MINHA FÉ 7- O PAPA

7- O PAPA

Eu creio que o papa é substituto de Pedro na Igreja Católica. Não acho correto dizer que ele está no “lugar” de Jesus Cristo, porque creio que Jesus Cristo está sempre entre nós. Ele nunca está ausente. Diz Mt 18,20: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, aí estarei”, e digo ainda: tanto invisivelmente quanto na Eucaristia e no Evangelho.

São Pedro foi investido como papa, ou seja, chefe da Igreja que nascia com estas palavras de Jesus: “Tu és Pedro (=Cefas em grego, Petrus em Latim, que significa pedra, rocha) e sobre essa pedra (o mesmo nome de Pedro) edificarei a minha Igreja” (Mateus 16,18). Em outras passagens, vemos como Jesus pediu que ele chefiasse e conduzisse os demais apóstolos: “Apascenta os meus cordeiros...Apascenta as minhas ovelhas...” E em Lucas 22,31–32: “Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos peneirar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos”.

Em Lucas 24,34, Jesus aparece em particular para Pedro após a ressurreição, mostrando o mandato especial deste apóstolo. São Paulo Confirma isso em 1 Cor 15,5.

Quando São João Apóstolo morreu, a Igreja já estava no seu quarto papa, São Clemente I. E São João nunca menciona qualquer coisa contra os “bispos de Roma que sucederam São Pedro: Lino (que foi discípulo de S. Paulo), Cleto, Clemente...

O papa é um fator físico de unidade muito forte em nossa Igreja, e sua influência no mundo tem sido igualmente alta, como a queda do muro de Berlim, a do comunismo, e a da separação de Cuba do bloqueio econômico americano e mundial.

Muitos criticam o papa sobre seu modo de viver, as riquezas do Vaticano... Eu prefiro ignorar isso, se bem que defenda o papa quando necessário. Não me importa como o papa vive, mas sim, os seus ensinamentos e o fato de que ele é nosso chefe, nosso condutor terreno, nosso cristo visível. Isso nos dá muita segurança doutrinal e evangélica! É-nos garantia da veracidade dos ensinamentos da Igreja e do Evangelho.

Quanto às riquezas, o Vaticano possui muitas riquezas de arte, que não podem ser vendidas. No mais, tem despesas como qualquer outro organismo.

Outras pessoas sempre se referem aos tempos negros do papado na Igreja. Eu sempre medito numa frase que li nas palavras cruzadas: “Se o erro ficou distante, seja pleno o seu perdão! Não se cobra do diamante o seu passado de carvão”!

É ignorância julgarmos alguém pelo seu passado. É preciso vermos se houve uma tomada de consciência do erro e uma reparação dos erros feitos ou, se isso não for possível, um arrependimento sincero.

Outra coisa importante: não podemos julgar com critérios atuais fatos acontecidos em outros tempos, quando vigoravam critérios diferentes. Dou um exemplo: o padre chega para se iniciar numa paróquia e começa a criticar o padre anterior por não ter construído uma igreja suficientemente grande. Ora, um amigo meu, padre, cuidava de uma paróquia em que havia um terreno enorme, vazio, e a igreja, pequena, dava para todos e sobravam lugares. De repente o governo desapropriou um terreno enorme contíguo à igreja matriz e construiu cerca de mil casas do BNH. A igreja, é lógico, ficou pequena e não havia como fazer outra maior em pouco tempo. Ele foi transferido e seu colega que o substituiu criticava-o pela igreja pequena. Isso é uma maneira de se julgar algo de tempos antigos com os mesmos critérios atuais. Não dá certo. Da mesma forma não podemos julgar os papas antigos com critérios atuais. No tempo antigo havia outro modo de compreensão do mundo, da vida.

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