A CRIAÇÃO- O SER HUMANO

Deus criou o mundo de tal forma que nele pudéssemos viver, pois somos a obra mais importante de sua criação.
Quando dizemos que Deus criou o mundo, estamos falando não apenas de Deus Pai, mas também do Filho e do Espírito Santo. Em João 1 vemos como “sem ele” (Jesus Cristo) “nada foi criado”. Ou seja, Jesus esteve presente e atuante na criação do mundo, tanto como o Pai e o Espírito Santo. É claro que não ainda como homem, mas como a Palavra (=Verbo) de Deus.

Veja a explicação magnífica que o Pe. Fernando Cardoso dá da criação do homem no YouTube. Os links são estes: 
https://youtu.be/PO4kTAUBHiA (Nosso corpo agora e nosso corpo espiritual após a morte)

https://youtu.be/z2tps8BpS_E-(Pecado original)

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, com a capacidade de pensar e agir livremente e viver para sempre. Deus nos criou para que pudéssemos morar com ele no céu e gozarmos sua presença, admirar sua beleza, fazer-nos felizes. Para deixarmos fora nosso egoísmo e aprendermos a partilhar, ele planejou tudo de tal forma que nos tornamos seus “sócios” na criação: cada vez que uma criança é concebida, Deus cria, naquele momento, uma alma imortal e ele se torna um ser humano, com direito a viver feliz no paraíso pelo resto da eternidade.
Deus não quer obrigar-nos a estar com ele. Por isso, deu-nos o livre arbítrio, pelo qual temos a vida toda para escolhermos essa vida feliz (o paraíso) ou estarmos longe dele (o inferno). Temos um tempo para estarmos aqui na terra a fim de decidirmos se vamos ou não ficar com Ele, criarmos nossos filhos, que vão continuar a cuidar do mundo, a fim de que outros possam existir e aqui viver, e amarmos a Ele e a todos os demais. Essa, pelo menos era a intenção de Deus. Só haveria a felicidade, pois Ele estaria sempre agindo em favor do ser humano que criara.
Quem morre sem ter escolhido Deus de modo pleno, mas buscou-o durante sua vida, vai para o Purgatório, até purificar-se, pois como diz o Apocalipse 21,27: “Na cidade celeste não entrará nada de imundo, nada que contamine, nada que cometa abominação e mentira”.
Aí houve a decisão dos primeiros seres humanos em agir por conta própria, em quererem ser donos da própria vida, iguais a Deus, até mesmo desejando superar Deus e não depender dele. Foi o chamado pecado original, simbolizado na bíblia (Gênesis capítulo 3) pelo fruto proibido.  O fruto proibido é símbolo da nossa ação de decidir o que é bom ou o que é mau. Só Deus pode nos dizer o que é bom ou mau. Isso que significa "conhecer o bem e o mal", faculdade que dava aquele simbólico fruto.
 A partir de então, Deus abandonou o homem a seus próprios desejos e limitações, e só o ajuda se ele lhe pedir por isso. O ser humano passou a poder escolher se quer ir para junto de Deus, após a morte, ou ficar longe de Deus, apenas consigo mesmo. Ir para junto de Deus se chama ir para o céu; ficar longe de Deus se chama ir para o inferno.
Pelo Batismo, Jesus nos deu a possibilidade de entrarmos novamente debaixo da proteção divina, a fim de que possamos um dia ir para o céu, após terminarmos nossa missão aqui na terra. Isso é feito de muitos altos e baixos, pois às vezes o escolhemos, às vezes o desprezamos.
Quando o desprezamos, ainda assim Ele nos dá, pelo arrependimento e pedido de perdão, a possibilidade de voltarmos a Ele. Sempre que pedirmos, o Pai nos perdoa, pelo sangue derramado voluntariamente por seu divino Filho Jesus Cristo, que viveu plenamente a vida que todos deveríamos viver: a dependência total e absoluta ao Pai.
Há infelizmente, um problema sério no modo de entendermos a criação do ser humano. A bíblia ensina de modo diferente da ciência. O problema que se coloca é: o homem foi criado diretamente por Deus, ou é um produto da evolução, como dizia Darwin?
Seja qual for o modo que acreditamos, basta que aceitemos que a criação é obra de Deus, mesmo que não saibamos exatamente como é que Ele a criou, se foi uma criação direta, como diz a bíblia, ou indireta, para nos adequarmos à ciência. Na verdade, somente os dois conhecimentos juntos nos dão uma ideia mais exata do que realmente ocorreu.
Se aceitarmos a evolução  (A ciência diz que nós descendemos de um grupo de aproximadamente 2.500 desses primatas, que teriam sido originários da África), para continuarmos cristãos deveríamos acreditar que foi Deus quem criou as almas dos primeiros seres humanos, utilizando, no caso, um animal já bem desenvolvido, a que a ciência dá o nome de primata. Essas primeiras pessoas seriam, no caso, Adão e Eva. Aliás, Deus continua a fazer isso, quando cria uma alma humana em cada ser humano que é concebido! Quanto ao pecado original, uma coisa é certa: o pecado de Adão e Eva não foi sexual, pois eles eram marido e mulher. O pecado deles foi mesmo de desobediência e o desejo de se igualarem a Deus, coo dissemos acima. Queriam viver independentes de Deus.
Diz o Frei Carlos Mesters, no livro “Paraíso Terrestre, Saudade ou Esperança?”, que o paraíso narrado no Gênesis é um objetivo de vida, e não algo que perdemos. É um “plano” de vida para nós todos, que Deus gostaria que existisse, como Isaías 11 nos narra: O lobo vivendo com o cordeiro, a criança brincando com a serpente...
Para que haja isso é preciso muito empenho de nossa parte, e da parte dos milionários e tantos poderosos deste mundo, a fim de que a partilha torne a todos felizes. Sobretudo, é preciso que tenhamos mais fé em Deus, mais confiança na Providência Divina, e deixemos de adorar os falsos ídolos do dinheiro, vícios, fama, vaidade exagerada etc.

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