C.R. - 10 - OS ENSINAMENTOS DE JESUS

 10-OS ENSINAMENTOS DE JESUS.  - QUEM É JESUS CRISTO.

É a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Nasceu da Virgem Maria e é 100% Deus e 100% homem. Antes de nascer, ele vivia no céu, na Santíssima Trindade, como diz João 1,1-3.14.

Jesus foi igual a nós em tudo, menos no pecado (veja Filipenses 2,5-11). Ele nasceu para nos ensinar o caminho do Céu e nos salvar. Por isso, obedeceu ao Pai em tudo e aceitou morrer na cruz, vencendo o pecado, a desobediência e a morte, ressuscitando no terceiro dia, abrindo-nos assim as portas do céu, fechadas pelo pecado original (de Adão e Eva). Agora ele vive novamente no céu, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem (veja Atos 2,32-3).

Muitos dos ensinamentos de Jesus estão reunidos no que chamamos “Sermão da Montanha”(Mt cap. 5,6 e 7; Lucas 6,20-49); outros, nas parábolas. A seguir coloco um resumo dos ensinamentos do Sermão da Montanha para lermos e meditarmos; mais adiante, os ensinamentos das parábolas:

a)- FELIZES OS POBRES EM ESPÍRITO

Ser pobre em espírito é não se apegar aos bens materiais, por saber que Deus nunca nos abandonará. Deixar os gastos supérfluos para ajudar os pobres e necessitados. A raiz de todos os males é o dinheiro, diz S. Paulo em Timóteo 6,7-10. Quem é pobre em espírito é feliz porque é livre: não é escravo do dinheiro. Jesus foi pobre e humilde e foi o homem mais feliz que existiu.

Apesar de ser dono de tudo o que existe, pois tudo foi criado por Ele, na Santíssima Trindade, ele quis nascer pobre, viver com os pobres, se alimentava na companhia deles (aliás, também com os pecadores), apesar disso ser proibido pela religião judaica. Ele diz em Lucas 9,58: “O Filho do Homem (=ele, Jesus) não tem onde reclinar a cabeça”.

Jesus só recebe por discípulo a quem renuncia a tudo o que possui e diz isso em Lc 14,28-33. Veja Isaías 58. Precisamos confiar em Deus e não ter medo do futuro. Ele sustenta até os passarinhos! (Mt 6,26). É infeliz quem se apega ao dinheiro e aos bens materiais, vivendo com ambição desmedida e desespero, trabalhando feito louvo por medo de passar necessidade. Não deve ser a atitude de quem confia em Deus e segue seus caminhos (Provérbios 23,26).

Em Lucas 14,33 ele diz: “Qualquer um de vós que não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo!” Em Lc 6,24-25:”Ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação! Ai de vós que estais agora saciados! Porque tereis fome!”.

Entretanto, Jesus falou a Zaqueu, após este ter prometido devolver quatro vezes o que roubara e dar metade do que tinha aos pobres (como era exigido naquele tempo para quem quisesse se arrepender e começar uma vida nova): “Hoje entrou a salvação nesta casa!” (Lc 19,9).

Também exigiu do jovem rico que ele vendesse tudo o que tinha para segui-lo (Lc 18,18-25). Jesus trouxe aos pobres a Boa-Nova da salvação. Em Mt 6,19-20, diz:”Não acumuleis tesouros para vós, aqui na terra, onde a ferrugem e a traça os consomem e onde os ladrões os roubam. Mas acumulai tesouros para vós no céu...” Em Mt 6,24: “Não podeis servir a Deus e às riquezas!”

Aprendamos a viver de modo simples, com o suficiente para uma vida confortável e digna,partilhando com os pobres e necessitados o que economizarmos. Deus nos ajudará e nada nos faltará, se soubermos, é claro, sermos vigilantes também no que se refere aos gastos supérfluos. Mateus 6,30-34:”Buscai em primeiro o Reino de Deus e tudo o mais vos será dado em acréscimo”.

b)- FELIZES OS MANSOS E HUMILDES DE CORAÇÃO

Jesus é manso e humilde de coração: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis repouso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu peso é leve” (Mt 11,29) e quer que todos nós também sejamos assim. Ser humilde não é ser tímido, mas conhecer nossos limites e fraquezas e aceitá-los. É reconhecer os próprios pecados, desvios, maldade, pedir perdão disso tudo a Deus, confiando a Ele a própria vida, nunca desprezando ninguém (Tiago 2,1-7; Mc 2,15-17 e 6,37-44). Jesus morreu justamente porque enfrentou as autoridades de seu tempo, que escravizavam o povo.

