O SER HUMANO

 


O SER HUMANO

Deus criou o mundo de tal forma que nele pudéssemos viver, pois somos a obra mais importante de sua criação.

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, ou seja, com a capacidade de pensar e agir livremente e viver para sempre. Deus nos criou para que pudéssemos morar com ele no céu e gozarmos sua presença, admirar sua beleza, fazer-nos felizes. Para deixarmos fora nosso egoísmo e aprendermos a partilhar, ele planejou tudo de tal forma que nos tornamos seus “sócios” na criação: cada vez que uma criança é concebida, Deus cria, naquele momento, uma alma imortal e ele se torna um ser humano, com direito a viver feliz no paraíso pelo resto da eternidade.

Deus não quer obrigar-nos a estar com ele. Por isso, deu-nos o livre arbítrio, pelo qual temos a vida toda para escolhermos essa vida feliz (o paraíso) ou estarmos longe dele (o inferno). Temos um tempo para estarmos aqui na terra a fim de decidirmos se vamos ou não ficar com Ele, criarmos nossos filhos, que vão continuar a cuidar do mundo, a fim de que outros possam existir e aqui viver, e amarmos a Ele e a todos os demais. Essa, pelo menos era a intenção de Deus. Só haveria a felicidade, pois Ele estaria sempre agindo em favor do ser humano que criara.

Quem morre sem ter escolhido Deus de modo pleno, mas buscou-o durante sua vida, vai para o Purgatório, até purificar-se, pois como diz o Apocalipse 21,27: “Na cidade celeste não entrará nada de imundo, nada que contamine, nada que cometa abominação e mentira”.

Aí houve a decisão dos primeiros seres humanos em agir por conta própria, em quererem ser donos da própria vida, iguais a Deus, até mesmo desejando superar Deus e não depender dele. Foi o chamado pecado original, simbolizado na bíblia (Gênesis capítulo 3) pelo fruto proibido.  O fruto proibido é símbolo da nossa ação de decidir o que é bom ou o que é mau. Só Deus pode nos dizer o que é bom ou mau. Isso que significa "conhecer o bem e o mal", faculdade que dava aquele simbólico fruto.

 A partir de então, Deus abandonou o homem a seus próprios desejos e limitações, e só o ajuda se ele lhe pedir por isso. O ser humano passou a poder escolher se quer ir para junto de Deus, após a morte, ou ficar longe de Deus, apenas consigo mesmo. Ir para junto de Deus se chama ir para o céu; ficar longe de Deus se chama ir para o inferno.

Pelo Batismo, Jesus nos deu a possibilidade de entrarmos novamente debaixo da proteção divina, a fim de que possamos um dia ir para o céu, após terminarmos nossa missão aqui na terra. Isso é feito de muitos altos e baixos, pois às vezes o escolhemos, às vezes o desprezamos.

Quando o desprezamos, ainda assim Ele nos dá, pelo arrependimento e pedido de perdão, a possibilidade de voltarmos a Ele. Sempre que pedirmos, o Pai nos perdoa, pelo sangue derramado voluntariamente por seu divino Filho Jesus Cristo, que viveu plenamente a vida que todos deveríamos viver: a dependência total e absoluta ao Pai.

Há infelizmente, um problema sério no modo de entendermos a criação do ser humano. A bíblia ensina de modo diferente da ciência. O problema que se coloca é: o homem foi criado diretamente por Deus, ou é um produto da evolução, como dizia Darwin?

Seja qual for o modo que acreditamos, basta que aceitemos que a criação é obra de Deus, mesmo que não saibamos exatamente como é que Ele a criou.

Diz o Frei Carlos Mesters, no livro “Paraíso Terrestre, Saudade ou Esperança?”, que o paraíso narrado no Gênesis é um objetivo de vida, e não algo que perdemos. É um “plano” de vida para nós todos, que Deus gostaria que existisse, como Isaías 11 nos narra: O lobo vivendo com o cordeiro, a criança brincando com a serpente...

Para que haja isso é preciso muito empenho de nossa parte, e da parte dos milionários e tantos poderosos deste mundo, a fim de que a partilha torne a todos felizes. Sobretudo, é preciso que tenhamos mais fé em Deus, mais confiança na Providência Divina, e deixemos de adorar os falsos ídolos do dinheiro, vícios, fama, vaidade exagerada etc.

Uma das coisas que se diz por aí e que é preciso deixar bem claro: o pecado de Adão e Eva não foi sexual, pois quando Deus os criou, os criou marido e mulher, e mandou que procriassem. O pecado deles foi, mesmo, de desobediência e o desejo de se igualarem a Deus. Jesus nos salvou fazendo o contrário disso: ele, mesmo sendo Deus, humilhou-se fazendo-se homem, e morrendo numa morte horrível, morte de cruz, e obedeceu plenamente ao Pai (Filipenses 2,6-11).

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