MINHA FÉ 9- A CASTIDADE

9- A CASTIDADE

A castidade é a pérola de nossa Igreja Católica, é o perfume que exala das rosas das virtudes. a castidade é um hino de amor, uma oblação pura agradável que se eleva como um incenso até Deus.

Tudo o que temos vem de Deus e, segundo S. Paulo, tudo nos é permitido. A castidade é o oferecimento único e insubstituível que fazemos de nós mesmos a Deus. A castidade oferecida é um sacrifício agradável a Deus, que envolve tudo de perfume.

Mais do que nunca a castidade torna verdadeira aquelas palavras de São Paulo Apóstolo: “Vós sois o perfume de Cristo”(2ª Cor 2,15).

Também em 1ª Cor 6,10.15-20 faz uma advertência muito forte contra a impureza, pois “O vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus”, e lembra que nós não somos de nós mesmos, não nos pertencemos.

Somos o perfume de Cristo, mas para muitos, como diz o texto acima citado de 2ª Cor 2,15, é um perfume indesejável, para a “morte”, como acontece quando estamos almoçando e alguém passa perfumado ao nosso lado: naquele momento, por mais perfumado e caro que seja o perfume, ele é inconveniente se for sentido durante a alimentação.

Na verdade, o mundo odeia a castidade. Muitos (senão a maioria) se implicam, por exemplo, com o celibato do sacerdote. Eu considero a castidade uma de nossas melhores riquezas espirituais.

Entretanto, não é algo fácil. Quem busca a castidade não pode desanimar. É uma luta constante, árdua e incessante. É preciso ter garra para recomeçar quantas vezes forem necessárias. Sobretudo, é um dom de Deus, uma graça que ele nos dá se a pedirmos.

As pessoas criticam muito o celibato sacerdotal. Eu não o critico, mas acho que deveria ser opcional, não obrigatório. Isso daria mais valor à castidade dos que a escolhessem. Mas devo pensar, também, que Jesus exige a castidade em todos os níveis, mesmo aos casados, lógico que de maneira relativa ao seu estado (nem tudo é permitido aos casados).

Muitos santos tiveram problemas com a castidade antes de mudarem suas vidas. O Beato Carlos de Foucauld (teve uma amante chamada “Mimi”, francesa), Santo Agostinho (teve um filho chamado Adeodato, que faleceu ainda jovem), o rei Davi (mandou matar Urias após adulterar com a esposa dele, teve um filho que também morreu), Santa Catarina de Cortona (tinha uma vida mundana antes da conversão. Seu corpo se conserva interrupto, como que mostrando que quando Deus perdoa, perdoa de verdade), e vários outros. Lutaram, vigiaram, pediram a Deus e venceram!

Há ambientes muito difíceis de se viver a castidade. Nesses ambientes, um cristão autêntico só consegue viver como verdadeiro cristão se se aplicar à vigilância, à oração e a um costume de penitência. Caso contrário, sucumbe e se emporcalha desde a manhã.

Há um filme que retrata bem isso, muito antigo. Na tela aparece apenas uma flor, branca, muito bonita, que é amassada por uma bota suja de barro, de alguém que por ali passa. Só se vê a bota e a flor. Isso é o que a mídia e o mundo fazem com a castidade.

Quem é casto pela graça de Deus consegue se elevar acima do lodo do mundo e, como diz Mateus 5,8. “Verão a Deus”, ou seja, perceberão Deus presente no mundo. A castidade está intimamente unida à contemplação. Quem vive a castidade tem maior facilidade para contemplar. Entretanto, sem uma verdadeira humildade, a castidade vira motivo de vaidade e vanglória, quando não um motivo de desprezar as demais pessoas, o que pode custar ao “casto” a perda do paraíso. Afinal, as cinco virgens que não conseguiram entrar nas bodas (=no céu), segundo o evangelho, eram virgens!

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