SANTA BRÍGIDA



Roma (Segunda-feira, 23-07-2018, Gaudium Press) "A mensagem de Santa Brígida hoje é tão atual quanto era em sua época:
a Europa é tão marcada pelo secularismo, pelo materialismo e também pelo ódio. Hoje, mais do que nunca, existe a necessidade de viver a mensagem de Santa Brígida, que nos chama à unidade, à paz e à solidariedade".



Estas afirmações fazem parte da entrevista ao Vatican News dada pela Madre Hilária Vieyra, Vigária Geral da Ordem do Santíssimo Salvador, fundada por Santa Brígida no século XIV e renovada por Santa Maria Isabel Hesslblad no século XX.

Madre Hilária reitera o apelo que a Santa sueca fazia à Europa de seu tempo e ainda muito atual para nossos dias.

Co-Padroeira da Europa

Santa Brígida é recordada no dia de hoje, 23 de julho, pela Igreja. Ela foi declarada co-Padroeira da Europa, em 1999, por São João Paulo II. 
Na entrevista ao Vatican News, a Madre Hilaria Vieyra, Vigária Geral da Ordem do Santíssimo Salvador, fala sobre essa mulher que ela qualifica de extremamente moderna e que deixou uma cheia da atualidade.

Esposa e mãe de 8 filhos

Mas quem era essa mulher tão moderna e tão importante na história da Igreja, para ser declarada co-Padroeira da Europa?

Santa Brígida nasceu em 1303 de uma nobre família sueca e, apesar de sentir sua vocação, aceitou se casar como era o desejo de seu pai. Ela teve oito filhos.

Ela viveu um casamento feliz e pleno de fé cristã com seu marido Ulf, que era governador de um importante distrito do Reino da Suécia: 

"A vida de Brígida era de oração, de escuta do Evangelho, ela meditou sobre a Paixão de Nosso Senhor e daqui nasce o seu carisma, de união, de paz e de solidariedade", explica Madre Hilária.

O empenho para o retorno do Papa de Avinhão a Roma

A segunda parte da vida de Santa Brígida começa quando fica viúva. 
"Ele veio a Roma em 1349 para celebrar o Ano Santo de 1350, antes de tudo para ter a aprovação das regras da Ordem que estava fundando", conta a religiosa.

Brígida queria, de fato, fundar uma Ordem composta por freiras e religiosos.

"Vindo a Roma, encontra uma situação desastrosa. O Papa estava em Avinhão, não em Roma, o povo romano era como ovelha sem pastor, havia a peste, havia uma guerra entre França e Inglaterra", prossegue Madre Hilária, que procura sublinhar que "o seu grande amor por Jesus, a levou a fazer com que o Papa voltasse de Avignon para Roma".

A espiritualizada e forte mulher sueca decide estabelecer-se em Roma e, em seus aposentos da Praça Farnese - onde hoje está localizada a Cúria Geral - "recebeu a maior parte das Revelações, que foram recebidas também em diferentes igrejas de Roma".

Evangelho, Mensagem, união a Jesus, amor ao Crucifixo

"Santa Brígida, de fato, tira sua mensagem do Evangelho, da união com Jesus, de seu ardente amor ao Crucifixo".

O coração de sua missão e também o de outra santa que foi sua contemporânea Santa Catarina da Sena, será pedir fortemente ao Papa para que retorne ao túmulo de Pedro.

Brígida não verá o Papa retornar a Roma, porque Urbano V retorna a Roma por apenas um breve período de tempo e Santa Brígida faleceu em 1373, mas Catarina vai testemunhar o retorno definitivo do Papa Gregório XI em 1377.

"Santa Brígida não somente rezou e fez sacrifícios, mas falou diretamente com o Papa, os cardeais, os príncipes da Europa", recorda Madre Hilária.

Paz para a Europa

A outra "frente" em que se empenhou com força, foi a paz na Europa.

Ela intercede para que tenha fim a Guerra dos Cem Anos entre a França e a Inglaterra.

Suas obras de caridade foram decisivas nesse período. Ela, que tinha sido nobre vivia na pobreza, encontrando-se também pedindo esmolas nas portas das igrejas.

São os anos de peregrinação a várias partes da Itália: de Assis a Gargano.

E, por fim, com quase 70 anos, de peregrinação em peregrinação, chega à Terra Santa.

Mística

A Paixão de Cristo e a Virgem Maria foram o centro de sua experiência de fé.

Testemunham isto o rosário brigidino e as orações, ligadas a particulares graças prometidas por Jesus àqueles que as recitassem.

Santa Brígida e os Papas

Canonizada em 1391 por Bonifácio IX, Santa Brígida é a santa padroeira da Suécia.

Foi declarada em 1999 co-Padroeira da Europa por São João Paulo II.

"Indicando-a como co-Padroeira da Europa, tem a intenção de fazer com que a sintam próxima não somente aqueles que receberam a vocação a uma vida de especial consagração, mas também aqueles que são chamados às ocupações comuns da vida laical no mundo e especialmente à alta e exigente vocação de formar uma família cristã", escreveu S. João Paulo II em sua Carta Apostólica em forma de Motu Proprio com a qual a proclamava, de fato, co-Padroeira da Europa, juntamente com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz.

O Papa também salientou que "a Igreja, mesmo sem nunca ter se pronunciado sobre cada uma das revelações, acolheu a autenticidade do conjunto da sua experiência interior".

Bento XVI, em 2010, a ela dedicou uma catequese de uma Audiência Geral: 
"Santa Brígida - disse - testemunha como o cristianismo permeou profundamente a vida de todos povos" da Europa.

(JSG)

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