PURGATÓRIO



A REALIDADE DO PURGATÓRIO 
15/09/2018 
Muito se fala sobre o purgatório e pessoas santas que teriam recebido revelações particulares sobre ele. A santa que se celebra hoje (15/09), Santa Catarina de Gênova é uma dessas pessoas.

Ela escreveu duas obras: “Diálogo entre a alma e o corpo” e o “tratado sobre o Purgatório”. Um ótimo comentário sobre essas obras pode ser obtido no site do Vaticano. 

O que eu quero dizer nesta página é que não nos deveria interessar muito COMO é o purgatório, mas que ele existe, é um lugar de purificação, e é necessário para quem não morre em santidade. Precisamos nos confessar dos pecados cometidos e pedir a Deus que nos dê a graça do arrependimento sincero, e o desligamento total deles. Ao mesmo tempo, precisamos orar e fazer penitência para que nos purifiquemos da “sujeira” que o pecado causa à nossa alma. 

As penitências podem ser simples, mas sinceras. Aproveitemos as coisas desagradáveis que nos ocorrem durante o dia para isso, e procuremos mortificar nosso paladar, nossa vista, nossa mente. Sobretudo, podemos fazer penitência no trato diário com as pessoas: sofrer desaforos sem perder a paciência, ajudar em alguma coisa, aprender a ouvir mais do que a falar, estar sempre à disposição para assuntos sérios, não falar palavrões, não ver novelas de televisão... Às 4as. e 6as. feiras, por exemplo, tomar um banho frio, ou pelo menos deixar a água apenas morna, deixar alguma alimentação de que se gosta (ou mesmo fazer jejum a pão e água) deixar os doces e as bebidas (de álcool e os refrigerantes) e assim por diante. Isso ajuda a nos purificar. 

Diz o Apocalipse 21,27: “Coisa algum imunda entrará na Cidade Celeste”. Isto implica que não haverá possibilidade alguma de se entrar impuro no céu. Se não estivermos realmente purificados de nossos pecados, teremos que passar pelo purgatório. 

Nas visões dos santos e ultimamente dos videntes de N. Senhora em Medjugorje, o purgatório possui níveis diferentes de intensidade: o mais rigoroso, o médio e o mais leve, dos que estão quase purificados. 

O famoso fogo do purgatório não é tanto físico como interno, como a dor que sentimos quando nos arrependemos de nossos pecados. É um fogo que não mata, que não destrói, mas que purifica e nos renova, até que estejamos realmente puros para entrarmos no céu. 

Santa Catarina de Gênova diz que é preciso nos desvincularmos e nos desapegarmos dos pecados que cometemos e mesmo os que já estão perdoados. Enquanto não houver esse desligamento total nosso das ofensas cometidas, não estaremos aptos para entrarmos no céu. A própria pessoa se sente distante de Deus, sofre por não ter correspondido de modo perfeito ao amor de Deus e à sua santa vontade. É o amor de Deus que se torna como uma chama de amor que purifica a pessoa das feridas que o pecado causara. 

Ela mesma teve um período de pecados em sua vida e experimentou uma dor profunda durante sua conversão. Leiam o comentário que o site do Vaticano faz sobre esse assunto: 

“A conversão teve início a 20 de Março de 1473, graças a uma experiência singular. Tendo ido à igreja de são Bento e ao mosteiro de Nossa Senhora das Graças para se confessar, ajoelhou-se diante do sacerdote e «recebeu — como ela mesma escreve — uma chaga no coração, de um imenso amor de Deus», com uma visão tão clarividente das suas misérias e dos seus defeitos e, ao mesmo tempo, da bondade de Deus, que quase desmaiou. Foi tocada no coração por este conhecimento de si mesma, da vida vazia que ela levava e da bondade de Deus”. 

