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Mostrando postagens de março, 2012

CARTA A UM PRESO

Você me escreveu dizendo que sua vida terminou, que está em depressão, que não vai mais usufruir das coisas boas da vida! Mas... o que é usufruir das coisas boas da vida? -É poder beber vinho importado? -Poder comprar um uísque de centenas de dólares? -Ver Paris da Torre Eiffell? -Poder beijar o pé da estátua de S. Pedro no Vaticano? -Poder jogar moedas na fonte de Trévere? -Poder tomar chá com a rainha da Inglaterra? -Poder comer caviar (argh!) com torradinhas americanas, com a Madonna? -Andar por aí com um carro de um milhão de reais? -Ganhar os dois milhões do BBB? Meu Deus, que desperdício! Ser livre não é fazer nada disso! Ser livre é ter-se em mãos! Ser livre e usufruir a vida é poder se ver sempre diante de Deus, saber que Ele está olhando para e por você, saber que Ele cuida de você de modo melhor que a mãe que não abandona o filho (Isaías), que o ama a tal ponto de ter descido aqui na terra para provar que o que Ele criou é bom, vale a pena e pode

BENEDITINOS (AS) CAMALDOLENSES

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O Mosteiro da Transfiguração, pertence à grande tradição monástica que no Ocidente reconhece em S. Bento de Núrcia (séc. VI) sua primeira raiz espiritual, e em S. Romualdo de Ravenna (+ 1027), o seu pai espiritual mais próximo. Segue a Regra de São Bento e os ensinamentos de São Romualdo e da milenar tradição que nele se inspira . O Sacro Éremo de Camáldoli ( Itália), foi fundado pelo próprio São Romualdo no ano 1024 e desde aquela época, teve a presença ininterrupta da comunidade monástica. A Congregação camaldolense da Ordem de São Bento tem dois modelos de vida monástica: mosteiro(vida comunitária) e eremitério(vida solitária). Os dois, cada um com o próprio estilo, ficam abertos ao testemunho e ao serviço ao Senhor na Igreja e nos irmãos e irmãs(evangelização). No mosteiro a vida tem uma intensa dinâmica comunitária, alimentada pela palavra de Deus, pelas celebrações litúrgicas da Eucaristia e do Ofício divino ( Liturgia d

VIDA MONÁSTICA

tirado do blog dos carmelitas eremitas carmelotradicional.blogspot.com/ A Vida monástica é um grande dom de Deus para a Igreja. Desde o início da pregação do Evangelho, não faltaram homens e mulheres que se renderam ao convite de Jesus: “se queres ser perfeito...” (Mt 19). Esta inquietação de sempre desejar fazer algo a mais por Deus é a vocação para a vida monástica. Quem a tem, abandona o mundo e deixa tudo para viver somente para o Senhor.  No Carmelo, podemos encontrar uma belíssima forma de servirmos a Deus e buscarmos a santidade. A tradição carmelitana consagrou duas finalidades desta vida: alcançar a pureza do coração e gozar as delícias de Deus. “Esta vida de perfeição religiosa encerra dois fins: um nós podemos alcançar com o nosso esforço e o exercício das virtudes, e o outro, ajudados pela graça divina. O primeiro consiste em oferecer a Deus um coração santo e limpo de toda mancha atual de pecado. O outro fim desta vida é dom totalmente gratuito de Deus e que

DESERTO – LUGAR DO ENCONTRO COM DEUS

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Dom Edson Damian, dd. Bispo de S. Gabriel da Cachoeira, AM O primeiro impacto de Deus como Absoluto o Irmão Carlos vivenciou em sua viagem de reconhecimento ao Marrocos: na descoberta da “grandeza austera do deserto” e na simplicidade religiosa dos muçulmanos. Escreve à Marie de Bondy: “O que há de maravilhoso por aqui é o pôr-do-sol, o entardecer e a noite. Vendo esses belos crepúsculos, relembro o quanto eles lhe agradam, pois evocam a bonança que virá após a tormenta do nosso tempo. Os fins de tarde são tranquilos, as noites tão serenas, este céu imenso e estes vastos horizontes parcialmente iluminados pelos astros são tão tranquilos e, silenciosamente, de uma maneira tão penetrante cantam o Eterno, o Infinito, o Além, que seríamos capazes de passar noites inteiras nesta contemplação; no entanto, abrevio estas contemplações e, depois de alguns instantes, dirijo-me para o sacrário, pois há muito mais do que tudo isso no humilde sacrário. Tudo é nada comparado ao Bem-Am

SOLIDÃO NUNCA MAIS!

