AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ
(Veja também o excelente artigo sobre a falsidade da bíblia usada por eles. Falsificaram tudo aquilo que contraria sua doutrina. Clique neste link: https://pt.aleteia.org/2020/07/14/a-biblia-das-testemunhas-de-jeova-e-valida/?utm_campaign=NL_pt&utm_source=daily_newsletter&utm_medium=mail&utm_content=NL_pt )
Apologistas CatólicosNo presente artigo trataremos de como a seita das Testemunhas de Jeová ao longo de seus quase 2 séculos de existência, têm uma particularidade de possuir um conjunto de doutrinas com características mutantes a medida em que os anos vão se passando desde sua fundação em 1879.
Dada esta
abordagem, apresentemos agora a transformação de algumas de suas teses
contraditórias ao longo dos anos, recorrendo à sua própria história como
movimento, à fontes históricas primárias (as Revistas Sentinelas), à suas
próprias publicações e algumas imagens representativas.
Para uma melhor
compreensão de que estamos querendo demonstrar, estão enumerados ordenadamente
os temas mais polêmicos que são muito utilizados por seus pregadores.
1 – O Famoso Tema : “Jesus
não morreu em uma cruz e sim em um madeiro”
- Nas páginas 204 e 205 do
livro “O que realmente ensina a bíblia?”, a seita afirma o seguinte:
“Primeiramente, temos que
levar em conta um fator fundamental: Jesus Cristo não morreu em uma Cruz. A
Palavra Grega que se traduz “cruz” é staurus, que significa basicamente “poste
ou estaca”. Além do que este termo grego “nunca significou dois pedaços de madeira transversais em
qualquer ângulo [...]. No grego do [novo testamento] não há nada que se der a
entender dois pedaços de madeira”… É a palavra grega Xýlon, a qual significa
simplesmente “madeiro” e “pedaço de pau
ou poste, ou árvore” (Atos 5, 30; 10,
39; 13, 29; Gálatas 3, 13; 1 Pedro 2, 24)… Não há evidencias que as pessoas que
afirmavam ser Cristãos, nos primeiros 300 anos após a crucificação de
Cristo, utilizavam a cruz no culto. No
entanto, no século IV, o imperador Constantino se converteu do paganismo a uma
forma de cristianismo apóstata. A partir deste momento promoveu a cruz como
símbolo de sua religião… a cruz não tem nada haver com Jesus Cristo. ”
Os membros da Torre de
Vigia, quando se deparam com algum cristão, citam os vários textos bíblicos que
relatam literalmente a palavra madeiro. Entre estes estão: Atos 5, 30; 10, 39;
13, 29; Gálatas 3, 13; e 1 Pedro 2, 24.
Nas ditas passagens, é verdade que a
palavra se traduz por “madeiro”, mas os escritos não querem relatar a forma do
objeto e sim o material no qual Jesus foi crucificado. Vamos agora passo a
passo desarticulando esta estapafúrdia idéia.
Jesus foi pregado com dois
pregos na mão ou um só? Eles afirmam que há somente um prego em ambos os pulsos no momento da
Crucificação. Contradizendo isto a bíblia aponta que foram dois pregos, um em
cada mão.
Isto confirma se confirma de forma mais clara
em João 20, 25 quando São Tomé fala em colocar os dedos nas mãos de Jesus e
fala a respeito de dois pregos, um em cada mão. As Palavras gregas utilizadas
neste texto são Tain Xepov que significam “suas mãos” e Ton Elon que significam
“os pregos”, e no “Tou elou” que
significa “o prego”. É impossível haver
uma crucificação com dois pregos nos
pulsos e também não teria sentido algum.
Se olharmos atentamente
para a imagem de baixo, vemos dois pregos sustentando cada uma das mãos
separadamente. Isto é o que é relatado em João 20, 25 ao se referir a “os pregos” nas “mãos”, um em cada, e não “um prego” em
ambas as mãos. Estas imagens explicam bem as palavras gregas utilizada por São
João, referente ao relato chamado “dúvida de São Tomé”. Além do que Mateus 27,
37 enfatiza que acima da cabeça de Jesus se encontrava um letreiro com a
inscrição “o rei dos judeus” e não sobre suas mãos (veja a imagem acima).
Cristo morreu em uma cruz
(intercessão de duas varas). A Palavra em latim é crux. Esta foi empregada
pelos romanos para indicar a crucificação e não a execução em um poste
vertical.