“Desta experiência derivou a decisão que orientou toda a sua vida, expressa com estas palavras: «Basta com o mundo e com os pecados» (cf. Vida admirável, 3rv). Então Catarina fugiu, suspendendo a Confissão. Voltou para casa, entrou no quarto mais escondido e chorou prolongadamente. Naquele momento, foi instruída interiormente sobre a oração e adquiriu a consciência do imenso amor de Deus por ela, pecadora, uma experiência espiritual que não conseguia expressar com palavras” (cf. Vida admirável, 4r). 

“Foi nessa ocasião que lhe apareceu Jesus sofredor que carregava a cruz, como é frequentemente representado na iconografia da santa. Poucos dias depois, foi ter com o sacerdote para finalmente realizar uma boa Confissão. Aqui teve início aquela «vida de purificação» que, durante muito tempo, lhe fez sentir uma dor constante pelos pecados cometidos e que a impeliu a impor-se penitências e sacrifícios para demonstrar o seu amor a Deus. Neste caminho, Catarina foi-se aproximando cada vez mais do Senhor, até entrar naquela que é denominada «vida unitiva», ou seja, uma relação de profunda união com Deus” 


Veja no site Aleteia história de um frei que passou 3 horas no Purgatório, voltou à vida e viveu ainda mais 40 anos: PESSOAS QUE ESTIVERAM NO PURGATÓRIO


O PURGATÓRIO NA BÍBLIA

 Apocalipse 21,27: é necessária uma purificação para entrar no paraíso. 

Mateus 5,25-26 fala de um lugar passageiro, onde nos purificamos. 

Em Mateus 12,32 vemos um trecho muito esclarecedor: há pecados que são perdoados neste mundo e também no outro, ou seja, no Purgatório. 

Outro trecho muito esclarecedor, mas meio difícil de entender à primeira vista é 1ª Coríntios 3,11-16. Nele, S. Paulo diz que alguns constroem sobre Cristo, mas de modo imperfeito: “Aquele cuja obra for queimada perderá a recompensa. Ele mesmo, entretanto, será salvo, mas como que através do fogo”. 

 A ORAÇÃO PELOS MORTOS 

Elas podem, sim, serem feitas. Se prestarmos atenção veremos que o próprio Jesus rezou pelos mortos. Duvida? Então leia João 11,32-44; Lucas 7,11-15; Marcos 5,35-43! Nesses textos, Jesus ora ao Pai e em seguida ressuscita Lázaro, a menina e o filho da viúva de Naim. Em Atos 20,7-12 e cap. 9,36-41, tanto S. Paulo como S. Pedro também oram por duas pessoas mortas, que ressuscitam. 

Veja bem: quando Jesus ou os dois apóstolos acima ressuscitaram essas pessoas, elas estavam mortas e eles, assim, estavam rezando pelos mortos! Se elas ressuscitaram, ganharam uma segunda chance de se salvarem. Se isso foi possível a eles, por que não a todos nós? Deus não faz acepção de pessoas (Deuteronômio 10,17, Lucas 20,21; Romanos 2,11; Efésios 6,9 etc.). Por esses motivos, nós também podemos rezar pelas pessoas falecidas, pedindo a Deus que as perdoe dos pecados cometidos. 

Esse pedido de perdão pelos pecados cometidos por pessoas falecidas pode ser visto no livro de 1º Macabeus 12,42-45 e, de certa forma, em 1º Samuel 31,11-13, em que os habitantes de Jabes jejuaram por 7 dias por Saul e os seus filhos, mortos em combate, assim como em 2º Samuel 1,12; cap. 3,35. Jejuaram por que, se não acreditavam que isso poderia ajudar na salvação dessas pessoas? Também vemos em Gênesis 50,10, que “José celebrou por seu pai (falecido) um luto de sete dias”. Veja também Judite 16,24 e Eclesiástico 22,12; 7,37; Tobias 4,18. Infelizmente os livros dos Macabeus, Tobias e Eclesiástico foram tiradas da Bíblia usada pelos não católicos. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

C.R. - 17 - NOSSA FÉ CATÓLICA

O ANJO DA GUARDA NOS GUARDA?

SÃO JOÃO EM VÍDEOS-01