Quanto mais nos conhecermos e nos aceitarmos, mais humildes e pacíficos seremos. Se confiarmos em Deus, seremos sempre pacientes e humildes. Acharemos tempo para tudo e nada nos irritará. Nunca teremos pressa e passaremos a tratar os outros como Jesus quer que os tratemos. Nunca querer fazer tudo sozinho, mas sempre buscar a ajuda de Deus e a das pessoas capacitadas para aquela ação. “Quando eu sou fraco então é que sou forte!” (2Cor 12,10). Isto acontece porque teremos a ajuda divina: “Sou pobre e indigente, mas Deus cuida de mim!” ( Salmo 41,18). O orgulhoso é abandonado às próprias forças. Deus dirige nossa vida e é poderoso para fazer qualquer coisa(Ef. 3,20).

A ira e o orgulho vêm da falta de confiança nele. Façamos calmamente a nossa parte, com nossos limites e deficiências, procurando aperfeiçoar com a prática, mas sempre em paz, como diz Santa Teresa de Jesus: “Nada te perturbe, nada te espante, tudo passa. Deus nunca muda. A paciência tudo alcança. A quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!” Foi essa humildade e confiança que permitiu a Maria conceber e dar à luz o Filho de Deus (Lc 1,46-54).

Sabemos que não somos humildes quando nos irritamos diante de alguma crítica à nossa pessoa. O humilde nunca se importará, porque se conhece e sabe se aquelas críticas são verdadeiras ou falsas e não precisa provar nada a ninguém. Perceba como ser manso e humilde nos deixa livres! A humildade nos traz o perdão de nossos pecados (Lc 18,9-14; 1Pd 5,5-7). Sendo mansos e humildes, seremos também puros de coração, que é não mentir, não ter duas caras, não usar máscaras e ser sempre sincero. Somos apenas o que somos diante de Deus, e nada mais!

c)- SEMPRE DARMOS BOM EXEMPLO

Jesus Cristo insistiu muito sobre o bom exemplo. O anúncio do Evangelho vem antes pelo testemunho que por outros meios, como diz Mc 6,7-13. Devemos não apenas proclamar, mas “gritar” o Evangelho com nossa vida, com nosso bom exemplo (Carlos de Foucauld). Desse modo, seremos o fermento da massa (Mt 13,33), o sal da terra, a luz do mundo. Isso inclui nunca julgarmos, que é o que fazemos quando julgamos que o outro fez o que fez por maldade, e nunca caluniarmos ninguém. Quantas vidas bonitas se perderam por causa da calúnia! Quando alguém é caluniado por coisas que não fez, passa a não dar mais bom exemplo, por causa do escândalo, e isso não é culpa dele (dela). Imaginem com que severidade vão ser julgados os que caluniaram!

Como acontece sempre, a vida de alguém caluniado é marcada para sempre e, faça o que faça, nunca vai ser acolhido como era antes das calúnias.



O bom exemplo de quem foi caluniado é, embora seja uma ação limitada, perdoar aos que o (a) caluniaram e recomeçar a vida como alguém que caminha num caminho de santidade. Muitos vão ver isso e sua vida passará a ser novamente um bom exemplo, embora com alcance mais limitado que anteriormente.


d)- PERDOAR SEMPRE E SEM LIMITES

Jesus diz que devemos perdoar setenta vezes sete vezes, o que significava para eles, perdoar sempre (veja em Mt 18,22). Em Lc 17,4,: “Se teu irmão pecar contra ti 7 vezes por dia e 7 vezes retornar dizendo que está arrependido, tu o perdoarás!”

 Em Mt 6, 14-15 Jesus diz que o Pai só nos perdoará se perdoarmos aos que nos ofenderam. Perdoar, porém, não é “deixar pra lá”. Se for preciso aplicar algum corretivo, devemos fazê-lo, mas sempre com caridade. Jesus pede, também para tirarmos qualquer pensamento de vingança. Diz Romanos 12,19:”A mim pertence a vingança, eu é que retribuirei, diz o Senhor”.

Jesus quer que amemos a todos, sem ódio, sem ofensas, não rir dos outros, não humilhá-los, não julgá-los, não nos vingarmos. A vingança e a maldade não valem a pena! Nós somos sempre perdoados por Deus de pecados muito graves e por isso precisamos perdoar sempre aos que nos ofenderam em coisas que, diante do que devemos a Deus, é nada!

