MARCOS CAP. 01

 MARCOS CAPÍTULO 01

VEJA O TEXTO EM BÍBLIA CATÓLICA 01


 Marcos 1, 1-8:- Pregação de João Batista.

 Evangelho significa “Boa Nova, ”boas notícias”.  

Jesus é Filho de Deus. Essa é uma convicção profunda de Marcos.

 

O Messias era visto como um reformador político, mais para o lado material do que global do ser humano, um tipo de rei. Os pobres deixariam a pobreza e os recos perderiam suas riquezas. Escribas e fariseus viam em Jesus o contrário do Messias, pois sua pregação não combinava com isso que eles acreditavam que seria o Messias: um rei implacável e materialista.

 

Preparar o caminho do Senhor = Tirar do caminho os obstáculos para a vinda do Reino de Deus. Os pecados e as injustiças, por exemplo. Mudar de vida.

 

O Batismo ministrado por João equivale ao nosso sacramento da confissão. O nosso batismo atual equivale à circuncisão dos judeus, feita no oitavo dia. Ver sobre isso o que S. Paulo fala do Batismo como “circuncisão do coração” em Colossenses 2,11-15; Romanos 2,29. O batismo de João era uma forma visível de mostrar uma mudança de vida.

 

Ao vestir pelos de camelo e alimentar-se de gafanhotos, João mostra que não se sujeitava às falsas necessidades das cidades. Sua pregação era livre e autêntica.

 

Batizar com o Espírito Santo= mudar profundamente os corações das pessoas, de modo que deles nunca mais sairia nada de mau, de pecaminoso.

 

Marcos 1,9-11:- O batismo de Jesus

 

Jesus, que nunca pecou, submete-se ao batismo de João em solidariedade com os pecadores, para mostrar que estava no meio deles, participava da mesma sorte deles, mas ia conduzi-los à liberdade plena (F.A. Pág. 83, ano B)

 

O nosso batismo só foi instituído por Jesus em Mateus 28,19: “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.

 

O Espírito Santo não foi simbolizado apenas como pomba, na bíblia, mas muito mais vezes por mão, vento, dedo, fogo, água, unção, nuvem, luz, selo (Ver os detalhes no Curso de Crisma deste blog).

 

Marcos 1,12-13 – Tentação no deserto

 

Jesus, como nós, foi tentado durante toda a sua vida, e não apenas no deserto. Quarenta dias pode significar “ a vida toda”. Ademais, São Lucas diz em Lc 4, 13\; “E acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele até outra oportunidade”. Sabemos que uma dessas “outras oportunidades” foi em sua Paixão.

 

Vivia entre as feras = lembrança do paraíso terrestre, do tempo em que Adão e Eva ainda não haviam pecado. Ver sobre isso Isaías 11,6-9.

 

As tentações não se vencem apenas com a oração, mas também com a vigilância. Ambas devem estar juntas: “ Orai e vigiai para não cairdes em tentação” ( Marcos 14,38).

 

“Os anjos o serviam”= Vencer o pecado é quebrar as barreiras que nos separam da graça de Deus. Sua graça é como a chuva, e os pecados são como os telhados, que impedem que a chuva nos molhe.

 

Marcos 1,14-15:- Jesus inaugura sua pregação

 

Jesus percorre os povoados perdidos na montanhas da Galileia, anunciando o Evangelho de Deus.

 

“Cumpriu-se o tempo” =- Terminou o tempo da paciência de Deus. É agora a hora da mudança radical de vida e nosso modo de pensar, para não termos de enfrentar o “Dia do Senhor”, do julgamento, de “calças curtas”. Ver Romanos 3,26.

 

O Reino de Deus = lugar onde não haverá nem sofrimento, nem morte. Apenas alegria e paz.

 

“Arrependei-vos!” = Quando não conseguimos no arrepender, peçamos essa graça a Deus e pelo menos proponhamos não pecar mais. Jesus nos oferece o perdão gratuitamente. Se propormos não pecar mais, seremos perdoados, embora fiquemos como que “devendo” a satisfação daqueles pecados ainda não arrependidos a Deus. Ou seja: quem pede perdão e não peca mais, não vai para o inferno. Ficará no Purgatório, até que se arrependa e possa, purificado, entrar no céu. Diz o Apocalipse 21,27: “Nada de impuro entrará na cidade celeste”. Só ficaremos realmente puros quando nos arrependermos de coração de todos os pecados, mesmo dos pecados já perdoados e ainda não perfeitamente arrependidos.

 

“Crer no Evangelho” = Crer na Boa Nova = crer nas boas notícias. Uma delas é que o Reino de Deus nos aguarda. Outra, é que Jesus veio nos salvar, nos perdoar, nos dar a vida eterna.

 

Marcos 1,16-20: Vocação dos 4 primeiros discípulos

 

Os discípulos chamados estavam trabalhando, não estavam a toa. Todos somos chamados para uma missão aqui na terra. É preciso conhecê-la! Ter fé é colocar-se totalmente nas mãos de Deus, sem restrições, sem nenhum medo.

 

Marcos 1, 21-28: Jesus ensina em Cafarnaum e cura um endemoniado.

 

Jesus tinha sua autoridade de ensinar reconhecida por fazer um comentário próprio da Escritura, que inspira veracidade, diferente do legalismo dos mestres da lei, e por praticar o que ensinava, mostrando-se verdadeiro por meio dos milagres (=sinais) que mostrava.

 

Este é o primeiro milagre de Jesus em São Marcos. Em São João é as bodas de Caná.

