N. SRA. DE GUADALUPE: 12/12
A Virgem de Guadalupe:
DESAFIO À CIÊNCIA MODERNA
Para o ateu moderno,
acostumado a dar valor só ao que julga provado pela ciência, o milagre de
Guadalupe, no México, é no mínimo constrangedor. Pois a ciência prova que houve
milagre!
Valdis Grinsteins
Uma pessoa não totalmente ateia,
mas profundamente contaminada pelo pensamento moderno, dizia-me que aquilo que
não é provado cientificamente não existe. Mas — típica contradição da alma
humana — não queria falar do Santo Sudário de Turim, pois as descobertas
científicas sobre ele a abalavam; e se fosse obrigada a olhar o assunto de
frente, teria de negar o valor da ciência ou... converter-se.
Vejamos o problema do
ponto de vista desses amantes indiscriminados da ciência. Para eles, tudo
aquilo que não se demonstra em laboratório entra para o domínio da fantasia.
Ciências, com C maiúsculo, são para eles a Física, a Química, a Biologia, etc.
Já a História lhes parece suspeita, pois é irrepetível e muito subjetiva, ao
depender de testemunhas. Muito mais ainda se for história eclesiástica, e o
auge do suspeito lhes parecem as histórias dos milagres. São como o Apóstolo
São Tomé, que precisou ver para crer. Para esse tipo de almas incrédulas, que
havia até entre os Apóstolos, Nosso Senhor realiza certo tipo de milagres, de
forma que não possam alegar a falta de provas. E uma dessas provas é a imagem
de Nossa Senhora de Guadalupe, no México.(1)
BREVE RESUMO DA
HISTÓRIA
Os problemas para eles
começam com o fato de ter-se conservado o manto de Juan Diego, no qual está
impressa até hoje a imagem. Esse tipo de manto, conhecido no México como tilma,
é feito de tecido grosseiro, e deveria ter-se desfeito há muito tempo. No
século XVIII, pessoas piedosas decidiram fazer uma cópia da imagem, a mais
fidedigna possível. Teceram uma tilma idêntica, com as mesmas fibras de maguey
da original.
Apesar de todo o cuidado, a tilma se desfez em quinze anos. O manto
de Guadalupe tem hoje 475 anos, portanto nada deveria restar dele. No dia 9 de
dezembro de 1531, na cidade do México, Nossa Senhora apareceu ao nobre índio
Quauhtlatoatzin — que havia sido batizado com o nome de Juan Diego — e
pediu-lhe que dissesse ao bispo da cidade para construir uma igreja em sua
honra. Juan Diego transmitiu o pedido, e o bispo exigiu alguma prova de que
efetivamente a Virgem aparecera.
Recebendo de Juan Diego o pedido, Nossa Senhora fez crescer
flores numa colina semidesértica em pleno inverno, as quais Juan Diego devia
levar ao bispo. Este o fez no dia 12 de dezembro, acondicionando-as no seu
manto. Ao abri-lo diante do bispo e de várias outras pessoas, verificaram
admirados que a imagem de Nossa Senhora estava estampada no manto. Muito
resumidamente, esta é a história, que foi registrada em documento escrito. Se
ficasse só nisso, facilmente poderiam os céticos dizer que é só história, nada
há de científico.
Uma vez que o manto (ou
tilma) existe, é possível estudá-lo a fim de definir, por exemplo, o método
usado para se imprimir nele a imagem. Comecemos pela pintura. Em 1936, o bispo
da cidade do México pediu ao Dr. Richard Kuhn que analisasse três fibras do manto,
para descobrir qual o material utilizado na pintura. Para surpresa de todos, o
cientista constatou que as tintas não têm origem vegetal, nem mineral, nem
animal, nem de algum dos 111 elementos conhecidos. “Erro do cientista” —
poderia objetar algum cético. Difícil, respondemos nós, pois o Dr. Kuhn foi
prêmio Nobel de Química em 1938.(2) Além do mais, ele não era católico, mas de
origem judia, o que exclui parti-pris religioso.
No dia 7 de maio de 1979 o
prof. Phillip Serna Callahan, biofísico da Universidade da Flórida, junto com
especialistas da NASA, analisou a imagem. Desejavam verificar se a imagem é uma
fotografia. Resultou que não é fotografia, pois não há impressão no tecido.
Eles fizeram mais de 40 fotografias infravermelhas para verificar como é a
pintura. E constataram que a imagem não está colada ao manto, mas se encontra 3
décimos de milímetro distante da tilma. Para os céticos, outra complicação:
verificaram que, ao aproximar os olhos a menos de 10 cm da tilma, não se vê a
imagem ou as cores dela, mas só as fibras do manto.