O súdito daquele rei da parábola devia a ele o equivalente a 3 milhões de gramas de ouro (faça a conta para ver que fortuna!), o que equivale 10 mil talentos (cada talento pesa cerca de 34 quilos). Ele foi perdoado, mas ao sair de diante do rei, não quis perdoar a um amigo que lhe devia o equivalente a 450 gramas de ouro. Resultado: o rei o chamou de volta e o mandou prender “até que pagasse tudo”, ou seja estaria até agora na prisão...

e)- DEUS SEMPRE NOS PERDOA !

Se ele nos pede isso, é porque também pratica! A condição que ele põe é que peçamos perdão. Os pecados graves devem ser confessados a um sacerdote (veja Mt 16,18-19; Jo 20,22-23; Tiago 5,16). Os outros pecados, que não são graves, são perdoados se pedirmos perdão diretamente a Deus e fizermos atos de misericórdia e de caridade: “A caridade cobre a multidão de pecados (1 Pd 4,8).
O que nos proporciona também o perdão de Deus são os atos de reparação, as orações, jejuns (mesmo pequenos e abrangendo a renúncia de alimento, tevê, bebidas, pelo menos de vez em quando). Diz 1 João 1,9; “Se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a culpa”.

O único pecado que não tem perdão é o cometido contra o Espírito Santo, que consiste em achar que Deus não pode ou não quer nos perdoar, e por isso acabamos não pedindo perdão. Veja 1 Jo 5,16-17; Mt 12,31-32; Hb 6,6.

f)- A MISERICÓRDIA NOSSA E A DE DEUS.

Jesus é misericordioso. Diz Ef 2,4: “Deus é rico em misericórdia”. Ele quer que também nós o sejamos, ajudando as pessoas, acolhendo-as, nunca desprezá-las e sempre perdoá-las. Tg 2,15-26 diz que a fé, sem as obras, é morta: ou seja, precisamos demonstrar a nossa fé ajudando os pobres e necessitados, não desprezando nem humilhando a ninguém.(Tg 2,1-10). 

Agindo assim, Deus também será misericordioso para conosco, não nos deixará faltar nada, como Jesus prometeu em Mt6,25-33. No Juízo Final seremos julgados segundo a misericórdia que tivemos ou não dos que precisam dela, como diz Mt 25,31-46. Diz também Tg 2,13: “A misericórdia vence (triunfa sobre) o julgamento”. A misericórdia implica, também em não julgarmos a ninguém. Veja Mt 7,1-4 e 1 Pd 4,3.

g)- OS DOIS CAMINHOS

Deuteronômio 30,15-20 pede que há dois caminhos à nossa frente, para escolhermos um deles: o bem e o mal, a vida e a morte. Deus pede que escolhamos o caminho do bem, a vida.

Em Provérbios 23,26, Deus nos diz: “Meu filho, dá-me o teu coração. Que teus olhos gostem do meu caminho”. Jesus diz em Mt 7, 13-14: “Entrai pela porta estreita; porque é larga a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e muitos são os que entram por ela. Quão estreita é a porta e apertado o caminho que conduz à vida! E quão poucos são os que acetam com ele!”.

Santo Tomás de Aquino diz que é preferível andar devagar e mancando no caminho do bem a correr no caminho do mal.

Jesus pede em Mt 5,48 que sejamos perfeitos como o Pai celeste é perfeito, e 1 Pd 1,16, que sejamos santos (ou seja, que escolhamos o caminho apertado do bem) como Deus é Santo.

Quem escolhe o caminho do bem, escolhe Jesus, estará construindo sua casa sobre a rocha (Jesus), como diz Mt 7,24-27; Lc 6,47-49, e não sobre a areia (o pecado, o egoísmo). Vento algum poderá derrubá-la.

h)- A CASTIDADE

Jesus foi contra o adultério. João Batista morreu por ter denunciado o adultério de Herodes (Mc 6,17-29). Nenhum relacionamento sexual é permitido fora do casamento, como pode ser lido em Mt 5,27-32; Tg 4,4; Mc 6,17-29. Em João 8,11 Jesus perdoou a mulher adúltera, mas foi bem claro quando exigiu dela que mudasse sua vida: “Vai e não peques mais”.
Este é um assunto muito difícil, principalmente num mundo tão hedonista (=que ama o prazer pelo prazer) como o de nossa época, em que o sexo é idolatrado.

 É necessário não só muita vigilância e oração, mas também muita humildade para reconhecermos nossas fraquezas e limites nesse campo. Se não tivermos cuidado podemos também ser caluniados e, nesse campo, a calúnia pode nos levar facilmente à prisão e estragar nossa caminhada. Afirmo e repito: neste assunto, “todo cuidado é pouco”.

