NOVO MILAGRE EUCARÍSTICO
LEGNICA, 19 Abr. 16
/ 07:00 pm (ACI).- O Bispo de Legnica (Polônia), Dom Zbigniew Kiernikowski,
aprovou no dia 17 de abril a veneração de uma hóstia que sangra, a qual “tem as
características distintivas de um milagre eucarístico”.
No Natal de 2013,
uma hóstia consagrada caiu no chão na paróquia polonesa de Saint Jack, recordou
o Bispo em um comunicado, e depois de ser recolhida foi colocada em um
recipiente com água.
Pouco depois,
apareceram manchas vermelhas na Eucaristia.
Dom Stefan Cichy,
então Bispo de Legnica, criou uma comissão para analisar a hóstia. Em fevereiro
de 2014, um pequeno fragmento foi colocado sobre um corporal e passou por
provas de vários institutos.
O comunicado médico
final do Departamento de Medicina Forense analisou que “na imagem
histopatológica, encontrou que os fragmentos contêm partes fragmentadas do
músculo estriado transversal. É mais semelhante ao músculo do coração”.
As provas também
determinaram que o tecido era de origem humana e acharam que apresentava sinais
de sofrimento.
Dom Kiernikowski
indicou que em janeiro deste ano apresentou este caso à Congregação para a
Doutrina da Fé do Vaticano.
Em abril, de acordo
com as recomendações da Santa Sé, o Prelado pediu ao pároco da paróquia de
Saint Jack, Andrzej Ziombrze, para “preparar um lugar adequado para as
Relíquias, de tal forma que os fiéis pudessem venerá-las”.
Que mensagem Deus
transmite com novo milagre eucarístico na Polônia?
POR PROF. FELIPE AQUINO26 DE ABRIL DE
2016NOTÍCIAS, NOTÍCIAS DA IGREJA
site ACI Digital
noticiou ontem (25/04/2016) que o Bispo de Legnica, na Polônia, Dom Zbigniew
Kiernikowski, aprovou há alguns dias um milagre eucarístico ocorrido no Natal
de 2013. Em uma época em que alguns católicos, inclusive sacerdotes, não creem
na presença real de Cristo na Eucaristia e quando a liturgia perde a
sacralidade que lhe corresponde, cabe perguntar-se: com que objetivo e qual
mensagem Deus quer nos transmitir com este novo milagre?
O filósofo e
teólogo, Philip Kosloski, autor do livro “Sobre os rastros de um Santo: A
visita de João Paulo II a Wisconsin”, tenta responder à pergunta no National
Catholic Register e afirma que “parece que uma causa do milagre foi o pouco
cuidado com o Santíssimo Sacramento” que caiu durante a comunhão.
“Os acidentes
acontecem e não quero acusar alguma pessoa ou algum sacerdote que deixou a
hóstia cair. Entretanto, isso nos recorda um tema importante: o uso das
patenas”, ressalta.
Na Igreja Católica,
a patena é o pequeno prato dourado que o coroinha usa para colocá-lo debaixo da
boca ou das mãos da pessoa que recebe a comunhão. Deste modo, se a hóstia ou
alguma partícula cai, a patena evita que caia no chão.
“A prática foi
abandonada por muitos na Igreja durante as últimas décadas”, apesar de o
documento de 2004, Redemptionis Sacramentum, da Congregação para o Culto Divino
e a Disciplina dos Sacramentos, exija seu uso.
O Missal Romano
também requer o uso da patena e que esta esteja sobre a credencia ou mesa onde
permanecem os paramentos litúrgicos antes de ser levados a altar.
Para Kosloski, “o
que este milagre nos ajuda a reconsiderar é como devemos nos aproximar da Santa
Eucaristia. Acreditamos realmente que Jesus está presente no pão e vinho na
Missa? Cuidamos das hóstias com o devido respeito, sendo extremamente atentos
ao distribuir o Precioso Sangue do nosso Senhor?”.
“Não devemos
abandonar o uso das patenas na Missa porque parece ‘antiquado’. A razão pela
qual usamos as patenas durante a Missa é por nosso amor a Deus!”.
Kosloski comenta
também que se cuidamos de nossos filhos e os carregamos para que não caiam,
“por que não temos o mesmo cuidado pela hóstia eucarística na Missa, que é
Cristo o Senhor? O que sustentamos em nossas mãos não é somente pão!”.
“Talvez este
milagre chegou no exato momento ao nosso mundo, quando muitos católicos não
acreditam na presença real de Cristo e em um tempo na Igreja no qual não cuidam
adequadamente da Eucaristia”, prossegue o filósofo e teólogo.
Finalmente,
Kosloski assinala que o tecido do coração do milagre eucarístico mostra “sinas
de estresse” e “talvez queria mostrar que Cristo fica ferido quando não
cuidamos Dele”.
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