A NOSSA VIDA DE NAZARÉ

    
Para você sentir a presença de Deus em sua vida, você que vive como Jesus viveu por trinta anos em Nazaré, ou seja, uma vida de oração, contemplação e trabalho,

faça diariamente a Consagração e reze (ore) pelo menos durante duas horas diariamente e, naturalmente, faça tudo para conservar-se num caminho de santidade, na caridade e evitando os pecados. Tudo o que há neste bloguinho é para ajudar você a executar essa tarefa de santificação pessoal e ajudar os demais a se santificarem.

    Todos nós temos nossos pecados, mas precisamos confiar plenamente na Misericórdia divina. Isso implica, é claro, mudarmos nossas vidas de tal forma que tudo o que fizermos agrade a Deus.
    
     Um acontecimento inesperado de sofrimento pode ocorrer em nossa vida, como ocorreu na minha. Aproveitemos esse acontecimento para nos purificar, para tomarmos a resolução sincera e corajosa de recomeçar a nossa vida abandonando tudo o que não agradar a Deus. É difícil e, às vezes, até impossível, sem a ajuda de Deus.

     Por isso eu insisto nessas duas horas diárias de oração: é quase o dízimo de um dia (24 horas). O dízimo de 24 horas seria 2 horas e 24 minutos. Com esse “dízimo” de oração a Deus, pelo nosso maravilhoso dia, estaremos nos colocando sob sua proteção, sentiremos sua presença e estaremos sempre felizes, aconteça o que acontecer à nossa vida. Eu me considero o cara mais feliz do mundo, apesar de todos os problemas.

     Gosto muito do trecho em que São Paulo Apóstolo fala: “Irmãos, quanto a mim, não julgo que O haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que ficaram para trás, e avançando para que estão diante de mim, prossigo em direção à meta, para conquistar o prêmio que, do alto, Deus me chama a receber em Cristo Jesus” (Filipenses 3,13-14).

   As lições de Nazaré (Do Papa Paulo VI, homilia da Sagrada Família)
    Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evangelho.
Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão profundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.

     Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os lugares, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido.

     Aqui, nesta escola, compreende-se a necessidade de uma disciplina espiritual para quem quer seguir o ensinamento do Evangelho e ser discípulo do Cristo.

     Ó como gostaríamos de voltar à infância e seguir essa humilde e sublime escola de Nazaré! Como gostaríamos, junto a Maria, de recomeçar a adquirir a verdadeira ciência e a elevada sabedoria das verdades divinas.

     Mas estamos apenas de passagem. Temos de abandonar este desejo de continuar aqui o estudo, nunca terminado, do conhecimento do Evangelho. Não partiremos, porém, antes de colher às pressas e quase furtivamente algumas breves lições de Nazaré.

     Primeiro, uma lição de silêncio. Que renasça em nós a estima pelo silêncio, essa admirável e indispensável condição do espírito; em nós, assediados por tantos clamores, ruídos e gritos em nossa vida moderna barulhenta e hipersensibilizada. O silêncio de Nazaré ensina-nos o recolhimento, a interioridade, a disposição para escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres. Ensina-nos a necessidade e o valor das preparações, do estudo, da meditação, da vida pessoal e interior, da oração que só Deus vê no segredo.

     Uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável; aprendamos de Nazaré o quanto a formação que recebemos é doce e insubstituível: aprendamos qual é sua função primária no plano social.

     Uma lição de trabalho. Ó Nazaré, ó casa do “filho do carpinteiro”! É aqui que gostaríamos de compreender e celebrar a lei, severa e redentora, do trabalho humano; aqui, restabelecer a consciência da nobreza do trabalho; aqui, lembrar que o trabalho não pode ser um fim em si mesmo, mas que sua liberdade e nobreza resultam, mais que de seu valor econômico, dos valores que constituem o seu fim. Finalmente, como gostaríamos de saudar aqui todos os trabalhadores do mundo inteiro e mostrar-lhes seu grande modelo, seu divino irmão, o profeta de todas as causas justas, o Cristo nosso Senhor.

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