Quanto ao homossexualismo e desvios em geral, a Igreja é bem clara: fora do casamento entre um homem e uma mulher, qualquer tipo de relacionamento sexual é pecado. Sem exceções. Os que sofrem esses distúrbios devem procurar uma vida casta, fortificando-se pela oração, vigilância e trabalhos que sublimem os impulsos sexuais. Nunca é tarde para recomeçar.

Levar uma vida casta hoje em dia é muito difícil, mas é algo muito compensador: o nosso relacionamento com Deus e com os (as) irmãos (ãs) se estrutura numa amizade sólida e forte, a paz inunda nosso ser de tal forma que nos enleva ao paraíso mesmo em vida. Passamos a ver as pessoas com outros olhos, sem aquela malícia de quem pratica esses atos indiscriminadamente. 

As tentações são fortes em certas ocasiões, em certos dias, mas depois se enfraquecem e nos deixam um pouco em paz. Esses dias de paz compensam todos os dias de tentações, se as vencermos.

i)- OS MANDAMENTOS

Os três primeiros se referem a Deus. Os outros sete se referem a nós e ao nosso relacionamento com as pessoas:

I- EM RELAÇÃO A DEUS

1-Amar a Deus sobre todas as coisas;

Ou seja, nada do que existe pode tomar o lugar de Deus em nossa vida. As idolatrias atuais, como o apego ao poder, dinheiro, prazeres, são pecados graves
.
2- Não tomar seu santo nome em vão;

Nunca falar o nome de Deus em piadas, em brincadeiras ou qualquer coisa que não seja séria. Nunca jurar pelo nome de Deus nem por nada. Seja o nosso sim sim, o nosso não, não.

3- Guardar os domingos e dias santos;

Isto implica em prestar culto a Deus aos domingos, dias santos e sempre que for possível. Quando não pudermos fazer isso no domingo, façamos num outro dia livre.

II- EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO

4- Honrar pai e mãe;

Honrar significa, principalmente, nunca deixar faltar nada aos pais, tanto material como espiritualmente; se os pais ficarem esclerosados, não abandoná-los. Se for necessário a internação numa casa de repouso, que seja digna, limpa e honesta. 

O quanto for possível, os pais idosos devem conviver com os filhos, ou seja, nunca serem abandonados. Lembro que não se trata apenas de obedecê-los. Depois dos 21 anos, ninguém mais precisa obedecer aos pais, a não ser em coisas proibidas por Deus ou pela Igreja.

5- Não matar;

Não só não matar, mas também não odiar, não prejudicar a ninguém, não enganar ninguém, não fazer ninguém de bobo etc. Devemos amar até os inimigos, sempre nos lembrando que amar não é gostar. Precisamos amar até as pessoas de quem não gostamos.

6- Não pecar contra a castidade;

Qualquer ato sexual consentido fora do casamento é pecado. Mesmo no casamento, nem tudo é permitido.

7- Não furtar;

Nunca prejudicar ninguém nesse assunto. Ser sempre honesto com todos. Quem rouba não tem a proteção de Deus: vai ter que se virar sozinho e isso implica em nunca ter o suficiente para viver: estará sempre procurando a quem roubar ou furtar. Os que furtam ou roubam nunca estarão satisfeitos com o que conseguiram.

8- Não levantar falso testemunho;

Isso é muito importante. No tempo de Moisés, duas testemunhas que estivessem concordando com alguma acusação poderiam condenar uma pessoa à morte! Acusar os outros é algo muito grave, principalmente as calúnias. Uma senhora foi a S. Francisco de Sales falar que havia espalhado uma calúnia contra uma pessoa. 

O santo pediu que como penitência ela espalhasse as penas de uma galinha pela cidade. No dia seguinte ela voltou para a absolvição e ele lhe pediu que recolhesse todas as penas espalhadas. Coisa tão impossível quanto reparar o dano cometido após uma calúnia.

9- Não desejar o cônjuge (homem ou mulher) do próximo;

Jesus disse que nem em pensamento devemos desejar a mulher ou o marido de outra pessoa. Qualquer pensamento nesse sentido deve ser logo combatido para não se instalar em nossa mente.
10- Não cobiçar nada que não seja seu.

Não cobiçar não significa que não podemos achar bonito ou admirar o que é de outra pessoa. O que é proibido é a inveja, o desejo exagerado de ter o que é de outros.

Jesus resumiu esses dez mandamentos, no início de seu ministério, em dois, que na verdade são três:

1-Amar a Deus sobre todas as coisas,

2- Amar ao próximo

3- Como a si mesmo.

No final de sua vida, ele resumiu os dez mandamentos em apenas um: “AMAI-VOS UNS AOS OUTROS COMO EU VOS TENHO AMADO” (Mc 12,28-34;Jo13,34-35)




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