SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA


SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA

19/10/2022

Neste dia 19 de outubro se comemora a memória de São Pedro de Alcântara, apesar de não estar no calendário litúrgico da Igreja. Esse santo foi declarado Padroeiro do Brasil em 1826, pelo Papa Leão XII, a pedido de Dom Pedro I, mas em 1889, com a Proclamação da República, a devoção a ele passou a ser malvista no Brasil por causa de sua referência indireta à monarquia.

Filho de um jurisconsulto (=Pessoa perita na ciência do direito e especializada em dar pareceres sobre questões jurídicas), nasceu na cidade de Alcântara, na Espanha, no ano de 1499 e faleceu no dia 19 de outubro de 1562, aos 63 anos de idade. Ele ficou sabendo que ia morrer pouco tempo antes. Estava visitando alguns conventos. Comoveu a todos sua devoção com que recebeu os últimos sacramentos, pronunciando estas palavras: “Eu me alegro nisto que me foi dito: iremos à casa do Senhor”. Seu túmulo foi abençoado com muitos milagres com que Deus quis comprovar sua sublime santidade.

Na infância, era um menino muito bom, modesto, simples, propenso à oração. Eu sempre achei que a oração é o segredo da santidade. Quem quer ser santo precisa acostumar-se a rezar. A oração abre nossa comunicação plena com Deus e é o canal de suas graças. Entre essas graças, estão a inspiração para seguirmos o caminho certo e a força para vencermos as tentações.

Ele estudou na Universidade de Salamanca, que era o maior centro de estudos da Espanha, na época, mas não descuidou do cultivo das virtudes cristãs, principalmente da modéstia, da castidade e da caridade, sobretudo para com os pobres e doentes.

Seu pai queria que ele estudasse o Direito, mas Pedro entrou na Ordem Franciscana. Seu progresso foi tanto que com apenas 20 anos foi nomeado superior do convento de Badajoz.

Depois de sua ordenação sacerdotal ocupou cargos delicados de guardião e definidor, dando a todos um exemplo de perfeição monástica. Era também muito capacitado para pregar missões populares e para dar aulas, como professor.

Seguia à risca a pobreza: Possuía apenas um hábito bastante usado, um breviário para as orações que os padres se comprometem a fazer diariamente em vários horários do dia, um crucifixo simples e um bastão, que o acompanhava em suas viagens. Não usava calçado nem chapéu. Dormia pouco, e mesmo assim só usava uma simples cadeira ou mesmo deitava-se no chão mesmo. Comia pouco, entremeado de jejuns constantes.

Sua atividade era muito intensa. Foi eleito provincial da Ordem e visitou todos os conventos de sua jurisdição, fazendo com que todos eles seguissem a Regra primitiva de São Francisco. Isso levou muitos a se revoltarem e foram muitas as calúnias sem fim, os insultos, mas continuou mesmo assim a reforma dos conventos e fundou mais conventos conforme esse espírito da Regra primitiva de São Francisco. Isso levou o Papa Paulo IV a autorizar na Espanha a organização de uma nova província franciscana, à qual se filiaram mais de 30 conventos de diversos países.

Esse santo homem foi célebre e acatado em toda a Espanha pelo povo. Carlos V, o imperador, pediu-lhe muitas vezes conselhos e o rei João III, de Portugal, insistiu muito para que ele passasse na corte algum tempo.

São Pedro de Alcântara, por meio de toda a penitência e vida de oração que praticava, chegou a um altíssimo grau de oração e contemplação, acompanhado pelos milagres que se operavam pelo seu intermédio.

Teve relacionamento de profunda amizade espiritual com os santos de seu tempo, como São Francisco Borja e Santa Teresa de Ávila. Ele foi diretor espiritual dela, e usou muito seus conhecimentos e apoio na reforma dos Carmelos. Ela disse dele, depois que ele morreu: “Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, consegui muitas graças de Deus”.

Ele é o santo padroeiro do Brasil, ao lado de N. Sra. Aparecida. Vamos, então, aproveitar esse fato para pedir-lhe que abençoe o nosso país, a fim de que aqui nunca entre o comunismo nem a liberação do aborto, e outros males que assolam o mundo. Tenho certeza de que se orarmos, tudo será feito de acordo com a Vontade de Deus.

(baseado no relato do livro “O Santo do Dia”, de Dom Servílio Conti, I.M.C, do ano 1986, ed. Vozes, págs. 465 a 467)

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