O PADRE DESANIMADO

27/05/2020

O Padre de um pequeno vilarejo, chegou à igreja animado e motivado para realizar mais uma Missa Vespertina. A hora passava e o povo não chegava.

Depois de 15 minutos de atraso entraram três crianças; depois de 20 minutos entraram dois jovens; então o padre resolveu começar a missa com os cincos irmãos.

No decorrer da Missa entrou um casal que se sentou nos últimos bancos da igreja. Quando o Padre fazia a Homilia, entrou mais um senhor meio sujo, com uma corda na mão...

Desapontado e sem entender o porque da fraca participação dos fiéis, o padre conduziu a Missa animado, e pregou com dedicação e zelo.

Quando voltava para a casa foi assaltado e espancado por dois ladrões, que levaram a sua pasta onde estava a sua Bíblia e outros pertences de valor.

Chegado à casa paroquial, enquanto fazia os curativos das feridas, ele descreveu aquele dia, como:

1) O dia mais triste da sua vida;
2) O dia mais fracassado do seu ministério;
3) O dia mais infrutífero da sua carreira.

Depois de se terem passado cinco anos, o padre resolveu compartilhar essa história com a igreja. Quando ele terminava de contar a história, um casal de grande referência naquela paróquia, interrompeu-lhe, e disseram:

- Padre, o casal da história que sentou-se no fundo, éramos nós.

- Estávamos à beira da separação, em função de vários problemas e desentendimentos que haviam no nosso lar. Naquela noite decidimos pôr fim ao nosso casamento. Mas primeiro decidimos ir a uma igreja para lá deixarmos nossas alianças, e depois cada um seguiria o seu caminho. Entretanto, desistimos da separação depois de termos ouvido à sua homilia naquela mesma noite. Como consequência, hoje estamos aqui, com o lar e a família restaurada.

Enquanto o casal falava, um dos empresários mais bem sucedidos da cidade e que ajudava no sustento daquela igreja, acenava pedindo para falar, e ao ser-lhe dada a oportunidade, disse:

- Padre, eu sou aquele senhor que entrou meio sujo com uma corda na mão. 

- Eu estava à beira da falência, perdido nas drogas, minha esposa e meus filhos tinham ido embora de casa por conta das minhas agressões. Naquela noite tentei suicidar-me, só que a corda arrebentou, então decidi comprar outra. Quando me pus a caminho para comprar outra corda, vi a igreja aberta, decidi entrar, mesmo sujo e com a corda na mão.

- Naquela noite, a sua Homilia perfurou o meu coração e saí com ânimo renovado para viver. Hoje estou livre das drogas, minha família voltou para casa e me tornei o maior empresário do vilarejo.

Lá na porta da entrada da Sacristia, o Diácono gritou: 

- Padre, eu fui um daqueles ladrões que assaltaram o senhor. O outro morreu naquela mesma noite, quando realizávamos o segundo assalto da noite. 

- Naquela sua pasta, havia uma Bíblia, eu passei a lê-la sempre que acordasse pela manhã. Depois de tanto ler, resolvi entrar nessa igreja.

O Padre ficou em choque e começou a chorar junto com os fiéis.

Afinal, aquela noite que ele considerava como uma noite de fracasso foi uma noite muito produtiva.

MORAL DA HISTÓRIA

1- Exerça o seu chamado/trabalho/missão com dedicação e zelo, independente do número de participantes.

2- Dê o seu melhor todos os dias, pois a cada dia você é um instrumento para a vida de alguém.

3- Nos dias mais ruins da sua vida você ainda pode ser benção na vida de alguém.

4- O dia que você considera como o dia mais infrutífero da sua vida na terra, na verdade é o dia mais produtivo no mundo espiritual.

5- Deus usa as circunstâncias ruins da vida para produzir grandes vitórias.

6- Nunca diga: “hoje Deus não fez nada”, só pelo fato de seus olhos não verem nada. 

Autor desconhecido, enviado pelo Pe. João Crisóstomo O.C., de Roma.


Gostei muito desta historinha, pois no dia a dia nos deparamos muito com esse tipo de coisa. Achamos, muitas vezes, que o nosso trabalho não vai dar em nada, que o que estamos fazendo está muito longe de alcançar os objetivos desejados. 


Deus sempre age. Diz em Isaías que sua palavra é como a chuva que desce e não sobe sem levar junto os frutos de sua passagem pela terra. 

Nosso trabalho, muitas vezes, é de formiguinha, mas que, se feito de modo constante e com amor, pode produzir muitas coisas boas. 

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