MINHA FÉ 19- A AJUDA AOS POBRES


19- A AJUDA AOS POBRES


Penso que deve ser feita com muito critério e cuidado, a fim de promovê-los, como fazem algumas entidades, como os vicentinos, e não simplesmente habituá-los a receber auxílio.

Os vicentinos ajudam por três meses ou às vezes por alguns meses mais, e os orientam. Depois retiram-se e só voltam para ver se estão cumprindo as orientações e às vezes acertar os caminhos deles.

Há muitas situações em que dar esmola é estragar a pessoa, incentivar a não trabalhar. Em vez de fazer o serviço em lugar de um pobre, por que não o ensinar a fazer tal coisa?

É mais fácil nós mesmos fazermos ou dar de vez a esmola do que “perdermos tempo” (na mentalidade tacanha de alguns) a ensiná-los.

Por exemplo: muitos pobres não lavam as roupas que ganham. Simplesmente as jogam fora quando sujas, porque sabem que tal e qual entidades lhes darão outras roupas limpas.

Num determinado alojamento no meio da mata, em que todos trabalhavam, alguns usavam fumo picado por causa do preço exorbitante do cigarro, mas nunca compravam cadernos para usarem as folhas como “palha” para o cigarro. Eles pediam folhas dos demais, dizendo que eram para escrever cartas. Os cadernos custavam R$ 1,75 no pequeno armazém que servia essa comunidade! Não havia motivo para usarem cadernos alheios. Um deles nunca dava as tais folhas, por achar desaforo. E estava certo! Se fosse para carta, como diziam, tudo bem. Mas estava na cara que era para o fumo. Dar logo a folha custava muito pouco, mas há a necessidade de se educar esse tipo de pessoas que se aproveitam da bondade dos outros.

Lembro-me de que, aos 12 anos de idade, quando meus pais trabalhavam na fábrica o dia todo e eu fazia o almoço, eu não me levantava muito cedo. Não havia fogões a gás ainda naquela vila e usávamos carvão. Eu não pensava duas vezes: todos os dias ia “emprestar” brasas da vizinha, que levantava muito cedo. Subia numa cadeira estrategicamente colocada junto ao muro e dava a lata própria de pegar brasa emprestada. A vizinha sempre dava as brasas, coitada, mas sabe lá o que pensava... Eu penso: por que ela não me dava umas dicas de como poderia acender o fogo sem muito esforço? Eu aprendi, mais tarde, a acender os carvões com várias coisas. Uma delas era colocando cera de assoalho...

O correto é estudar caso por caso, a fim de ensinarmos a pescar, como se diz comumente, e pararmos de dar o peixe quando isso não for necessário. Alguém me disse, certa vez, que não adianta ensinar a pescar se o rio estiver “poluído“. Ora, temos que nos unir para “despoluir” o rio da sociedade!

Uma solução imediata e prática que vejo é ajudarmos mais as sociedades beneficentes, não apenas com dinheiro, mas também com o nosso trabalho.

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