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Mostrando postagens de março, 2019

O DEMÔNIO E OS PAPAS

Cidade do Vaticano (Quinta-feira, 21-03-2019, Gaudium Press ) A Quaresma é o período ideal para não se esquecer do Maligno, com o pensamento a Jesus que no deserto pôde enfrentá-lo. Jejum e lutas contra o demônio na Quaresma João Paulo II em 26 de fevereiro de 2004, por ocasião do encontro com os párocos romanos disse:  "Enquanto empreendemos o itinerário quaresmal, olhemos a Cristo que jejua e luta contra o diabo. (...) Nós também, como Cristo, somos chamados a uma luta forte e decidida contra o demônio". Recentemente o Papa Francisco durante o Angelus de 10 de março, primeiro domingo da Quaresma, disse:  "com o diabo não se dialoga, não se deve dialogar, só se lhe responde com a Palavra de Deus". E Francisco ainda continuou: " Há um aspecto sobre a qual gostaria de chamar a atenção, algo interessante. Jesus ao responder ao tentador não entra em diálogo, mas responde aos três desafios só com a Palavra de Deus" Também , a

NÃO ADIAR A CONVERSÃO

Concretamente, nessa quinta-feira, 28-02, Francisco convida os fiéis a fazer todos os dias o exame de consciência, uma breve avaliação das ações que realizamos porque "nenhum de nós tem certeza de como a vida vai acabar". Para o Papa, é bom parar, tomar consciência dos próprios fracassos, saber que o fim pode vir de um momento para outro e não viver repetindo que a compaixão de Deus é infinita: uma justificativa para fazer o que se quer. Não siga seus instintos, domine as paixões Francisco sublinhou que "a sabedoria é algo cotidiano", nasce da reflexão sobre a vida e do parar para pensar como vivemos. A sabedoria surge ouvindo as sugestões, como as do Eclesiástico, que se assemelham às indicações "de um pai a um filho, de um avô ao neto": "Não siga seus instintos, sua força, seguindo as paixões do seu coração. Todos nós temos paixões. Mas tenha cuidado, domine as paixões. Pegue-as na mão, as paixões não são coisas ruins, são, por

BACALHAU NA QUARESMA???

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14/03/2019  Uma das coisas mais mal-entendidas que vejo é muita gente comer bacalhoada na Sexta-feira Santa. Não tem nenhum sentido! Esse dia é de jejum e penitência, dia de comer pouca coisa e coisas simples, sem carne ou peixe ou coisa que o valha. Deixe o bacalhau para o dia de Páscoa! Mas na Sexta-feira Santa faça jejum. Se não conseguir fazer o jejum pedido pela Igreja (ficar sem uma das refeições), faça um jejum adaptado, como comer pouco, não comer nenhum doce, nem sorvete, nem bebida alcoólica, nem refrigerante, procurar ajudar alguma família pobre com o dinheiro economizado em não ter comprado o bacalhau, ficar sem ver televisão, não ouvir música alguma, fazer um tempo maior de silêncio num determinado período do dia e aproveitar esse tempo para ler a bíblia ou outra leitura espiritual. Há tantas na Internet!  Aliás, isso pode ser repetido em todas as quartas e sextas-feiras da quaresma.  Na Sexta-feira Santa, coma arroz, feijão e ovo cozido, ou pão com

GRATIDÃO

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 A GRATIDÃO Deixaremos de lado os nossos “ismos” e a falta de caridade, quando aprendermos a viver a gratidão.  Jesus sempre gostou da gratidão e detestou a ingratidão. Em Lucas 17,17-18 vemos como ele sentiu a ingratidão dos leprosos curados que não voltaram para agradecer e como elogiou a gratidão do que voltou para render graças, que era, por sinal, inimigo político dos judeus, um samaritano.  Em Mateus 23,37-38, Jesus sentiu a ingratidão do povo judeu e se expressou deste modo: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, quantas vezes quis te reunir como a galinha reúne os pintinhos sob as asas, mas vós recusastes!” Em Mateus 18,23-35, Jesus contou a parábola do rei e do devedor, que fora perdoado em três toneladas de ouro (eu fiz a conta e deu mais ou menos isso), mas ao sair do palácio não perdoou a um seu devedor que lhe devia 400 gramas de ouro! E Jesus condenou a atitude dessa pessoa tão ingrata! Quanta gratidão temos com as graças de Deus Nós O agradecem