Em grego staurós significa
literalmente “barra transversal” e por sua vez também é traduzida como cruz,
como no inglês que a palavra “like” significa “gostar” e “como” no sentido de
comparação. Staurós é utilizada no contexto
igualmente a palavra inglesa “like” para designar coisas diferentes, em ambos os casos, é a mesma palavra com
traduções diferentes. Em latim estaca ou poste se dizpalus ou adminiculum,
enquanto que os romanos ao se referirem ao “poste de tormento” utilizam, como
descrito nos registros dos julgamento com sentença de morte, os termos de “Ad
Palum, Alligare ou In Palum Figere”. Para eles crux é simplesmente uma cruz
comum e simples e não um poste. Portanto, embora os romanos empalassem alguns,
outros também eram crucificados em uma cruz. Pena que também aplicaram a
Cristo.
A cruz romana era uma
estrutura formada por duas peças: um poste chamado Stipites e uma barra
transversal chamada Patibulum. Os pés do executado eram pregados no poste e os
braços na barra transversal.
Assim se forma uma cruz.
Poste (Stipites) (patibulum) União de duas partes: uma Cruz
A histórica tradição
romana de humilhar alguém que iria ser crucificado tinha direta relação com
o patibulum, o elemento de madeira, carregado pela mesma pessoa que ia ser
executava até chegar ao lugar onde se encontrava o Stipites. Se cristo carregou
a cruz, há duas opções: carregou somente, a barra transversal e foi pregado
ali, até chegar onde estava o poste para posteriormente ser levantado com o fim
de unir as peças e formar uma cruz, ou carregou a cruz completa sem divisão de
partes: barra transversal e poste, já unidos.
Se Jesus carregou algo,
são as peças separadas ou juntas, e definitivamente foi crucificado em uma cruz
e não em um poste. Essa é a evidencia fundamental que nos aponta a Bíblia para
dar-nos a conhecer o modo da execução mediante a crucificação.
Finalmente, vale frisar
que Santo André Apóstolo foi crucificado na Grécia em uma cruz em forma de “X”.
Esta era um staurós (poste) em forma de X, confirmando, uma cruz. Jesus e Santo
André foram pregados em cruzes de diferentes formas e não em postes como afirma
a seita. Também há médicos estudiosos
que enfatizam que se Jesus fosse “pendurado” como dizem os Testemunhas de
Jeová, não poderia ter durado tanto tempo pregado e agonizando como afirma a
bíblia. Teria tido uma asfixia de imediato, coisa que não acorreu.
A palavra “madeiro”
aparece 4 vezes na bíblia em comparação a cruz que aparece mais de 20 vezes. No
ano de 1937, os testemunhas de Jeová determinaram que Cristo morreu em um poste
e não em uma cruz, distorcendo as formas gramaticais gregas para justificar
suas teses. Lamentavelmente, a seita caiu serias contradições, por que eles
mesmos usaram a cruz durante muito tempo. O atual argumento do poste é apenas
para se considerarem exclusivos e contrariarem a Igreja Católica.
A doutrina inconsistência
das Testemunhas de Jeová.
As testemunhas de Jeová
estão contradizendo seu próprio fundador, condenando a cruz, considerando ela um símbolo pagão e
relacionando-a com forças diabólicas.
No livro das Testemunhas
de Jeová chamado “O Plano divino das eras”, se utilizou a cruz. Também a cruz
se encontrava presente na capa de suas bíblias até 1930.
Constantino foi quem impôs
a cruz no século IV? Isto é mentira. Séculos antes do nascimento deste
imperador, a igreja primitiva utilizou a cruz e seu sinal nas bênçãos.
Vamos as seguintes fontes
históricas:
1 – São João Apóstolo
antes de sua morte fez uma cruz sobre sua cabeça com a mão. São João morreu
naturalmente na cidade de Éfeso, no terceiro ano do reinado de Trajano, por
volta do ano cem da era cristã, quando tinha a idade de noventa e quatro anos,
de acordo com São Epifânio.
2- Tertuliano por volta do
ano 200 afirmou, mais de 100 anos antes de Constantino chegar ao trono
imperial, a importância da cruz na vida dos cristão.
3- Nas cartas de Santo Afri é relatado que por
volta do ano 300 um pagão se dirigiu a São Narciso de Gerona e a seu diácono
São Félix, mártires executados durante a perseguição do imperador Diocleciano:
“Sei que são Cristãos e que com freqüência fazem o sinal da Cruz em sua
fronte”.
Diocleciano foi um
imperador que governou o império romano anos antes de Constantino, na época já
se encontrávamos a presença do sinal da cruz. Diante dessas evidências
históricas, a Watchtower e seus membros apenas negam, exatamente como aqueles
negam eventos como o Holocausto, o genocídio nazista da Ucrânia e a existência
de presos desaparecidos.
