A PALAVRA ESVAZIADA
(17/04/15)
Costumamos
usar de subterfúgios para mal entender a palavra do Senhor. Relutamos em dar
explicações que nos deixem mais à vontade, sem precisar nos desinstalar de
nossa vidinha tíbia e medíocre!
Já
o profeta Jeremias admoestava os que pecavam, iam ao templo ofertar um animal a
Deus e achar que estavam livres para retornarem ao pecado (confira Jeremias
7,1-11). Por que será que eu logo liguei isso com nossas confissões às vezes um
tanto “fajutas”? Eu morro de vergonha quando tenho que confessar o mesmo pecado
que da última confissão!
Um
padre meu amigo sempre conta uma historinha: dois padres moravam em duas
paróquias separadas por um grande rio. Uma vez por mês um deles ia até um ponto
combinado e, de uma margem do rio, falava ao outro, na outra margem: “Padre
Rui, eu fiz os mesmos pecados que da outra confissão!” O que estava ouvindo a
confissão, após ter dado a absolvição, sem ouvir os pecados, gritava: “A sua
penitência é a mesma que da outra vez”!
Quantas
vezes confessamos os mesmos pecados?
Diz
Lucas 14,33, depois da parábola do homem que começou a construir e não tinha
como terminar, e a do rei que ia combater inimigos mas não tinha recurso
suficiente para tanto: “Assim, quem não renunciar a tudo (=TUDO) o que tem, não
pode ser meu discípulo”!
Pergunto:
1-
Como entendemos essa frase?
2-
Que mudanças ela implicaria em nossa vida, se for entendida como a lemos?
3-
Segundo as duas parábolas concluídas por ela, é possível praticá-la sem a ajuda
de Deus? Por que?
Quanto
a mim, quero deixar bem claro que estou no mesmo “degrau da escada” que muitos
de vocês: ainda não consegui levar essa frase de Jesus plenamente a sério.
Vamos
rezar uns pelos outros para que um dia cheguemos a levar a sério, na prática de
nossa vida, as orientações que Jesus nos dá! Sem “saídas estratégicas”!
Comentários
Postar um comentário