VIDA NA CARNE E NO ESPÍRITO

A VIDA NA CARNE E A VIDA NO ESPÍRITO SEGUNDO S. PAULO APÓSTOLO 24 de outubro de 2011 - carta aos Romanos cap. 8- Texto do Pe. Fernando Cardoso “Se viverdes segundo a carne, morrereis – afirma Paulo – mas se pelo Espírito mortificardes as obras da carne, então vivereis.” É preciso aqui explicar cada termo e seu peso respectivo no vocabulário teológico Paulino. Carne é o homem todo para Paulo, mas sem Deus, sem ser conduzido por Deus, conduzido por ele mesmo, o homem, com suas paixões, com seus limites, com seu horizonte pequeno e fechado; o homem pecador. Espírito, para Paulo, também não é a alma que se contrapõe ao corpo. Espírito para Paulo é o homem também, todo, inteiro, porém, conduzido por um outro Espírito: o Espírito de Deus. E assim, os homens espirituais são aqueles que, concretamente, deixam-se conduzir pelo Espírito de Deus, que receberam de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, como o único fruto e mais excelente de Sua paixão, morte e ressurreição. O ho

SINCERIDADE

A sinceridade é a base de nosso relacionamento com Deus e com todos. Diz o salmo 119/118,1: “Felizes os íntegros em seu caminho, os que andam conforme a lei do Senhor”. São ridículas aquelas pessoas que elogiam a tudo e a todos, mas sempre estão descontentes com tudo e com todos. Por outro lado, o elogio sempre faz bem quando é merecido. A crítica só deve ser feita se a pessoa em questão for sua subordinada ou se ela lhe pedir. As pessoas se ofendem muito quando alguém lhes chama a atenção. Entretanto, se eu for me confessar com algum padre, este deverá ser muito sincero para comigo, mostrar-me a verdade a meu respeito, sem rodeios. Muitos estragos têm sido feitos em pessoas, por não se lhes terem dito a verdade a respeito de sua vida de pecado. Para ser sincero com os outros, preciso ser sincero comigo mesmo, aceitando-me como sou, assumindo-me como sou, conhecendo e aceitando meus próprios limites e defeitos, mesmo que isso doa, ter consciência plena e humilde dos próprios pecados e

PACIÊNCIA

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A PACIÊNCIA Outra virtude necessária aos cristãos é a paciência. S. Francisco de Salles (séculos 16/17) era muito irascível, até que converteu-se, tornando-se o “Santo da Paciência!” Já nos adverte Efésios 4,26-27: “Que o sol não se ponha sobre a vossa ira! Não deis entrada ao demônio!”. O demônio se sente “à vontade” num ambiente em que pelo menos uma pessoa está irada. A inimizade, a discórdia, o ódio, a irritação, os gritos histéricos, são “a praia” do demônio, do maligno. Numa discussão, por exemplo, o que se deixa levar pela ira, pela impaciência, perde, mesmo que esteja com a razão. O livro “A Imitação de Cristo” diz, no cap. 3 do livro 2: “Quem não está em paz, converte em mal até o bem. O homem bom e pacífico, porém, faz com que tudo se converta em bem. Nas irritações dizemos muitas coisas que não diríamos na calma, que não deveríamos dizer, e atendemos às obrigações alheias e nos descuidamos das nossas (...) Suportemos os outros, para sermos suportados”. 

CARIDADE

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A CARIDADE Geralmente não percebemos como prejudicamos a convivência com outras pessoas com nosso egoismo, narcisismo, individualismo, pedantismo, pão-durismo etc.  O cristão precisa aprender a controlar esses “ismos” todos e viver na humildade e na caridade, agindo como se nada possuísse e como se fosse indigno de tudo.  Ser humilde é ter consciência do que se é, aceitar-se como se é. Ser humilde não é a mesma coisa que ser tímido. Humildade é virtude, ao passo que timidez é defeito! Ser humilde é agir de acordo com as próprias qualidades e capacidades, sem querer pavonear-se das qualidades. É também reconhecer que os demais também possuem capacidades e qualidades.  Ter medo de agir, muitas vezes, é soberba, vaidade, mas não humildade. Exemplo: muitos não querem ler nas missas por vergonha de errar (ou seja, por vaidade), e não por humildade. Seria, do mesmo modo, falta de humildade querer ler a leitura da Missa para que saibam que você é bom na leitura.  Se v

SOFRIMENTO, PROVAÇÃO, PACIÊNCIA

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Deus quer que vivamos felizes, como diz João 10,10: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância.” Entretanto, ele permite os sofrimentos para purificar- nos, a fim de transmitir-nos a sua santidade, como diz Hebreus 12, 10 e assim poder receber--nos no céu. Ofereçamos todos os sofrimentos que não pudermos evitar em reparação dos nossos pecados e para nossa santificação. Diz Apocalipse 21,27: “Coisa alguma imunda entrará na Cidade Celeste”.  O tempo que passamos aqui na terra é muito pequeno, em vista da eternidade que viveremos no paraíso. Se suportarmos com amor e paciência os problemas que temos aqui, receberemos a vida eterna como recompensa. Sofremos porque somos pecadores e precisamos nos purificar.  Quem não tem pecado e assim mesmo sofre, é porque Deus vê sua bondade e docilidade e, permitindo o sofrimento, pode com isso salvar muitos outros que convivem com aquela pessoa.     Jesus, Filho único do Pai, também sofreu