A UNÇÃO DE BETÂNIA E OS POBRES
O evangelho de segunda-feira da Semana Santa (João 12,1-11), fala sobre o bálsamo caríssimo com que a mulher ungiu os pés de Jesus, e que foi criticado por Judas Iscariotes e pelas autoridades do judaísmo ali presentes. Reacende a discussão: Igreja enriquecida com ouro e coisas caras ou ajuda aos pobres? O missal cotidiano comenta, citando V. Mannucci: “Que seria a Igreja se a bolsa de Iscariotes estivesse cheia para os pobres e a casa de Betânia vazia de perfume?” Essa afirmação aprova o gasto com coisas que deixem a igreja e a liturgia mais ricas materialmente falando. Eu discordo de certa maneira disso, parafraseando Santo Ambrósio, que já afirmava que não podemos querer agradar o Cristo dourando os cálices da igreja enquanto esse mesmo Cristo está morrendo de fome na pessoa do pobre! Acredito que nenhuma igreja faz isso, mas fica aqui o lembrete para que isso não aconteça. Essa questão estará plenamente resolvida se levarmos em conta que, “perfumar o...