C.R. - 16 - OS MILAGRES DE JESUS


16- OS MILAGRES DE JESUS

Diz o Frei Carlos  Mesters em seu livro “Deus, onde estás?”  que os milagres são “Amostras grátis”  do Reino de Deus. O que acontece nos milagres é o que Deus quer que seja comum no nosso dia-a-dia, que será possível se vencermos o pecado, o mal, a vingança, a cobiça, a inveja, as guerras, o ódio etc.


Jesus usa os milagres para manifestar a sua divindade. Eles se destacam por sua simplicidade. Também inauguram a vitória do Espírito Santo sobre o império de Satanás e sobre as forças do mal, sobre os pecados e as doenças. O maior milagre de Jesus foi, é claro, sua ressurreição.  (Mt 12,29—40).


Na verdade, qualquer pessoa pode ser o canal da graça de Deus, mesmo sendo pecadora. Deus faz o que Ele bem quiser, do jeito que Ele quer e não precisa de intermediários. Quando ele usa alguém como seu instrumento, o faz porque a coisa é séria e grave e geralmente não há, no caso, nenhuma solução humana. No mais, Ele deixa a coisa correr, desde que lhe permitamos de agir. Aí ele pode executar a sua vontade. Deus permite os acontecimentos mesmo quando não são de sua vontade.


O perigo que vejo, atualmente, é a busca excessiva de milagres e graças que às vezes podem ser por outros modos, antes de se apelar apenas para a Graça de Deus. Muitas pessoas não buscam a ajuda médica e especializada (às vezes porque não querem, às vezes porque são pobres e impossibilitadas) e buscam resolver todos os seus problemas por meio da magia. Exigir de Deus o milagre é tentá-lo!


O correto é fazer a nossa parte, dentro de nossos limites, procurando a medicina atual, e procurando fazer a vontade de Deus, ao mesmo tempo em que pedimos a graça ou mesmo o milagre. Ele nos dará a cura, até às vezes por meio do médico, que fará corretamente seus procedimentos porque, pela nossa oração, será assistido por Deus.


Em 2Cor 12,7-9, S.Paulo pede três vezes a Deus que o livre de um sério problema (não se sabe o que era), mas não foi atendido. Só recebeu o conforto de Deus e nada mais. Digamos, então, como o apóstolo S. Tiago em Tg 4,15: “Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto e aquilo”.



A conclusão é a que já mencionei antes, no texto sobre a oração: não determinemos nada! Apenas coloquemos nossos problemas, doenças, limites, projetos diante de Deus suplicando-lhe as graças de que necessitamos. Ele sabe o que é melhor para nós e, quando nos nega algo, é porque isso iria prejudicar a nossa salvação eterna. Lembrem-se de que ele nos conhece muito mais do que nós mesmos.

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