COMO FAZER UM RETIRO ESPIRITUAL
O QUE É UM RETIRO
ESPIRITUAL?
Buscar um tempo para si
mesmo junto ao bom Deus. Um retiro espiritual deve ser marcado por este
principal objetivo. Vivemos hoje num mundo de grande velocidade, agilidade de
informação e compromissos diversos, onde, quase sempre, não temos tempo para
nada e se não tiver tempo para Deus à morte espiritual é absolutamente certa!
O ser humano, em especial
os dedicados à vida religiosa, necessita de uma parada nas atribuições do
dia-a-dia para ampliar esse contato ardente com o Pai celestial. O retiro torna-se este momento no qual paramos para
refletir sobre nós mesmos, sobre a nossa condição de vida; para pensar em como
estamos vivendo, quais motivações para as tarefas que realizamos e para o modo
de vida que temos; como estamos agindo e nos comportando no meio da sociedade.
O santo retiro, o
recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças e
nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos
tornarmos à imagem de Cristo. É num retiro que somos convidados a nos
entregarmos nos braços do bondoso Deus, confiarmos a ele toda a nossa vida. O
retiro é um momento rico e oportuno para renovarmos a nossa vida de oração e
nossa espiritualidade.
A palavra clássica para
retiro, silêncio e recolhimento é tebaida. “A pratica do silêncio, da meditação
e da oração favorecem diversas áreas cerebrais, tornando-as mais pacientes e
altruístas”, afirmou a Dra. Adriana Gini, neurorradiologista italiana.
O silêncio é o colóquio da
alma é a comunicação mais hipotalássica comigo, com Deus e com o próximo.
Capacidade profunda de escuta que flui em nossa consciência a nossa realidade.
O silêncio interior é o espaço total para a nossa alma e o silêncio exterior é
a ausência total do barulho e de todo atrapalho.
E-mail:
pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
“Solidão, recolhimento,
vida interior. Queres encontrar a Deus?” “Afasta-se das criaturas”. São
Maximiliano Maria Kolbe Sacerdote e Mártir
Enfim, uma série de
questionamentos que podem ser respondidos por meio do silêncio, da oração e de
um aproximar-se mais intenso ao Senhor Deus.
O silêncio e o recolhimento na oração foram e
são marcas constantes na Tradição da Igreja. Diversos exemplos de retiro e
tempo para um encontro espiritual
aparecem na Sagrada Escritura e na história da vida orante ao longo dos
séculos. Os apóstolos permanecem no Cenáculo, por nove dias, na oração e no
silêncio e esperaram a manifestação do Espírito Santo.
Os eremitas, os monges até
hoje seguem para o deserto onde se entregam ao
conhecimento de si próprios e a união com Deus, para irradiarem a vida
na Igreja e na sociedade com sua profunda sabedoria e mística.
Nos Santos Evangelhos, o
exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que se afastava das multidões que o
seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se a contemplação.
Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto onde sua natureza
humana foi posta a prova, sem que o demônio a pudesse dominar. Com seus
discípulos, igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que
pudessem, na solidão, estar a sós com Deus. (Cf. Mt 4,1-11; 14,23; Mc 1,35).
O santo retiro, o
recolhimento e a oração tornam-se mais necessários para superarmos as forças e
nos realizarmos como pessoas criadas à imagem e semelhança de Deus, nos tornarmos
à imagem de Cristo. É num retiro que somos convidados a nos entregarmos nos
braços do bondoso Deus, confiarmos a ele toda a nossa vida.
O retiro é um momento rico
e oportuno para renovarmos a nossa vida
de oração e nossa espiritualidade.
A palavra clássica para
retiro, silêncio e recolhimento é tebaida.
“A pratica do silêncio, da
meditação e da oração favorecem diversas áreas cerebrais, tornando-as mais
pacientes e altruístas”, afirmou Dra. Adriana Gini, neurorradiologista
italiana.
O QUE É UM RETIRO
ESPIRITUAL?
“Solidão, recolhimento,
vida interior. Queres encontrar a Deus?”“Afasta-se das criaturas”.
São Maximiliano Maria
Kolbe Sacerdote e Mártir
Buscar um tempo para si
mesmo junto ao bom Deus. Um retiro espiritual deve ser marcado por este
principal objetivo. Vivemos hoje num mundo de grande velocidade, agilidade de
informação e compromissos diversos, onde, quase sempre, não temos tempo para
nada e se não tiver tempo para Deus à morte espiritual é absolutamente certa! O
ser humano, em especial os dedicados à vida religiosa, necessita de uma parada
nas atribuições do dia-a-dia para ampliar esse contato ardente com o Pai
celestial.