 

As doenças não entendidas eram tidas como possessão diabólica. Aliás, todas as doenças eram consideradas causadas pelo demônio. Nem todos os endemoniados da bíblia o eram realmente. Muitos apenas eram doentes mentais.

 

Muitos tem um medo danado do demônio. Ele não é tão forte assim. Uma oração bem feita o afugenta. O problema não é ele, mas o mal que nos rodeia, a tendência do ser humano para o mal: sentimentos racistas ou preconceituosos, ódio, discriminação, injustiças, ansiedade pela bebida e drogas, ganância, paixão sexual desenfreada (F.A.pág 245, ano B), a destruição da natureza, a guerra, o egoísmo e assim por diante.

 

Deus é maior do que o demônio. Uma pessoa batizada é templo de Deus e, portanto, nunca poderá ser possuída pelo demônio, a não ser que a pessoa renegue a Deus e invoque sobre si o demônio. Acreditar em possessão diabólica em quem já é batizado e procura cumprir a vontade de Deus, é acreditar que o demônio é maior do que o próprio Deus. É preciso começar a aceitar que muitas vezes a culpa de nossos males é nossa mesmo, e não do demônio, que tem a “costa larga”: em tudo colocamos nele a culpa, para tirarmos a nossa.

 

“Espírito impuro”= Essa impureza era referente às normas usuais de pureza para participar do culto e das refeições (como lavar as mãos antes de comer, não estar doente etc.). Não tem nada a ver com a falta de castidade.

 

Essas pessoas doentes eram simplesmente suportadas pelos demais, quando não “descartadas”. O povo ficou feliz em ver que Jesus curava os doentes.

 

Marcos 1,29-32- Cura da sogra de Pedro

 

Jesus não quer a doença para nós, mas que sejamos sadios e felizes, e trabalhemos incansavelmente pelos necessitados e impossibilitados. Não é justo usarmos nossa saúde e bem-estar apenas em proveito próprio.

 

O mal e a doença não são invencíveis: eles podem ser dominados pela oração, vigilância e união de nossas forças na procura das soluções e providências necessárias. Se praticarmos a Palavra de Deus não só a nível particular, mas a nível de povo de Deus, teremos sua ajuda para os problemas naturais. Como dizia Leibniz, um filósofo (https://pt.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Leibniz)o único “mundo” possível de funcionar é o nosso. Não há outro modo melhor, senão Deus o teria feito desse modo melhor. Por isso, Ele se comprometeu a nos ajudar, se pedirmos sua ajuda. Estar com Deus, a nível pessoal e a nível comunitário, é a melhor forma de sermos plenamente felizes, como o próprio Jesus disse em João 10,10b: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”.

 

Marcos 1, 32-34: Diversas curas

 

Devemos lutar contra as doenças que nos impedem de sermos felizes. Há muitas pessoas que morem de doenças perfeitamente curáveis, apenas por serem pobres ou morarem em lugares insalubres e abandonados. Isso não é, em hipótese alguma, a vontade de Deus.

 

Jesus não curou todos os doentes da época, mas apenas uma parte, para mostrar que Deus não quer o mal, nem o sofrimento, nem as doenças que ocorrem conosco. Ele apenas permite, já que respeita a liberdade do homem. Mas está pronto a ajudar a suportarmos, quando não nos livra deles.

 

Jesus impede que se fale ser Ele o Messias para evitar mal-entendidos sobre sua missão e assim apressar a sua morte. Eles faziam uma idéia nacionalista e guerreira do Messias, muito diferente da que Jesus queria ensinar.

 

Marcos 1,35-39:- Jesus deixa secretamente Cafarnaum e percorre a Galiléia

 

Jesus rezava aos sábados no templo, com a comunidade, e também sozinho, em particular, na solidão da montanha, geralmente à noite.

 

A oração é a “ferramenta” para nos fortalecer e iluminar para entendermos e solucionarmos os problemas do mundo. Além da oração é preciso a vigilância e o trabalho constante e equilibrado.

 

É preciso que todos, todas as nações, ouçam o Evangelho, para que possam escolher se vão seguir ou não as palavras de Jesus. Por isso, Jesus vai pregar em toda a parte e pede aos apóstolos que façam isso também (cf Mateus 28,19).

 

A expressão “expulsar demônios” significa afastar o mal, o pecado, as coisas negativas, e implantar o evangelho de Jesus Cristo, do amor. Onde houver a presença de Jesus e o amor verdadeiro, dificilmente haverá oportunidade para o mal.

 

Marcos 1,40-55:- Cura de um leproso

 

A cura da lepra era impossível naquele tempo. Quando Jesus curou o leproso, as pessoas viram que o Reino de Deus tinha chegado ao mundo (F.A. Pág. 259). Mesmo assim, muitos não acreditaram nele.

 

O leproso curado devia se apresentar ao sacerdote do templo porque ele era o único que podia dar a liberação para que ele pudesse voltar a participar da sociedade, da qual, até então, estava completamente separado. Quem tocasse no leproso (como Jesus o fazia) também era considerado impuro e não podia entrar no templo, sem antes passar pelo sacerdote e oferecer o sacrifício de purificação.

 

Não podemos desprezar ou menosprezar ninguém. E devemos procurar ouvir as autoridades de nossa Igreja. Nossa Igreja tem a assistência do Espírito Santo. Devemos obedecer às leis, desde que elas não contrariem as duas que Jesus deixou: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Há religiões, atualmente, que aprovam, por exemplo, o aborto quando a criança é fruto de estupro. A Igreja Católica abomina e condena QUALQUER TIPO DE ABORTO.

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