AS INSÍDIAS DIABÓLICAS

AS INSÍDIAS DIABÓLICAS 


10/11/2020 

Precisamos nos precaver contra as insídias do maligno em nossa vida. Percebo que ele pode tentar nos enganar em todas as circunstâncias. Vou dar um exemplo: 

Um amigo meu estava atormentado por um pecado grave que fizera. Já o havia confessado havia nove meses, pois é muito católico, segue direitinho as normas de nossa Igreja. Achava que não tinha mais jeito, que tudo estava acabado, e coisas desse tipo. Encontrou-se algumas outras vezes de relance com o padre que o havia ouvido em confissão, e enchia-se de vergonha: “O que será que ele está pensando de mim? Seu aspecto é de desaprovação e de decepção...” 

Nesse tormento ele não pensava noutra coisa: como faria para reparar aquele pecado? Teria que pagar muito Purgatório após a morte? 

Após uma missa voltou para casa, meditativo. Sentou-se no sofá da sala e pegou uma caderneta onde anotava várias coisas. Ali notou que havia participado com muito fervor da indulgência plenária concedida pelo papa Francisco em março, pela epidemia do coronavírus. Checou a data de sua confissão, e esta era anterior à indulgência. Seu rosto iluminou-se. Se ganhara a indulgência aquele pecado não só estava perdoado, como reparado! Não existia mais, sumiu, foi perdoado pela confissão e reparado pela indulgência papal. 

Vocês percebem como o demônio age. Ele é o pai da mentira, e vive nos enganando. Coloca pensamentos inúteis e perversos em nosso coração, a fim de nos afastar da confissão e da comunhão, a fim de nos afastar da Igreja e da misericórdia divina. 

Tenhamos esta certeza: quando nos arrependemos e nos confessamos, nossos pecados estão perdoados! Se o arrependimento foi grande e sincero, com decisão firme de não mais pecarmos, o pecado também fica reparado, não sobrando nada para pagar no Purgatório. 

O maligno fica colocando esses pensamentos de que não estamos perdoados, de que não há mais chance para nós de irmos ao Paraíso, de que já estamos condenados e coisas assim, a fim de que nós desistamos da misericórdia divina e de continuarmos na Igreja. 

Na Bíblia vemos muitos e muitos versículos que nos garantem o perdão divino. Ademais, confiemos na Santa Igreja, mãe e mestra, e que o que ela nos diz é a pura verdade. Temos que ter confiança nos ensinamentos da Igreja. São de Jesus Cristo, analisados e estudados por séculos e séculos por homens de grande ciência teológica e de santidade. Não estamos sozinhos, nem abandonados. Jesus está sempre pronto a nos receber. Quando somos sinceros em desejar recomeçar a nossa vida, ele nos recebe e nos dá todas as graças necessárias. 

Agora talvez você me pergunte: “E os pecados que não conseguimos deles nos arrepender, embora não o queiramos mais praticar”? 

Por exemplo, um exemplo bem bobo, mas que dá para fazer entender: Um menino roubava frutas de um quintal próximo. Certo dia a mãe soube e lhe ensinou que não se deve fazer isso. O menino prometeu à mãe que não mais roubaria. Entretanto, não estava arrependido das demais frutas que comera. 

No caso de um pecado, se você perceber que está errado(a) e não quer mais praticá-lo, vá se confessar, prometa que não vai mais pecar, mesmo que não sinta um arrependimento lá no fundo do coração. E peça a Deus que lhe dê a graça do arrependimento. Se você pedir, fique certo (a) de que você vai receber a graça e, muito logo, vai conseguir se arrepender, vai conseguir sentir no coração a dor por ter pecado. 

Os pecados confessados e perdoados não nos levam ao inferno. Se não foram acompanhados de um arrependimento sincero, mas se não mais os praticarmos, vamos ter que repará-los no Purgatório, a não ser que façamos penitência para repará-los. Um dia de penitência aqui na terra equivale a dezenas de anos de sofrimento no Purgatório. 

Um aviso lhe dou e me dou também: vamos prestar atenção às insídias diabólicas. Elas estão presentes em todos os nossos dias.

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