TEMPERAMENTO E CARÁTER
Temperamento é o conjunto de tendências com o qual
a gente nasce. Antigamente (anos 60) costumava-se detectar quatro tipos
principais de temperamentos:
colérico, fleumático, introvertido e extrovertido.
Vi na internet, entretanto, que atualmente costuma-se dividir o temperamento
nos mesmos quatro tipos, mas com os nomes diferentes. Vou deixar o link para
que você possa fazer o teste sobre qual ou quais temperamentos você tem. Está
no final da página, antes do tema "A Santidade":
Já o caráter é o conjunto de atitudes
que construímos em nós corrigindo ou melhorando nossos temperamentos. Um “homem
de caráter” é uma pessoa que consegue dominar suas más tendências e criar em si
tendências boas, que repercutam bem e de modo positivo na sociedade ao seu
redor.
Desse modo, o colérico vai aprender a
se controlar com o fleumático, o introvertido vai aprender a se expressar com o
extrovertido. Entretanto, o fleumático vai aprender a reagir melhor aos
acontecimentos, com o colérico, e o extrovertido vai aprender a se aquietar
mais com o introvertido. E assim por diante.
Formamos o nosso caráter:
1- Por meio da oração diária
2- Por meio do autoconhecimento, para
nos conhecermos melhor e captarmos humildemente as nossas deficiências.
3- Combatendo as nossas partes
negativas
4- Consultando pessoas com conhecimento
no assunto e as que vivem conosco e sabem de nossos defeitos.
5- Treinando nossa força de vontade com
pequenas renúncias. Exemplo: ao receber uma carta ou qualquer coisa, não a leia
ou não abra o pacote imediatamente: leia-a ou abra o pacote alguns minutos
depois. Comer algo de que não gosta (mas que não lhe faça mal). Controlar os
doces e as bebidas, as guloseimas, a tevê, a internet, o celular... Levantar-se
a uma hora determinada e que não seja muito tarde. Fazer algum exercício de
alongamento diariamente, e uma caminhada. Lavar as louças que suja, não as
deixando para outra pessoa lavar para você. Lavar as próprias roupas de baixo e
as meias (claro que diariamente). Andar a pé num percurso não muito longo, em
vez de ir de carro ou tomar o ônibus. Nunca pedir que sua esposa ou que seu
filho pegue isto ou aquilo para você. Eles não são seus empregados: levante o
traseiro do sofá e vá você mesmo pegar! Etc.
Evite fazer coisas supérfluas e até
perigosas moralmente falando. Cuidado com a internet! Não perca muito tempo com
baboseiras, mesmo na tevê. Não sei como muitos gostam daquele ridículo programa
“zap-zap”, por exemplo!
Os celulares estão nos deixando (“nos”
não, porque o meu é desses de cinquenta reais) mais superficiais e vazios, com
menos conteúdo. Sei de um padre que parou de celebrar a missa para atender o
seu celular. Pode isso??? Jesus deve ter “adorado” a atitude dele!
Fixe para você mesmo algum tempo de
oração e leitura espiritual (principalmente da bíblia) e seja fiel a esse
horário.
Muitos santos formaram um caráter santo
em cima de um temperamento difícil. Exemplos:
S. Francisco de Assis: tinha horror a
pobres e leprosos
S. Francisco de Sales- era colérico e
tornou-se o santo da paciência
S. Vicente de Paula- percebeu que era
burguês e tinha muitas coisas quando precisou fazer uma mudança de casa
paroquial: foram necessárias dois carroções para transportar. Daí em diante
começou a ser mais pobre.
São Pedro: era colérico e até cortou a
orelha de um pobre curioso que via a prisão de Jesus...
Beato Carlos de Foucauld- era
milionário e tinha até uma amante francesa, pra ninguém botar defeito. Sabem
qual era o nome da tal amante? “Mimi”! Deixou tudo, dinheiro, bebedeira,
orgias, e foi ser eremita (sem deixar a vida ativa) no deserto do Saara, entre
os tuaregues.
Santa Catarina de Cortona- era mundana,
era amasiada com um rapaz e mudou de vida, quando encontrou o corpo tão belo
dele putrefato. Tornou-se santa. Uma coisa curiosa é que seu corpo está até
hoje intacto, como para nos mostrar que Deus a perdoou plenamente. Veja sua
história e seu corpo intacto neste link (vale a pena):
Teste sobre Temperamento
(do site http://educamais.com/teste-temperamento/)
Cada pessoa, seja criança, jovem ou
adulto, tem o seu próprio temperamento e isso influencia praticamente todas as
áreas da sua vida.
