filhos da Igreja Católica como irmãos no Senhor.

O Espírito de Cristo serve-se dessas igrejas e comunidades eclesiais como meios de salvação cuja força vem da plenitude de graça e de verdade que Cristo confiou à Igreja Católica. Entretanto, é pecado muito grave o católico mudar de religião.

A seguir, damos uma lista de religiões e o ano de sua fundação:

Igreja Católica Apostólica Romana (Dia de Pentecostes após a Ressurreição de Jesus); 
Nestorianos e Monofisitas (431 e 451); 
Orientais ortodoxos (1054); 
Luterana (1517); 
Calvinismo (1528/1555); 
Metodistas (1739); 
Anglicanismo (1559);
Congregacionalistas (1580/92); 
Batistas (1612);
Adventistas (1843); 
Assembleia de Deus (1900/1914);
Congregação Cristã do Brasil (1910); 
Igreja do Evangelho Quadrangular (ou Cruzada Nacional de Evangelização): sua fundadora morreu em 1944; 
Igreja Universal do Reino de Deus (1977); 
Árvore da Vida (1980/90); 
Adhonep (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno - 1952); Mormons (1830); 
Testemunhas de Jeová (1874); 
Induísmo (2500 antes de Cristo já existia, não se sabe a época precisa da origem); 
Budismo (400 antes de Cristo nascer);
Igreja Messiânica Johrei (1926);
Seicho-No-Iê (1930);
Perfect Lyberty (1946); 
Moonismo (Associação para a Unificação do Cristianismo Mundial - AUCM - 1954); 
Espiritismo (1848);
Umbanda (não há data de fundação); 
Racionalismo Cristão (1910/11);
Legião da Boa Vontade (Década de 50);
Sociedades Esotéricas (em todos os tempos houve esse tipo de agremiação).
Já nos séc. II e III já se conhecia a famosa gnose ou gnosticismo.
As Fraternidades Rosa-Cruz apareceram no séc. XVII. 
A Maçonaria, no séc. XVIII; 
Universo em Desencanto (anos 70);
Profecias de Trigueirinho (1987); 
Vale do Amanhecer (1969); 
Ordem dos 49 ou Ação Mental Interplanetária (1977); 
Santo Daime (1945); 
Sociedade Teosófica (1875); 
Rosa-Cruz (séc. XVII); 
Nova Era (década de 70); 
Cientologia (1954).

Foi por ocasião da revolta de Lutero, motivada pelo clima intenso e pesado resultante, que a Igreja deu uma chacoalhada em tudo, com o Concílio de Trento, de 1545 a 1563, na Itália. Toda a vida da Igreja foi reorganizada, inclusive com as Missões. Apareceram outras congregações religiosas, como os Jesuítas. Os padres passaram a ter uma formação mais séria e severa nos seminários.

Após a descoberta do Brasil, em 1500, vieram para cá os Jesuítas. Em 1618 os primeiros índios receberam a primeira comunhão.

A Igreja não sofreu muitas mudanças por todos esses séculos. Somente nesse século XX, de 1962 a 1965, com o famoso Concílio Vaticano II, é que houve outra grande mudança na Igreja: a Missa, que era celebrada somente em Latim, passou a ser celebrada na língua própria de cada país; o padre, que ficava de costas para o povo, passou a ficar de frente. A Bíblia passou a ser mais estudada, com traduções mais fiéis aos originais, possibilitando maior acesso aos leigos. Até então, a única versão conhecida era a Vulgata, de São Jerônimo, do séc. IV.

A liturgia renovou-se completamente, com novas orações eucarísticas e a possibilidade de serem usados outros instrumentos além do órgão e do harmônio.

Em 1968 houve um encontro muito importante em Medellín, na Colômbia, onde a Igreja chegou mais perto dos pobres e dos marginalizados. Houve outro encontro desse tipo em 1979, em Puebla, no México.
Quanto às Comunidades Eclesiais de Base, em 1979, reunidos em Puebla, os bispos latino-americanos firmaram o seguinte compromisso:

“Como pastores, queremos resolutamente promover, orientar e acompanhar as comunidades eclesiais de base, de acordo com o espírito de Medellín e os critérios da Evangelii Nuntiandi; favorecer o descobrimento e a formação gradual de animadores para elas. Em especial, é preciso procurar como podem as pequenas comunidades, que se multiplicam nas periferias e zonas rurais, adaptar-se também à pastoral das grandes cidades do nosso continente” (Pb 648).

Nos anos 70 apareceu a Renovação Carismática Católica (RCC), que vivencia um modo diferente de como se pode sentir a presença do Espírito Santo, principalmente na forma mais alegre das celebrações.

Os movimentos também estão aí a pleno vapor: Legião de Maria, Emaús, Cursilho, Vicentinos, ECC, Focolares, Irmandades antigas que reapareceram, como a Irmandade de São Benedito e o Apostolado da Oração etc.



Os últimos papas de nossa Igreja foram: Pio IX (1846), Leão XIII (1878), Pio X (1903), Bento XV (1914), Pio XI (1922), Pio XII (1939), João XXIII (1958), Paulo VI (1963), João Paulo I (1978), João Paulo II (1978), Bento XVI (2005), Francisco (2013). 

Os primeiros papas foram: São Pedro, São Lino (67), São Cleto (76), São Clemente (88), Santo Evaristo (97), Santo Alexandre (105).

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