O retiro torna-se este
momento no qual paramos para refletir sobre nós mesmos, sobre a nossa condição
de vida; para pensar em como estamos vivendo, quais motivações para as tarefas
que realizamos e para o modo de vida que temos; como estamos agindo e nos
comportando no meio da sociedade.
Enfim, uma série de
questionamentos que podem ser respondidos por meio do silêncio, da oração e de
um aproximar-se mais intenso ao Senhor Deus. O silêncio e o recolhimento na
oração foram e são marcas constantes na Tradição da Igreja. Diversos exemplos
de retiro e tempo para um encontro espiritual aparecem na Sagrada Escritura e
na história da vida orante ao longo dos séculos. Os apóstolos permanecem no
Cenáculo, por nove dias, na oração e no silêncio e esperaram a manifestação do
Espírito Santo.
Os eremitas, os monges até
hoje seguem para o deserto onde se entregam ao conhecimento de si próprios e a
união com Deus, para irradiarem a vida na Igreja e na sociedade com sua
profunda sabedoria e mística.
Nos Santos Evangelhos, o
exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo que se afastava das multidões que o
seguiam e retirava-se para um ermo onde pudesse entregar-se a contemplação.
Antes de iniciar a sua vida pública, recolheu-se a um deserto onde sua natureza
humana foi posta a prova, sem que o demônio a pudesse dominar. Com seus
discípulos, igualmente, ao voltarem da missão, retirava-se com eles para que
pudessem, na solidão,estar a sós com Deus. (Cf. Mt 4,1-11; 14,23; Mc 1,35).
NOSSO DESEJO PARA DEUS
A grande mística e Doutora
da Igreja Santa Teresa de Ávila disse: “A alma sente um desejo irresistível de
Deus”. O ser humano foi constituído com desejos, conhecimentos e
transcendências. O nosso desejo atua de várias formas, porque somos carentes de
tudo e estamos aspirando ao incomensurável. O nosso anseio é de fato e de
verdade pelo impossível e pelo desconhecido da eternidade.
Arde dentro de nós a
vontade revelativa do segredo, do misterioso. “O ínclito mestre da espiritualidade
cristã Santo Agostinho de Hipona, a partir de sua abissal experiência com Deus,
escreveu: ‘Fizeste-nos para ti e o nosso coração não descansa enquanto não
repousar em Ti”. Daí, entendemos que o ser humano tem profunda fome e sede de
Deus.
Somente Deus pode
satisfazer todos os nossos desejos. Ele colocou dentro de nós a eternidade (Ecl
3,11).
Temos a capacidade nata de
comunhão com Deus. Cada ser humano traz no seu coração a marca de pertença ao
Senhor Deus e atração do seu infinito amor. O maior desejo do ser humano é ver
seu Criador, estar com Ele e viver para sempre com Ele. Deus é amor, e viver
esse amor é viver a infinidade da felicidade.
O DESERTO
Disse o Senhor: “Vou
conduzi-la ao deserto e falar-lhe ao coração’ (Os 2,16). O retiro espiritual no
deserto é uma modalidade específica a certas pessoas que o Senhor Deus
direciona para uma intimidade abissal e uma missão grandiosa em prol da
restauração individual e coletiva. Moisés (Ex 3,1-12); Elias (1 Rs 19, 4-8);
João Batista Lc 1,80; 3,2); Jesus (Mt 4,1);Paulo (Gl 1,17.21; 2,1; (2 Cor
11,26). Os Padres do deserto, os eremitas, os monges, e os místicos.
Deserto é fator de solidão
e silêncio. Solidão aqui é o todo ser da pessoa com a Santíssima Trindade e os
anjos. Na solidão tomamos distância de toda materialidade e do contexto
geográfico. É a dimensão absoluta do espírito, ou seja, liberdade da sua
autêntica imaterialidade. O lugar, o tempo e a missão são por conta de Deus.
CONCLUSÃO
Precisamos bastante de
retiros espirituais. É uma excelente prática para cura, libertação e salvação.
Fonte de saúde física, emocional e espiritual. Buscar conhecer vários tipos de
retiros para crescer na graça e na sabedoria espiritual. Retiro é o mar de
bênção que podemos mergulhar a alma com profundidade.
De todas as nossas
atividades o tempo para o nosso retiro é sagrado. Nada, absolutamente nada, é
mais importante do que o tempo de comunhão com Deus. O retiro é o tempo
sacramentado para o alimento da nossa fé, robustez do amor, fortaleza de nossas
virtudes e a gloriosa paz de espírito.
Sem tempo para Deus a
pessoa vive rasa, vazia, superficial, virtual, parcial e infernal.
O retiro espiritual é
graça abundante para todo o nosso ser.
Pe. Inácio José do Vale -
Professor de História da Igreja Instituto Teológico Bento XVI - Pregador de
Retiros Espirituais - Sociólogo em Ciência da Religião
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