Existem quatro grandes grupos de
temperamento: sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico.
Por norma, cada pessoa tem um ou dois tipos
de temperamento que são dominantes, mas todos temos um pouco de
todos os temperamentos. Existem ainda combinações de temperamento, por exemplo,
colérico-melancólico ou fleumático-sanguíneo.
Este teste ajuda-o a identificar qual o
seu temperamento dominante assim como os secundários, permitindo-lhe também
conhecer um pouco mais sobre cada um e qual a sua combinação natural.
Faça o teste (basta
clicar na palavra)para saber qual o seu temperamento e leia outros artigos
sobre as principais características de cada um (basta
clicar na palavra).
A SANTIDADE
1ª Pedro 1,16: “Sede santos porque eu
sou santo (diz o Senhor)”. e no versículo 15- “Como é santo aquele que vos
chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”.
Passemos a nos “enxergar” melhor com o
que as pessoas veem em nós, de modo muito humilde. Aceitemos nossos defeitos e
combatamo-los, a fim de nos tornarmos pessoas de caráter. Essa é a base da
santidade, a que Santa Catarina de Sena e outros santos chamam de
“autoconhecimento”.
Para ser santo não é preciso mudar de
endereço ou se internar num convento, ou coisa parecida com isso, a não ser que
se perceba que se tem uma vocação para esse tipo de vida.
O próprio trabalho que se faz é um
caminho de santidade, se o fizermos com amor e alegria. Entretanto, há certos
tipos de trabalho quer não se alinham com a santidade: os que se baseiam-no
pecados na não observância da lei de Deus. Quem quiser se santificar, deve,
então, abandonar esse trabalho desonesto.
Um exemplo de disparate no caminho da
santidade é de algumas pessoas que, já na quarta ou quinta união conjugal,
dizem que Deus “vai me preparar uma esposa”. Ora, o próprio Jesus disse que
abandonar a esposa para se unir à outra é adultério! Como é que ele vai ajudar
o dito cujo a pecar? Ou essas palavras de Jesus foram inventadas?
Outra coisa que não dá certo é o que
fez o Pai da Igreja Orígenes: ele seguiu à risca Mateus 5,29: “Se teu olho for
ocasião de pecar, arranca-o e o joga fora”... etc. Ele castrou-se! Por isso não
foi canonizado. A santidade é baseada na luta pessoal, com o auxílio divino.
Foi por isso que Jesus disse: “Eu não vim trazer a paz à terra, mas a espada!”
(Mateus 10, 34).
Eu cheguei à conclusão que podemos nos
santificar no mesmo ambiente em que vivemos, bastando aumentar nosso tempo de
oração. É a base dos “Eremitas de Jesus Misericordioso”, em que as pessoas
ficam onde estão, mas se comprometem a orar pelo menos 2h 24m diariamente (que
é o dízimo de 24 horas) e seguir um tipo de regra. Se você está interessado
(a), veja as regras no site Vivendo Nazaré ou no blog Eremitas ...., cujos
links se encontram neste site (ou blog).
MAS VEJA BEM!
Tanto viver no próprio ambiente como
querer sair dali podem ser pura ilusão da pessoa. A motivação para alguém
abandonar o ambiente em que vive para procurar outro ou não ir a algum outro e
permanecer onde vive, pode ser uma terrível ilusão, se a pessoa estiver
buscando a si própria, ou mesmo buscando “sombra e água fresca” e não Jesus
Cristo e seu Reino.
Nossa motivação para sair em busca de
uma vida religiosa ou de qualquer outro tipo, em outro lugar, não deve ser por
enfado à vida que se leva, ou porque vivemos com pessoas chatas e uma vida
pobre.
Do mesmo modo, querer viver onde se
mora, quando se tem uma vocação missionária ou religiosa, pode ser simplesmente
preguiça ou falta de coragem para seguir o chamado de Jesus.
Em ambos os casos devemos agir pensando
em seguir Jesus e o seu Reino, e isso inclui a misericórdia e o trabalho
incansável para que o irmão seja feliz.
As fugas não levam a nada, porque nós
nos levamos conosco! Não há como fugirmos de nós mesmos, nem de Deus! (Salmo
138/139).
A melhor forma de santificar-se é o
viver o AQUI E O AGORA. Viva bem o momento presente, que o seu futuro vai ser
bom também. Se vivermos pensando no passado ou no futuro, não vamos viver o
momento presente e, portanto, não vamos ter nem futuro nem passado (o passado
de amanhã é o hoje que vivemos agora).
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