A SANTÍSSIMA. TRINDADE




A Santíssima Trindade é o Mistério de que existe um só Deus em três Pessoas iguais e distintas: o Pai, o Filho (Jesus) e o Espírito Santo. A representação que fazemos dela em imagens não tem nada a ver com o que Deus realmente é. Ninguém jamais viu a Deus, como diz São João em João 1,18. 

1- DEUS- A SANTÍSSIMA TRINDADE

Deus é um Espírito Eterno, ou seja, nunca teve princípio nem terá fim. Ele tem todas as virtudes, capacidade, ciência, amor, misericórdia, domínio, discernimento no grau infinito, e até muitas virtudes e conhecimentos que nós nem imaginamos que existam.

Deus está fora do tempo e do espaço: para Ele não existe tempo, e não ocupa lugar nenhum, pois tanto um como outro foram criados por Ele. 

Alguns salmos (89, 6-14; 90; 93,4; 104;108) falam sobre a magnitude de Deus. Se fossem escritos hoje, seriam mais ou menos assim:

“Deus põe sua toalha para secar no pico do Everest, usa a floresta Amazônica como o capacho de seus pés, usa o vulcão para fritar o seu bife, guarda sua taça de sorvete na Antártida, usa a vértebra da maior baleia que existe para palitar os dentes, usa as cataratas do Iguaçu para lavar o seu rosto, joga xadrez com as estátuas da Ilha de Páscoa” etc. O salmo 108 fala exatamente sobre isso. Vemos no documento de Puebla nº 582, e o de Aparecida nº 434, que “Deus não é solidão, mas uma família”. Essa família em que Deus vive é a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo. São três Pessoas, mas um só Deus. É como se encostássemos três velas para obtermos uma só chama, ou um trevo, que é uma só planta, mas com três folhas iguais. 


As três pessoas de Deus são reais (realmente existem), são um só Deus, mas ao mesmo tempo são distintas (cada pessoa é uma).

DEUS, a origem primeira de tudo, é PAI e MÃE, como diz o Frei Carlos Mesters. Deus tem as virtudes, em perfeição, dos pais e das mães. Como ele é a origem primeira de tudo, Ele também é Mãe!

Quando dizemos que Deus criou o mundo, estamos falando não apenas de Deus Pai, mas também do Filho e do Espírito Santo. Em João 1 vemos como “sem ele” (Jesus Cristo) “nada foi criado”. Ou seja, Jesus esteve presente e atuante na criação do mundo, tanto como o Pai e o Espírito Santo. É claro que não ainda como homem, mas como a Palavra (=Verbo) de Deus.

Seu Filho único, Jesus Cristo, tão eterno como Verbo quanto o Pai e o Espírito Santo, nasceu dentro do tempo terrestre de Maria sempre Virgem, e é cem por cento Deus e cem por cento homem. Após sua morte na cruz, que aceitou com amor, e a ressurreição, subiu ao céu e nos enviou seu Espírito Santo para nos fortalecer, nos santificar e nos iluminar.


O Espírito Santo desceu sobre os apóstolos reunidos no cenáculo com a Virgem Maria e vem também sobre todos os que são batizados. Ele vem também a quem Ele bem entender, não dependendo de nós, do Batismo ou de qualquer outra coisa. Deus é livre para agir como quiser. Qualquer pessoa de qualquer religião, ou mesmo sem religião alguma, pode receber o Espírito Santo.


O Espírito Santo é o Amor do Pai e do Filho, é o Amor de Deus por nós, e nos santifica, nos faz sábios para nos decidirmos por Cristo, e nos fortalece. Muitos sentem o Espírito Santo como uma espécie de luz, de força, de unção. Quero deixar bem claro que o Espírito Santo é uma Pessoa de Deus, tão Deus quanto o Pai e o Filho, uma Pessoa divina completa, a quem podemos nos dirigir, como nos dirigimos às outras duas Pessoas. Ele é chamado também de Paráclito, Advogado nosso, o Consolador. 


Para Deus, nada é impossível. Ele faz tudo o que quer (Sl 115; Marcos 10,27; Lucas 1,37). Tudo o que ele quer provém de sua vontade justa e de sua sábia inteligência. Deus, em sua onipotência divina, de modo algum é arbitrário: Ele não “tira a sorte” ao nos permitir alguma coisa; Ele faz exatamente o que deve e precisa ser feito!


Nós honramos e pedimos a proteção da Santíssima Trindade com o Sinal da Cruz, que é feito em duas partes: o persignar-se e o benzer-se.


Para bem fazer o sinal da cruz, comece com o “persignar-se”: faça com o dedo polegar da mão direita uma cruz na testa, dizendo: “Pelo sinal da santa cruz”; depois faça uma cruz na boca, dizendo: “livre-nos Deus, nosso Senhor”. Depois faça um sinal no peito, dizendo: “dos nossos inimigos”. A cruz na testa é para que Deus nos livre dos maus pensamentos; a cruz na boca, para que nos livre das más conversações, de fazermos mau juízo dos outros, para não caluniarmos ninguém etc.; a cruz no peito é para sempre amarmos a Deus e ao próximo sem exceção, e nunca consentirmos nos maus sentimentos.


Em seguida, você faz o “Sinal da cruz”, dizendo: “Em nome do Pai” - e coloca a mão espalmada sobre a testa; “do Filho” - e põe a mão espalmada sobre o peito; “e do Espírito” - e põe a mão espalmada sobre o ombro esquerdo; “Santo” - e põe a mão espalmada sobre o ombro direito. A cruz nos lembra a morte voluntária de Jesus na Cruz, que nos salvou. Ele aceitou morrer por todos nós, para nos salvar. Devemos fazer o sinal da cruz completo no início do dia, das orações, nas tentações, ao passarmos por uma igreja em que haja o Santíssimo Sacramento, para dormir, em todas as ocasiões.

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