MEU FILHO CAIU. E AGORA?

(setembro 2016)

Meditando as 3ª. 7ª e 9ª estação da Via Sacra, vemos que Jesus caiu por três vezes e por três vezes levantou-se. Que necessidade tinha ele de levantar-se? Ia morrer de qualquer maneira! Tanto faz se ele morresse a caminho do Calvário ou lá em cima! Para quê levar uma cruz tão pesada?
Ele poderia ficar caído e deixar que o matassem ali mesmo. Duvido que sofreria mais do que sofreu levando a cruz até o fim. Você já pensou nisso? Pois eu pensei muitas vezes, e me admiro dele ter pegado a cruz, em vez de se deixar fazer o que quisessem ali mesmo no caminho.
Por que ele fez isso? Talvez para ensinar-nos a levar a cruz até o fim, sem desânimo, levantando-se sempre que cairmos. Ele não desanimou, não ficou caído no caminho, e nos incentiva a fazermos o mesmo. Sua misericórdia é infinita e sempre que quisermos nos levantar, nos estenderá a mão.
Mas... e quando nossos filhos caírem em alguma falta grave, em algo que prejudique sua vida futura, o que poderemos fazer? Que atitude tomar? Perdoar? Mandar embora de casa?
O método do “ Amor Exigente” diz que se o filho ou a filha não quiserem obedecer  às regras da casa por causa de drogas, ou de alcoolismo ou qualquer outro motivo, os pais deveriam permitir que ele fosse embora até que, chegado ao “fundo do poço”, retornem, desejando a cura e disposto a obedecer às normas do lar.
Talvez isso seja o que o pai da parábola do filho pródigo fez: deixou ir embora. A diferença é que o pai, que na parábola representa Deus, ficou todos os dias olhando para o horizonte esperando que o filho resolvesse voltar. Ele queria estar ali, esperando-o. Tanto isso é verdade que ele estava ali, “de plantão” quando o filho voltou. Esse ato mostra que ele fazia isso diariamente!
Quando viu o filho, ao longe, correu ao seu encontro, beijou-o, abraçou-o, e mandou que o vestissem com roupas limas e pusessem nele as sandálias e o anel, sinais de dignidade e honra. Nem esperou que o filho pedisse perdão. O filho disse que pecara, mas não consta que pediu perdão. Queria ser recebido como um empregado. O filho mais velho, que nunca havia saído, não quis perdoar o irmão mais novo, não quis recebê-lo de volta.
Jesus não contou essa parábola em vão. Ele quis nos dizer que devemos ser como esse pai misericordioso, ou seja, respeitar a liberdade dos filhos, mas estar sempre prontos para receber os filhos de volta.
Isso é válido também para as pessoas em geral, como nossos amigos e colegas, ou no relacionamento patrão-empregado.
Quem de nós já não caiu alguma vez? Na certa, esperamos que nos tratassem com compreensão e com uma nova chance de recomeço. Por que, então, hesitamos tanto em fazer o mesmo com os outros?
É preciso, por outro lado, levarmos em consideração que o mesmo remédio não é eficaz para todos. Cada um deve ser tratado com suas próprias tendências, caráter, limites. Nós não somos iguais. O remédio não é igual para todos.
Devemos também lembrar que perdoar não é deixar sem punição. Podemos perdoar, mas também exigir uma retratação. Uma senhora teve a filha morta por um rapaz. Este não tinha família. Ela denunciou-o, ele foi preso, mas... sua única visita era a própria mãe da vítima que acabou convertendo-o e ganhando-o para Cristo e para a sociedade.
Sendo assim, pode ser que vamos piorar a situação se simplesmente mandarmos embora o filho faltoso.
A misericórdia que temos vem de Deus, que sempre nos acolhe e nos dá oportunidade de recomeço, de uma vida nova. Quantas vezes tivemos essa oportunidade?

O Amor Exigente tenta resolver o problema de um modo. cabe a você resolver, em conjunto com os demais da família (isso é importante) como vai resolver o seu problema. 

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