Convém ter em conta que ao
longo dos tempos foram pintadas no manto outras figuras. Estas vão se
transformando em manchas ou desaparecem. No caso delas, o material e as
técnicas utilizadas são fáceis de determinar, o que não acontece com a imagem
de Nossa Senhora.
OS OLHOS DA
IMAGEM
UM OLHO DA
IMAGEM VISTO DE PERTO
Talvez o que mais intriga
os cientistas sobre o manto de Nossa Senhora de Guadalupe são os olhos dela.
Com efeito, desde que em 1929 o fotógrafo Alfonso Marcué Gonzalez descobriu uma
figura minúscula no olho direito, não cessam de aparecer as surpresas. Devemos
primeiro ter em vista que os olhos da imagem são muito pequenos, e as pupilas
deles, naturalmente ainda menores.
Nessa superfície de apenas
8 milímetros
de diâmetro aparecem nada menos de 13 figuras! O cientista José Aste Tonsmann,
engenheiro de sistemas da Universidade de Cornell e especialista da IBM no
processamento digital de imagens, dá três motivos pelos quais essas imagens não
podem ser obra humana:
• Primeiro, porque elas
não são visíveis para o olho humano, salvo a figura maior, de um espanhol.
Ninguém poderia pintar silhuetas tão pequenas;
• Em segundo lugar, não se
consegue averiguar quais materiais foram utilizados para formar as figuras.
Toda a imagem da Virgem não está pintada, e ninguém sabe como foi estampada no
manto de Juan Diego;
• Em terceiro lugar, as
treze figuras se repetem nos dois olhos. E o tamanho de cada uma delas depende
da distância do personagem em relação ao olho esquerdo ou direito da Virgem.
Esse engenheiro ficou
seriamente comovido ao descobrir que, assim como os olhos da Virgem refletem as
pessoas diante dela, os olhos de uma das figuras refletidas, a do bispo
Zumárraga, refletem por sua vez a figura do índio Juan Diego abrindo sua tilma
e mostrando a imagem da Virgem. Qual o tamanho desta imagem? Um quarto de
mícron, ou seja, um milímetro dividido em quatro milhões de vezes. Quem poderia
pintar uma figura de tamanho tão microscópico? Mais ainda, no século XVI...
TENTATIVA DE
APAGAR O MILAGRE
Assim como meu conhecido
não desejava falar do Santo Sudário, outros não querem ouvir falar dessa
imagem, que representa para eles problemas insolúveis. O anarquista espanhol
Luciano Perez era um desses, e no dia 14 de novembro de 1921 colocou ao lado da
imagem um arranjo de flores, dentro do qual havia dissimulado uma potente
bomba. Ao explodir, tudo o que estava perto ficou seriamente danificado. Uma
cruz metálica, que ficou dobrada, hoje se conserva no templo como testemunha do
poder da bomba. Mas... a imagem da Virgem não sofreu dano algum.
E ainda ela está hoje ali,
no templo construído em sua honra, assim como uma vez esteve Nosso Senhor
diante do Apóstolo São Tomé e lhe ordenou colocar sua mão no costado aberto
pela lança. São Tomé colocou a mão e, verificada a realidade, honestamente
acreditou na Ressurreição. Terão essa mesma honestidade intelectual os
incrédulos de hoje? Não sei, porque assim como não há pior cego do que o que
não quer ver, não há pior ateu do que o que não deseja acreditar. Mas, como
católicos, devemos rezar também por esse tipo de pessoas, pedindo a Nossa
Senhora de Guadalupe que lhes dê a graça de serem honestas consigo mesmas.
E-mail do autor: valdisgrinsteins@catolicismo.com.br
Notas :
1. Para a elaboração deste
artigo, utilizamos o material publicado no site http://www.reinadelcielo.org/estructura.asp?intSec=1&intId=42,
ao qual remetemos os leitores interessados em mais dados.
informe de dez/2007 da
revista Família Cristã:
Richard Kuhn= cientista
alemão e prêmio Nobel de química foi quem examinou uma amostra do tecido.
Conclusão:
- os corantes da imagem
não pertencem ao reino vegetal, nem ao mineral, nem ao animal, nem a algum dos
111 elementos conhecidos.
Guadalupe, em espanhol, é
semelhante ao idioma Huatl, linguagem asteca escrita pelo escritor indígena
Antônio Valeriano, início de dezembro de 1531:
COATLAXOPEUH (QUATLASUPE).
COA= serpente;
TLA= a;
XOUPEUH=ESMAGAR.
Nossa senhora chamou a si
mesma “Aquela que esmaga a serpente”.
*********
*********
Vale a pena você ver este vídeo no YouTube. É longo, mas completo e desce às profundezas do simbolismo da imagem de Guadalupe:
Comentários
Postar um comentário