DÚVIDAS E RESPOSTAS-O1

 DÚVIDAS E RESPOSTAS- PARTE 1

Gostaria de deixar claro que estas são apenas sugestões de respostas, que talvez possam ser complementadas ou mesmo substituídas por outras melhores, exceto as que refletem as leis da Igreja.

1- Quem não é casado na Igreja pode comungar?

R- A princípio, não. Entretanto, se viverem como irmãos (há muitos casos desses), podem. Os divorciados que vivem sozinhos ou com outros familiares, sem nenhum tipo de vida conjugal podem comungar, desde que estejam sem pecados graves.

2- Quem pode comungar?

R- Quem estiver sem pecados graves e estiver preparado, ou seja, sabe o que está fazendo, fez o curso de primeira comunhão. Isto implica em outras coisas, como estar em dia com as obrigações da Igreja: confissão pelo menos anual, participar da Santa Missa pelo menos aos sábados à tarde ou aos domingos etc. A obrigação de se confessar é de uma vez por ano ou sempre que cometer pecado grave. Quando perceber que estiver em dúvida se um pecado que cometeu é leve ou grave, é bom se confessar antes. Os pecados veniais (leves) são perdoados no Ato Penitencial da Missa ou com um sincero Ato de Contrição ou algum ato de caridade. Por isso é que muitos padres (com toda a razão) pedem para que se chegue à Missa na hora certa: para que os pecados veniais sejam perdoados. Também é bom lembrar que ainda está em vigor o jejum de uma hora antes da comunhão.

3- A confissão sempre perdoa todos os pecados?

R- A absolvição do padre não é automática. Depende muito da sinceridade da pessoa que estiver se confessando. Uma coisa é certa: o perdão não depende da santidade do padre que está confessando. Mesmo que ele tenha pecado, se ele for um sacerdote legitimamente ordenado e estiver em comunhão com a Igreja, a absolvição é válida. O problema que vejo é que muitas pessoas vão se confessar sem um mínimo de intenção de deixar o vício ou o pecado que sempre comete. Confessar-se bem é pedir perdão dos pecados e LUTAR para não pecar mais. Se alguma vez em nossas vidas cometemos esse erro, de se confessar sem a mínima intenção, é tempo de renovar nossa vida, recomeçar e lutar. Quando rezamos pedindo a Deus a graça de vencermos os pecados, ele nos ajuda e nos dá essa graça. Mas lembro uma coisa: NUNCA DEIXE DE REZAR E DE LUTAR, mesmo que caia um milhão de vezes. O demônio nos ataca nesse ponto: coloca em nossa mente que não adianta irmos nos confessar e que não adianta rezarmos, se caímos novamente neste ou naquele pecado. Diz Romanos 11,29: “Os dons e o chamado de Deus são sem arrependimento”. Ou seja, Deus sempre nos perdoa, pois nunca desiste de nós e de nos termos chamado para esta ou aquela vocação.

4- Como se livrar dos vícios?

R- Cada vício tem seu modo específico de se vencer. Veja os vários vícios neste link: https://bloguinhocatequetico.blogspot.com/2012/05/os-vicios-e-pecados.html. Entretanto, digo sem sombra de dúvida que um método infalível é o “só por hoje”. “Só por hoje não vou fazer isto; só por hoje não vou fazer aquilo” etc. A pessoa luta melhor se se propõe a ficar sem o seu vício por apenas um dia. No dia seguinte, repete o mesmo propósito.

5- As mulheres podem ir à igreja com vestidos decotados?

R- Não, não devem ir assim. Muitas vão sem nenhuma malícia e nem percebem que estão agindo errado. A igreja é um local de respeito, pois Jesus está presente ali, de corpo, sangue, alma e divindade, na sagrada Eucaristia. Mesmo em certos lugares públicos se exige um certo decoro. Por que relaxarmos num ambiente tão sagrado quanto é uma igreja? E eu me pergunto, por que ir toda decotada? Qual é o motivo? Afinal, se está indo a um momento forte de oração comunitária, e não a uma festa não religiosa. Houve um sacerdote meu amigo que recusava a comunhão para as mulheres que estivessem com roupas decotadas. Vejo também em certos casamentos que ocorre o mesmo. É algo lastimável. Isso mostra muita falta de conhecimento do espaço sagrado que representa a igreja.

6- Como se portar numa igreja?

R- Em primeiro lugar, logo que se entra numa igreja deve-se se ajoelhar e fazer uma saudação a Jesus Eucarístico (quem não consegue se ajoelhar, reze em pé mesmo). Vejo com tristeza que muitos que vão atuar na Missa como ministros, ou nas músicas, ou em outra atividade, entram sem saudar Jesus e vão logo conversar com este ou aquele. É como que se eu fosse visitar um amigo, entrasse em sua casa sem saudá-lo e fosse logo conversar com outra pessoa que ali estivesse, sem cumprimentá-lo. Não seria esquisito? Outro costume que vejo é que muitos entram na igreja e vão logo rezar diante de alguma imagem, sem saudar o Santíssimo. Isso é como se você falasse com a foto de alguém que estivesse à sua frente. Quem disse isso foi Santa Teresa D’Ávila. Não tem sentido deixar Jesus ali presente para ir conversar com alguma de sua imagem. Pense nisso. Primeiro fale com Jesus Eucarístico. Depois, se achar necessidade, vá rezar diante de alguma imagem de sua preferência. Na igreja devemos também guardar um certo silêncio. Se formos conversar com alguém que seja em tom baixo e só depois de saudarmos Jesus Sacramentado. E ao passarmos diante do Santíssimo, devemos fazer uma genuflexão ou pelo menos uma saudação. Vejo que muitos saúdam o altar, mas não saúdam Jesus Eucarístico. São Pio de Pietrelcina viu, certa vez, um noviço limpando o presbitério (área do altar). Ele não o conhecia e estranhou. Perguntou-lhe se era novo no convento, e ele lhe respondeu que estava no Purgatório, e um dos pecados que ele ainda estava pagando foi o de não saudar Jesus Sacramentado quando era vivo e fazia o serviço de sacristão. Isso é sério, minha gente!

7- Qual é a importância da oração?

R- A oração é de uma importância primordial. Sem ela não há progresso na vida espiritual. Muitos não progridem em sua vida espiritual por causa da falta de oração. A oração é um modo de dizermos a Deus que o aceitamos em nossa vida, que aceitamos que ele nos ajude. Lembremo-nos que temos o livre arbítrio e Deus só interfere em nossa vida se lhe pedirmos, se dermos “carta branca” a ele. A oração deve ser feita durante o dia todo, em pequenos momentos, principalmente se a pessoa trabalha o dia todo. As jaculatórias devem ser ditas sempre, entre um momento do trabalho e outro. E quando o trabalho termina, quando a pessoa já estiver em casa, deve separar um momento só para Deus. Quem tiver mais tempo, deveria rezar pelo menos o dízimo do dia em oração. Dez por cento de 24 horas são 2h e 24 minutos. A oração é nossa atividade mais importante e que nos dá mais progresso na vida espiritual. Diz o salmo 126 que Deus dá o necessário aos seus amigos até quando dormem. Nós partilharemos a amizade com Deus por meio da oração.

Continuarei num outro dia, com a parte 2.