MARCOS CAP. 09

  MARCOS CAPÍTULO 09

VEJA O TEXTO EM BÍBLIA CATÓLICA-09


Marcos 9,1: VER O INVISÍVEL

 

Muitos dos que seguiam Jesus acreditaram e “viram”, em sua pessoa e em seus atos, que o Reino de Deus havia chegado, estava começando.

No dia a dia de nossa vida precisamos descobrir, embora nos limites dos acontecimentos, algo mais, a atuação da vontade e do poder de Deus em tudo.

 

Marcos 9,2-8: A TRANSFIGURAÇÃO

 

Diz a BJ que, enquanto Mateus mostra na Transfiguração Jesus como novo Moisés (Mt 17,1ss), Marcos mostra gloriosamente o Messias oculto. É uma cena passageira, mas que mostra uma realidade futura daquele que por algum tempo seria ainda o servo sofredor.

 

Esse trecho nos ensina várias coisas:

 

-é preciso e possível transfigurar, mudar esse mundo, afastando dele o mal e o pecado;

-os momentos de paz e de conforto em nossa vida, deve preparar-nos para os momentos de confronto, de humilhações, de lutas. Isso será possível se nos mantivermos unidos a Jesus, à Igreja e ao próximo.

-para instaurar o Reino de Deus, cuja amostra grátis Jesus mostra durante a transfiguração, é preciso passar pelo sacrifício da própria vida. Não é possível usas atalhos, como Pedro tenta fazer. O discípulo dever seguir o mestre (FA, pág 109).

 

Marcos 9,9-13:- A QUESTÃO DE ELIAS

 

Tanto Elias como João Batista vieram preparar o mundo para a vinda de Jesus, mas não foram ouvidos a não ser por um punhado de pessoas.

 

Marcos 9,14-29 : O EPILÉTICO ENDEMONIADO

 

A fé é imprescindível para se obter a cura ou qualquer outra graça. Às vezes pedimos sem a mínima confiança no poder de Deus. Outras vezes, a pessoa pede em vários lugares diferentes e até contrários em doutrina: na Igreja Católica, no benzedor, na umbanda, no Centro Espírita, ou usa orações “mágicas”. Isso é errado! Enquanto estivermos duvidando ou buscando várias coisas diferentes, não obteremos graça alguma. Se pedirmos com fé, sem vacilar, sem usar orações mágicas (não existem orações poderosas. O que faz uma oração poderosa é a intensidade de nossa fé), Deus vai nos ouvir, nem sempre nos dando aquela graça pedida, mas vai nos ouvir e nos conduzir.

 

Muitas vezes, portanto, pedimos com a devida fé, mas Deus sabe que aquilo que pedimos não nos convém naquele momento. Nós vemos o tempo presente, mas Deus nos vê com o propósito de irmos para junto dele, no céu, após a nossa morte. Sábio como Ele é, não vai nos conceder nada que possa nos afastar desse glorioso objetivo. Para outras explicações sobre a possessão diabólica, por favor, veja os versículos 21 a 27.

 

Marcos 9,30-32:- SEGUNDO ANÚNCIO DA PAIXÃO

 

Jesus ensina os discípulos sobre sua paixão, mas eles não conseguiam entender o porquê lhes falava isso. Jesus não queria que ninguém soubesse de sua presença, por dois motivos:

 

1- Para não adiantar a data de sua paixão;

2- para impedir que fizessem dele um rei.

 

Os discípulos não entendiam quando Jesus falava sobre o sofrimento por causa da ideia materialmente rica e gloriosa que tinham do Messias; ou seja, eles esperavam que Jesus tomasse o poder das mãos dos romanos e reinasse, como um descendente do rei Davi, restaurando, assim, a monarquia.

 

Marcos 9,33-37: QUEM É O MAIOR

 

Quem quiser ser cristão autêntico deve renunciar aos privilégios. Sua grandeza e seu privilégio deve ser o de servir aos irmãos sem pretensões de estar nos primeiros lugares ou de ser aplaudido. Basta que Deus veja e saiba o que fizemos ou deixamos de fazer. Lembremo-nos de que seus dons e as graças. Ele nos dá gratuitamente, independentemente do que fizermos. É incrível o que as pessoas fazem para aparecerem, para estarem nos primeiros lugares!

 

Os discípulos não tinham ainda entendido que Jesus não ia tomar o lugar de Herodes ou do imperador.

 

As crianças, no trecho, representam os que sempre precisam de nosso auxílio, como os marginalizados, os pobres, os que não têm dificuldade de aprendizado, os que têm problemas mentais, os desempregados, enfim, os que estão impedidos, de uma forma ou de outra, de exercerem sua cidadania e sua liberdade.

 

Marcos 9,38-40: USO DO NOME DE JESUS

 

Não somos donos da verdade. O Espírito Santo não está confinado à Igreja Católica e pode soprar onde bem entender. Deus não está sujeito às nossas regras e normas.

 

Marcos 9,41: CARIDADE PARA COM OS DISCÍPULOS

 

O versículo dá a entender que essa pessoa que deu o copo de água ainda não é discípula de Jesus. Esse gesto significa abertura à Palavra de Deus. Esse gesto de amor será recompensado. Com a fé verdadeira, por exemplo, com a presença constante de Deus, e não com um carro de luxo na garagem.

 

Marcos 9,42-50:- O ESCÂNDALO

 

Os “pequenos” aqui mencionados, não se referem às crianças, mas aos fracos na fé. Devemos ter cuidado com o que falamos ou fazemos, para não escandalizar

 

Muitas vezes, pessoas inocentes são acusadas e presas por coisas que não foram provadas, baseadas em mentiras ou em sensacionalismo da imprensa. Essas pessoas ficam irremediavelmente marcadas para sempre. Isso aconteceu com vários santos. Um deles, São José de Calazans, morreu com 92 anos, foi caluniado, sofreu humilhações terríveis, sua obra foi descredenciada pela própria Igreja, que só reconheceu que eram calúnias 8 anos após sua morte. Ele foi o primeiro que introduziu escolas gratuitas para crianças e adolescentes. Foi processado. Conta-se que durante a espera do julgamento, ele estava tão desinteressado pelo que lhe ia acontecer, que dormiu no tribunal!

 

Um amigo meu, certa vez, na praia, comeu um bombom deixado por uma pessoa no mar, a Iemanjá, e um colega seu se escandalizou. É como S. Paulo fala em relação à carne oferecida aos deuses pagãos e depois vendida no açougue: não foram oferecidas a ninguém, pois esses deuses não existem, mas comê-la pode causar escândalo em quem é fraco na fé. É como o caso do bombom. O que comeu não fez pecado algum, mas escandalizou o outro que não quis comer, e isso pode até se tornar um pecado.

 

A “geena”, diz F.A. (Pág. 419) “É um vale (que diziam ser ) maldito que se abre para o lado sul de Jerusalém. Nele havia túmulos onde eram enterrados os mortos; um fogo perene queimava o lixo da cidade e uma fumaça mal cheirosa mantinha as pessoas afastadas. Era um lugar imundo, símbolo da ruína e da destruição para a qual caminha quem se entrega ao pecado”.

 

O “verme que não morre” significa que o que pratica o mal vai sempre ser corroído por ele. Enquanto não abandonar de vez o pecado, não será feliz.

 

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