2- As falsas conclusões a
respeito dos final dos tempos e a posterior negação.
-Nas páginas 73 à 85 do
Livro “O que a bíblia realmente ensina?” A seita afirma duas coisas. Em
primeiro lugar, enfatiza que há duas ressurreições: uma celestial e outra na
terrena, e, em segundo lugar, que no ano de 1914 Jesus foi coroado e passou
governar de forma invisível do céu.
Ponto um: Não há duas
ressurreições, é somente uma. A ressurreição do último dia se dará para todos
igualmente, sejam salvos ou condenados (Jo 5, 28-29; Daniel 12, 2).
Para os católicos há uma
primeira ressurreição que é o batismo (Rm 6, 1-11; Ap 20, 5) onde “somo sepultamos
e morremos” da nossa vida de pecados e entramos na Graça da Santa Igreja. Na epistola de Barnabé, escrita pelo ano de
70, se utiliza batismo como sepultamento e ressurreição. A seita interpreta
esta primeira ressurreição como se fosse o ultimo dia, mas São Paulo em Romanos
diz exatamente o contrário.
Ponto dois: De onde
tiraram que Jesus governa invisivelmente desde 1914? Isto vem de um Batista
chamado Willian Miller que realizou alguns cálculos falhos sobre o dia que
ocorreria a Segunda Vinda de Cristo ao mundo. Como não aconteceu nada do
previsto, Miller se arrependeu e morreu como batista. Mas foram as Testemunhas
de Jeová que retomaram seus
postulados, para adaptar-los a fim de
validar suas opiniões teológicas sobre o assunto. Cabe frisar que a Bíblia
jamais fala do ano 1914, literalmente, como se aproveitam as seitas quando lhes
é conveniente, mas diz que “Toda a autoridade foi me dada no céu e na terra”
(Mt 28, 18) e também disse que o Reino de Deus já está entre nós (Lc 17, 20-21)
e não que Jesus haveria de esperar até 1914.
O que pensavam as
Testemunhas de Jeová em 1914?
Observaram num determinado
momento iria acontecer o Fim dos Tempos. Como o predito Fim nunca chegou
mudaram suas interpretações. Como sabemos que eles contradisseram estas coisas?
Vejamos o que a Torre de Vigia firmou em suas propagandas:
A Torre de vigia, 1 de
março de 1923, Página 67. “Em 1874 foi começado o reinado do Senhor.”
A Torre de vigia, 1 de
Janeiro de 1924. “Jesus está reinando desde 1874.” (Depois afirmaram que isto
ocorreu em 1914).
1914: Charles T. Russel,
Fundador da Seita, disse que em 1914 o mundo ia acabar. Neste ano começou a 1ª
Guerra Mundial e do mundo não acabou.
No Livro “O tempo está
próximo” de 1908, nas páginas 76 e 78, Russel, líder da seita, afirma: “neste
capítulo se apresentam as provas bíblicas demonstrando que é chegada a plenitude dos gentios, ou seja, o
final completo do domínio e ocupação, no ano de 1914;” e que “nesta data
ocorrerá a desintegração do governo dos homens imperfeitos… isto é demonstrado
nas escrituras… Jesus estabelecerá sobre as ruínas o seu reino terrestre.” Chegou a data tão esperada e absolutamente
nada aconteceu.
No Livro “Milhões Que
Agora Vivem Jamais Morrerão” Página 97. José Rutheford, segundo líder da seita
depois da mostre de Russel, afirma: Moisés, Abraão e outros profetas iam
ressuscitar e que o fim do mundo iria chegar em 1925. Chegou este ano e nada da
dita ressurreição acontecer.
No Livro “Vida eterna na
liberdade dos filhos de Deus” (1966), páginas 29 e 30 disse: “Os 6 mil anos da
criação do homem terminará em 1975”. Chegou a data e nada absolutamente
aconteceu.
O que fazem as Testemunhas
de Jeová quando alguém lhes mostra estas coisas? Eles negam. Felizmente, todos
estes arquivos estão disponíveis nas bibliotecas nacionais nos respectivos
países, onde existem copias do original. Lá estão as provas. Em Mateus 24, 36
Cristo afirma que ninguém sabe o dia e a hora do Fim.
3- Sobre a Transfusão de
Sangue.