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Muitas pessoas se acham sozinhas, abandonadas, até mesmo depressivas por causa da sensação da solidão. Os textos que apresentamos neste blog quer justamente nos levar a viver essa solidão, a viver esse aparente abandono, de modo bem diferente. Jesus vivia no meio do povo, em sua vida pública, mas aprendera a ficar só. Mesmo no meio dos discípulos, ele se isolava mentalmente para estar a sós com o Pai, como lemos em Lucas 9,18: “Estando Jesus a orar a sós, em meio aos discípulos...” Jesus não encontrava pessoas do mesmo nível dele com quem pudesse falar sobre sua experiência divina. Nesse sentido, sentia-se sozinho quando estava rodeado pela multidão. Essa solidão desaparecia quando, sem ninguém ao seu lado, nos lugares desertos, podia se encontrar com o Pai, como vemos em João 16,32: “Eis que vem a hora, e ela aí está, em que sereis dispersos, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não fico só, porque o Pai está comigo”.  O Pe. Carlos de Foucauld,

N. SRA. APARECIDA

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Lembro aos leitores que N. Sra. é a mesma, só que tratada com diversos nomes, como as pessoas que têm vários apelidos...  História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida:  do site:  http://www.portalvale.com.br/cidades/aparecida/historia-de-nossa-senhora-aparecida.php O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas.  Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.  Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias p

N. SRA. EM LOURDES

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O Corpo incorrupto de Santa Bernardete. Veja que paz! Por coincidência hoje é 11/02/2018, comemoração dos 160 anos da primeira aparição de Nossa Senhora em Lourdes. Santa Bernardete era muito nova e quase sem instrução escolar, mas "deu conta do recado" e atendeu aos pedidos de Maria, que se revelou a ela como "Que soy l'Imaculá Concepciú", em dialeto daquele local, que significa: "Eu sou a Imaculada Conceição". Uma verdade incompreensível para a menina. Veja o relato dela mesma, feito mais tarde, numa carta por ela escrita, do Ofício das Leituras de hoje (Les écrits de sainte Bernadette, Paris 1961, pp 53-59. Século 19):  “Certo dia, fui com duas meninas às margens do rio Gave buscar lenha.. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo, com uma faixa azul celeste à cintura, e uma rosa de ouro em cada pé

A HISTÓRIA DA IGREJA

A Igreja Católica nasceu no dia de Pentecostes. Nos primeiros séculos foi perseguida, desde os anos 60, pelo Imperador Nero, até 313, quando o Imperador Constantino liberou o culto a Deus. Houve muitos mártires por conta dessa perseguição. Mártir é a pessoa que prefere ser morta a adorar outros deuses, ou a renegar sua própria religião. Em At 7,1-8,3, vemos a morte do mártir Santo Estêvão, além de um resumo da história do povo de Deus, feito pelo próprio Estêvão. Com a liberdade concedida por Constantino, a Igreja pôde sair das catacumbas (cemitérios sob a terra, onde os católicos escondiam-se para celebrarem a Santa Missa ou fazerem suas reuniões) e os fiéis começaram a liturgia nas igrejas, publicamente, sendo as primeiras igrejas feitas com o aproveitamento dos palácios doados pelo Imperador Constantino, em Roma.  Com a liberdade e os títulos de honra dados pelo imperador aos bispos, a Igreja se aburguesou bastante e entrou desse modo na Idade Média (período da História