-Nas páginas 129 à 133 do
Livro “O que realmente ensina a bíblia?”, a seita disse que não é permitido
fazer transfusão de sangue e citam Genesis 1, 29; 9, 3; Lv 17, 13-14; At 15,
28, entre outros. O erro está em que os Testemunhas de Jeová confundem, da mesma forma que outras seitas
protestantes, que a obra da salvação está dividida em duas Alianças: A Antiga
Aliança, realizada com o povo de Deus que são os Judeus, e a Nova Aliança
Eterna, que corresponde ao novo povo de Deus encarnado através da Igreja.
A seita toma citações de
coisas estabelecidas sobre a Antiga Aliança, como o tema do sangue de animais e
outros. Por que não se circundam se está na bíblia em Gn 17, 1-14? Está na
Bíblia! Como eles diriam quando querem justificar suas doutrinas erradas.
Na página 132, do livro
mostrado, se afirma que a “a Lei mosaica mostrou com claridade qual é o único
uso apropriado do sangue” A lei mosaica não se aplica aos cristãos, mas sim a
lei de Cristo (Jo 15, 12-14). Além de tudo, São Paulo afirma constantemente que
as “obras da lei judaica” já não servem de nada (Gl 2, 16). As obras em Cristo
são válidas para os Cristãos, mas não as obras da lei. Estas foram a “sombra do
que havia de vir” (Cl 2, 16-17). Os Cristão não tem que obedecer a lei mosaica,
mas sim a lei de Cristo.
O que pensaram os
Testemunhas de Jeová sobre as transfusões de sangue em seu passado o qual a
seita oculta?
Foi em 1952 que o
ex-presidente das Testemunhas de Jeová, Natham H. Knorr, decretou que as
transfusões de sangue não eram corretas. O Fundador da seita não acreditava
nesta doutrina por que morreu décadas antes. O que está acontecendo com a
seita? Eis a questão.
4- Quando as Testemunhas
de Jeová celebravam o Natal.
- As Testemunhas de Jeová
afirmam que não se deve celebrar a festa de Natal, cuja a origem seria pagã e
diabólica. O que acontecia com a seita alguns anos atrás? Celebrava o Natal.
Charles T. Russel, o
fundador da seita, celebrou o Natal com os Testemunhas de Jeová. Aqui
apresentamos o convite de 1916 no qual as Testemunhas de Jeová desejam um feliz
Natal. (Note que a assinatura vem do criador da seita).
Sentinela de 15 de fevereiro de 1919, Número 23, paginas 63 e 93.
“Nosso irmãos… lhes desejamos um feliz Natal… e muitos presentes.”
Foto das Testemunhas de Jeová celebrando o Natal em 1926.
Na Torre de Vigia, 1 de
Dezembro de 1904, página 364, a seita declarou que o Natal era um grande evento
para os cristãos e que era necessário considerar esta festa como o aniversário
de Jesus. Depois, como temos visto de forma constante neste escrito, mudaram
sua doutrina dizendo na Watchtower, 15 de dezembro de 1983. Página, que o Natal
é um “horror” e que está celebração provém do próprio Satanás. Por isso hoje a
seita não celebra o Natal.
O criador da seita
celebrou o Natal e quarenta anos depois o contradizem? Falsos irmãos profetas.
Neste trabalho
apresentamos as principais contradições doutrinárias que as Testemunhas de
Jeová possuem. Temas como o Natal ou que “Jesus não morreu na cruz” não faziam
parte de suas abordagens por anos. Basta olhar para a evidência histórica para
perceber que são um grupo vivem em contradições, cujas doutrinas são parte de
uma dinâmica “causa-erro-negação”. A única coisa lamentável é que quando alguém
levanta esses presentes argumentos, eles simplesmente negam seu passado sendo
que as fontes históricas estão ali, deixando de lado o estudo, o debate e a honestidade intelectual.
Pergunto, Napoleão cruzou
os Alpes ou não? E só vê os escritos da época para descobrir.
Nota
Morasso, Andrés. Apologética Católica: ¿Sabías que los Testigos de Jehová celebraban la Navidad? La secta antes de la década de 1970. Disponível em:<http://apologeticacatolica.org/Protestantismo/Sectas/Sectas41.html >, desde 21/05/2011; Tradução:Rafael Rodrigues De Carvalho Severo
Pra Citar:
Morasso, Andrés. Apologistas Católicos: As doutrina mutantes das Testemunhas de Jeová.Disponível em: < http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/protestantismo/495-as-doutrinas-mutantes-das-testemunhas-de-jeova >, desde 31/12/2011; Tradução: Rafael rodrigues de Carvalho Severo.
Comentários
Postar um comentário